sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

CONFERÊNCIA | «O papel dos acompanhantes na prevenção da violência contra pessoas idosas» | 21 JAN 2025 | GULBENKIAN |LISBOA

 


« (...) Esta conferência está inserida na terceira fase desta iniciativa – Portugal Mais Velho – Capacitar e Apoiar Pessoas Idosas Vítimas de Crime e Violência –, e focar-se-á no papel dos acompanhantes das pessoas idosas, quer sejam familiares ou técnicos de respostas sociais. O objetivo é debater e compreender de que forma os acompanhantes podem exercer o papel de agentes de prevenção e sinalização da violência contra as pessoas acompanhadas. (...). Saiba mais.


 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

«Teresa Gafeira podia ter sido arquitecta, quis ser bailarina, mas foi no teatro que se encontrou. Na casa de sempre, a Companhia de Teatro de Almada, prepara-se para ser a mãe de Marguerite Duras»

 



Na imagem temos TERESA GAFEIRA a conversar no «Sou Pessoa Para Isso». Fala-se  de «Uma Barragem Contra o Pacífico» onde vai ser a mãe de Marguerite Duras. Aproveitemos, para voltarmos ao livro que  vai dar ao espetáculo programado pela CTA, a estrear em março 2025:

«Este romance é mais do que uma viagem guiada pelo território nebuloso da memória. É mais do que uma narrativa construída sob o fascínio das letras de Pierre Loti e sob o efeito da descoberta do seu contagiante exotismo. É já o emergir de uma voz pessoalíssima e de uma concepção romanesca que vive muitas vezes paredes meias com o tempo cinematográfico. Uma Barragem contra o Pacífico poderia ser, também ainda hoje (1988), apenas uma visita guiada aos escombros das propagandas coloniais com que se encheram as paredes da Europa no fim do séc. XIX e na primeira metade do séc. XX para os deserdados e os desiludidos dessa mesma Europa, os que simplesmente procuravam (onde?) o seu quinhão da herança de espaço e mundos novos, ou tão só um lugar seu, onde viver e trabalhar, um canto da planície, entre a floresta e o Pacífico, só com o Sol por cima e hectares de terra fértil a perder de vista, onde apenas haveria que produzir, criar uma família (e, naturalmente, enriquecer) sem problemas nem políticas, sem a sensação de desespero e asfixia das metrópoles; para isso, segundo Marguerite Duras, bastava a embriaguês causada pelas leituras de Pierre Loti. Sim, este romance poderia muito bem ser essa visita guiada... Se antes de mais não fosse a evocação daquelas vidas jovens que, no momento de tomarem posse de si e da terra, já lá na colónia, face à monstruosidade insensível do Pacífico e à transparência mesquinha das suas existências de «brancos pobres» sem horizontes, mais não possuem entre mãos e no corpo do que a raiva surda, que só jovens que batam com a cabeça contra um muro tão duro e tão pouco sólido como o Pacífico podem conhecer, uma raiva que é surda porque não há onde nem a quem reclamar contra a fraude. Precisamente porque «a mãe» morre, a lutar até à insanidade, para dar corpo a uma perfeita loucura — uma barragem que detivesse o Pacífico! —, acreditando em si mais do que no sonho, é verdade, e dessa luta inglória retirando todo um orgulho inútil e toda uma liberdade que é só riso da sua própria situação. Será necessário, então, que alguém conte, que não se esqueça, que mantenha uma factura por prejuízos indefiníveis dentro do prazo de validade. É o que Joseph pede a Suzanne, ele que se considera já contaminado, ganho pelas emanações deletérias da vida da colónia, um destroço à deriva nas ruas da capital colonial que, lucidamente, sabe que a sua raiva só contra si próprio se pode exercer e que nenhuma vingança lhe devolveria o respeito por si próprio e a «mãe maluca» mais as suas absurdas contas e as suas barragens sem pés nem cabeça, roídas por todos os sabotadores (incluindo os caranguejos trazidos pela crueldade das marés do Pacífico) das esperanças dos colonos. Só no cinema (melhor: só numa sala de cinema) Joseph encontrará uma saída para a sua raiva, uma solução de vida, colonial e cinematográfica a mais não poder ser. Mas uma adolescência na Indochina é também um cinema sobre a adolescência, erguido por cima dos escombros das vidas dos adolescentes coloniais. Sequência a sequência, neste seu primeiro grande romance, Marguerite Duras dá-nos — como quem recusa a perda dos sonhos de amor e vida dos seus anos juvenis na Indochina e precisasse de os contar, lembrando-se sempre de mais e mais pormenores, mais factos à medida que o passado se perde, para que no fim haja aquilo a que se chama o presente da memória, o presente do passado —, num fundo tropical de noites, plantações, dinheiro, bailes, álcool, com um gira-discos a tocar a Ramona, enquanto um diamante pode ser ainda um último fôlego, os encontros dos desejos com os corpos, ou tão só a poesia do regresso à ordem natural das coisas...». Saiba mais.

