domingo, 30 de março de 2025

DEVAGAR, DEVAGARINHO, ... | ainda a passo de caracol | MAS BOAS NOTÍCIAS: PELA PRIMEIRA VEZ UMA MULHER PRESIDENTE DO COMITÉ OLIMPICO INTERNACIONAL _ KIRSTY COVENTRY | PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGAL UMA MULHER ÁRBITRA PRINCIPAL NUM JOGO DA I LIGA _ CATARINA CAMPOS

 


NA EXECUTIVA: «Kirsty Coventry, ex-nadadora olímpica do Zimbábue, fez história ao ser nomeada presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), tornando-se a primeira mulher e a primeira africana a ocupar o cargo mais importante do desporto mundial, nos 131 anos de existência da entidade, avança o Euronews. Aos 41 anos, a mais jovem entre os sete candidatos, venceu na primeira ronda das votações, com a maioria absoluta dos votos, tomando posse a 23 de junho, para um mandato de oito anos. Só em 1981, o COI começou a ter representação feminina na assembleia olímpica e, desde então, apenas quatro mulheres lideraram as 43 federações olímpicas. "A menina de nove anos que começou a nadar no Zimbabué, e sonhava com os Jogos Olímpicos, jamais poderia ter imaginado este momento", confessa a nova líder no seu discurso de vitória, citada pelo Globo. "Espero que esta votação seja uma inspiração para muitas pessoas. O teto de vidro foi hoje quebrado e estou plenamente consciente das minhas responsabilidades como modelo a ser seguido." 

Desde muito nova que se destacou na natação, tendo treinado e estudado nos Estados Unidos. O seu currículo impressiona. Conquistou sete medalhas, duas de ouro, nas cinco edições dos Jogos Olímpicos em que participou, e o título de bicampeã olímpica. Despediu-se, em 2016, das competições, com o maior número de medalhas individuais da história olímpica da natação feminina. Soma ainda 14 vitórias nos Jogos Pan-Africanos. A sua dedicação e talento fizeram dela um ícone desportivo em todo o mundo, inspirando gerações de atletas. 

O desporto continuou a fazer parte da sua vida profissional, tendo ocupado posições de liderança desde que se juntou ao COI, em 2013. Chegou à presidência da Comissão de Atletas da entidade, em 2018, o mesmo ano em integrou o governo do seu país, como ministra do Desporto, Juventude, Artes e Recreação, função que terá de abandonar para assumir o novo cargo. A sua eleição promete ser um ponto de viragem e mudança do Comité, com um foco renovado em diversidade, transparência e inovação. O seu empenho na promoção do desporto como instrumento de mudança social e de capacitação é uma das chaves do seu sucesso, tanto como atleta como como líder e governante».


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«“É uma vitória para as mulheres que querem chegar a um patamar mais alto e fazer a diferença. É muito importante que as mulheres também tenham o seu espaço”, sublinhou Mariana Sousa em à agência Lusa, momentos antes do apito inicial para o jogo Casa Pia-Rio Ave, relativo à 27.ª jornada do principal escalão.

A jovem, de 16 anos, disse esperar uma “boa arbitragem, independentemente de ser homem ou mulher”, referindo ainda que é necessário “recordar a diferença que existia entre homens e mulheres” para perceber que hoje em dia vai diminuindo: “E ainda bem”.

A ‘juíza’ da associação de Lisboa, de 39 anos, liderará uma equipa de arbitragem composta ainda por Andreia Sousa e Vanessa Gomes, e vai viver mais um momento para recordar. (...)». Leia na integra.



«MARIA JOANA» | Nuno Ribeiro, Calema, Mariza





sábado, 29 de março de 2025

NA NEWSLETTER ARTE CAPITAL | «A idade e o tempo são categorias de privilégio? Pode ficar surpreendido: Oh sim, são. Pessoalmente, nunca interroguei a idade e o tempo nesta perspetiva. E digo-lhe mais: ambas são categorias de normas sociais que reiteram padrões de opressão e exclusão».

 



Este evento ocorre no âmbito do O XIII Congresso de Pós-Graduação em Estudos de Cultura, que terá lugar na Universidade Católica Portuguesa, de 3 a 4 de abril de 2025, sob o tema "Ecos da Idade: Dinâmicas relacionais num mundo intergeracional". O objetivo será abordar aquilo a que Simone de Beauvoir chamou a “conspiração do silêncio em torno do envelhecimento”, examinando preconceitos e estratégias para ultrapassar as disparidades intergeracionais. Como podemos promover o respeito e a compreensão entre as gerações? Como podemos ultrapassar as diferenças geracionais para promover a inovação social e a resiliência? De que forma é que as diferenças geracionais representam desafios e oportunidades para a coesão social? Daqui



sexta-feira, 28 de março de 2025

«ON FALLING« | um filme de Laura Carreira



Após a sua exibição em prestigiados festivais internacionais, como Toronto e San Sebastián – onde recebeu a Concha de Prata para Melhor Realizadora – e o BFI London Film Festival, onde foi distinguido com o Prémio de Realizadora Revelação, ON FALLING, a primeira longa-metragem de Laura Carreira, estreia nos cinemas do Reino Unido e da Irlanda a 7 de março, em cerca de 50 salas. Seguem-se a Holanda e Portugal, a 27 de março, com exibição em aproximadamente 20 salas de cinema, e depois a Bélgica, em abril, assim como a Grécia, Espanha, França e Japão, entre outros países.
ON FALLING acompanha a jornada de Aurora (Joana Santos), uma jovem portuguesa emigrada na Escócia, a trabalhar num armazém de comércio eletrónico em Glasgow. Entre longos turnos e um quotidiano marcado pela instabilidade, a protagonista vê-se confrontada com desafios que colocam à prova a sua resiliência. Trata-se de um retrato subtil e intimista sobre a precariedade, o isolamento e a procura de um propósito num mundo em constante movimento.
Com uma abordagem cinematográfica realista e uma interpretação marcante de Joana Santos, ON FALLING apresenta uma representação íntima e detalhada da alienação e dos desafios financeiros enfrentados por muitos trabalhadores no mundo contemporâneo, cuja realidade precária é explorada com sensibilidade e profundidade. O filme tem sido amplamente elogiado pela crítica internacional. Saiba mais.




segunda-feira, 24 de março de 2025

LUISA CARNÉS |«Tea Rooms _ Mulheres Trabalhadoras»

 


«dez horas 

cansaço

três pesetas

Madrid, anos 30. Prenúncios de guerra civil ecoam na cidade e, num distinto salão de chá, cruzam-se senhoras chiques, boémios, velhos habitués. Entre o brilho dos lustres e vistosas bandejas de bolos, nada escapa ao olhar da jovem empregada Matilde: o trabalho árduo e sempre em risco, o autoritarismo dos da mó de cima, conversas frívolas, sonhos e dramas. Quando a agitação cresce nas ruas, Matilde dá voz às interrogações das colegas: devem juntar-se aos descontentes? Que preço teriam de pagar? E o que significa ser mulher neste mundo em convulsão? Romance coral, ardentemente político, TEA ROOMS (1934) é o despertar de uma consciência social e um retrato das mulheres trabalhadoras no início do século XX que se revela espantosa e tristemente actual».
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