O Teatro para a Infância também é conversado, e dá vontade de lembrar a programação para 2025 da CTA/TMJB:



Gostámos em especial do que diz de maneira sábia sobre o que parece «estar na moda»: Teatro interativo e participativo com a comunidade. DE facto anda a falar-se disso como se nunca tivesse acontecido. Reflete, e não se retrai para dizer que não gosta que a «incomodem» quando está a ver um espetáculo, até porque isso, por natureza, já é interativo.  Conta retalhos do trabalho de sempre da CTA com a comunidade ... Enfim, uma mulher antiga, cheia de modernidade. A nosso ver, terá de estar em todos os painéis sobre MULHERES INSPIRADORAS. Ou seja, por exemplo, porque adere quando se deseja que se  «Conheça a história inspiradora de mulheres que, com fervor e determinação, se dedicaram à defesa das conquistas do 25 de Abril, moldando de maneira profunda a sociedade portuguesa. Navegando destemidamente pelos territórios da política, cultura, ciência e ativismo, essas mulheres, tanto antes como depois da Revolução dos Cravos, desempenharam papéis fundamentais, garantindo que os direitos das mulheres transcendessem as fronteiras da mera retórica» como se ambiciona neste tempo em que se comemora os «50 anos abril». Sobre este aspeto talvez voltar a este post. 
Conclusão: não perca esta conversa. Teresa Gafeira não dá muitas entrevistas. E ganhamos em conhecê-la. Institucionalmente há obrigação de lhe dar visibilidade encontrando caminho e critérios para não fazer parte das MULHERES ESQUECIDAS, na circunstância, na cultura e nas artes.  


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

NOTÍCIAS A QUE NÃO SE PODE FICAR INDIFERENTE |«Cerca de 3 mil empresas foram efetivamente notificadas pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para analisarem as diferenças salariais e homens e mulheres» | A NOSSO VER TÃO IMPORTANTE COMO CORRIGIR SERIA ÚTIL SABER DAS CAUSAS

 

ACT notifica 3 mil empresas para justificarem diferenças salariais

Cerca de 3 mil empresas foram efetivamente notificadas pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) para analisarem as diferenças salariais e homens e mulheres e apresentar um plano que justifique ou corrija essas disparidades. Entre estas estão, segundo um advogado, empresas que receberam o “selo da igualdade”.

daqui

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Sobre o assunto, no site da ACT:

«Igualdade no trabalho

 A igualdade e não discriminação constituem direitos humanos fundamentais.

 O direito à igualdade em todos os locais de trabalho constitui uma preocupação mundial expressa na Agenda do Trabalho Digno da Organização Internacional do Trabalho (OIT) definida em 1999, reforçada pela Declaração da OIT sobre justiça social para uma globalização justa em 2008, e pelas políticas e estratégias da OIT 2010-2015, que visaram assegurar os direitos fundamentais do trabalho.

Em Portugal a Constituição da República Portuguesa e o Código do Trabalho consagram o direito à igualdade e não discriminação. (...). Leia na integra.

 

OUTRA VEZ O JORNAL DE LETRAS | no mais recente Clarice Lispector é tema _ há artigo sobre Adília Lopes _ fala-nos de Isabel Ruth _ temos trabalho sobre livro de Teolinda Gersão _ e muito mais ...| A NÃO PERDER

 



segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

«NO TEMPO DOS GIRASSÓIS»

 


Sinopse

Inspirado em testemunhos reais, No Tempo dos Girassóis oferece uma visão vívida e detalhada da experiência da Guerra Civil, desde as plantações bárbaras e desumanas, a uma cidade de Nova York devastada pela guerra e aos horrores do campo de batalha. É uma história arrebatadora de mulheres presas num país à beira do colapso, numa sociedade às voltas com o nacionalismo e a crueldade racial, uma história ainda hoje tão relevante.

Georgeanna «Georgy» Woolsey destoa do mundo das festas luxuosas e do recato das mulheres da sua posição. Por isso, quando a guerra assola a nação, Georgy segue sua paixão pela enfermagem, num tempo em que os médicos consideravam as mulheres na frente de batalha um incómodo. Ao provar que estavam errados, Georgy e a irmã, Eliza, aventuram-se de Nova York a Washington e a Gettysburg, testemunhando os horrores da escravidão quando se envolvem no esforço de guerra.
No sul, Jemma é escravizada na plantação Peeler, em Maryland, onde vive com a mãe e o pai. A irmã, Patience, é escravizada na plantação vizinha, e ambas vivem com medo de LeBaron, um capataz abusivo que controla cada movimento delas. Quando Jemma é vendida pela cruel dona da plantação, Anne-May, ao mesmo tempo que o exército da União aparece, vê, então, finalmente, uma hipótese de escapar ? mas que implica abandonar a família que ama.
Anne-May fica a administrar a plantação Peeler quando o marido se junta ao exército da União e o seu querido irmão se alista. No comando da casa, Anne-May usa a oportunidade para seguir as próprias ambições e é atraída para uma rede secreta de espiões do Sul, acabando por se expor ao destino que merece. Saiba mais.



domingo, 12 de janeiro de 2025

«de toutes beautés! _ Cada obra, à sua maneira, leva-nos a questionar a nossa perceção da beleza ao longo do tempo e, por vezes, mostra que certas questões ainda são relevantes hoje em dia»

  



«(...)“De toutes beautés!”, que é acompanhada por uma aplicação digital com conteúdos áudio e interativos, oferece uma narrativa através de 42 obras, cada uma com uma etiqueta específica. Cada obra, à sua maneira, leva-nos a questionar a nossa perceção da beleza ao longo do tempo e, por vezes, mostra que certas questões ainda são relevantes hoje em dia.
A escultura do "Hermaphrodite endormi" (Hermafrodita adormecido), baseada num original grego datado de 150 a.C., levanta questões sobre a noção de género, enquanto o "Voltaire nu" de Jean-Baptiste Pigalle, datado de 1776, que retrata o escritor e filósofo francês vestido com um simples lençol e representado na “verdade do envelhecimento”, com um rosto magro e um corpo enrugado, levanta questões sobre a idade e a sua representação. (...)». Leia mais.


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 E no semanário Expresso:

"Não há um conceito universal de beleza, ela implica sempre o olhar do outro": a história da beleza está no Louvre até 2027

De toutes beautés!” partiu de uma parceria conjunta entre o Museu do Louvre e o departamento de Arte, Cultura e Património do grupo de cosmética L’Oréal, e é Delphine Urbach, diretora deste departamento e curadora desta exposição que começa por responder: “Não há um sentido universal para o conceito de beleza. Implica sempre o olhar do outro e, por isso, ela é subjetiva, plural e diversa. O objetivo desta exposição foi falar da importância fundamental que teve no desenvolvimento das sociedades.”

Partindo de uma escolha entre o acervo deste colossal museu — ocupa uma área de quase 73 mil metros quadrados e alberga uma coleção com cerca de 38 mil obras que abarcam mais de 10 mil anos da história da arte — a curadoria de “De toutes beautés!” selecionou 108 obras, sugerindo-se a partir delas um guião visual e sonoro que foi desenhado em três linhas de orientação: “Gestos rituais e práticas de beleza”, “Cânones ou visões idealizadas” e “O que as questões sobre aparência e beleza revelam sobra a sociedade e as suas transformações”. (...) Se tiver acesso leia na integra.

 

 


sábado, 11 de janeiro de 2025

EXPOSIÇÃO EM BARCELONA |«Amazònies El futur ancestral»

 



«Amazònies. El futur ancestral» ens endinsa en la immensa riquesa natural i cultural del territori, les ciutats i les comunitats indígenes de l’Amazònia per conèixer l’art, el pensament i l’enorme impacte ecològic d’una regió que és central per al futur del planeta. Saiba mais.