domingo, 6 de abril de 2025

MULHERES EM DESTAQUE | «Maria Abranches acabou de ganhar um prémio no World Press Photo, na categoria "Europe Stories"»

 


De lá, uma foto da autoria de Maria Abranches:




 E a propósito veja também no jornal Público:«Maria Abranches: “Para todas as Marias”» - Pedimos a vários fotojornalistas, portugueses e estrangeiros, que nos enviassem uma das suas fotografias preferidas. Maria Abranches é a primeira desta série. (...)».


sexta-feira, 4 de abril de 2025

«World Happiness Report 2025»

 


World Happiness Report 2025

In this year’s issue, we focus on the impact of caring and sharing on people’s happiness. Like ‘mercy’ in Shakespeare’s Merchant of Venice, caring is “twice-blessed” – it blesses those who give and those who receive. In this report, we investigate both of these effects: the benefits to the recipients of caring behaviour and the benefits to those who care for others.

Disponível aqui.




quinta-feira, 3 de abril de 2025

TEATRO PARA A INFÂNCIA |«AVENTURAS» _ Este é um espectáculo “proibido a quem não andar constantemente espantado por existir»| NO TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE

 





Este é um espectáculo “proibido a quem não andar constantemente espantado por existir”. A partir de duas obras de ficção com o mesmo título — uma do autor português José Gomes Ferreira e outra do autor flamengo Constant de Kinder —, a companhia Laika, theater van den zinnen e a Prado – Associação Cultural uniram-se para criar uma instalação móvel onde se pode percorrer a história de um João Sem Medo e de um João Medroso. O primeiro, amado pelos leitores portugueses, é um habitante da aldeia Chora-que-logo bebes, um lugar inóspito, “onde as pessoas de tanto chorarem trazem musgo nos olhos e verdete na boca”. Um rapaz que um dia salta o muro que separa a sua aldeia do resto do mundo para encontrar homens sem cabeça, pedras do caminho que abocanham pés saltitantes, ou canibais mágicos que nos transformam em árvores.
O segundo poderia ser o sobejamente conhecido do público de Antuérpia, Um temido João, Duque de Borgonha e Conde da Flandres, caracterizado pela sua bravura (e brutalidade) no campo de batalha, quem sabe ganha à custa de muito medo, ou poderemos ser nós em tantos momentos em que sentimos não ter forças para enfrentar os nossos maiores desafios. Ambos se chamam João Sem Medo. E ambos têm algo de muito sério em comum: desafiam o medo que têm e ganham coragem, seja através da confiança que têm nos seus sentidos e intuições, seja exercitando em pleno o músculo mais forte que temos no corpo: o da imaginação». Saiba mais.



quarta-feira, 2 de abril de 2025

«Anónimos de Abril»


 

Anónimos de Abril

José Fialho Gouveia, Rogério Charraz, Joana Alegre

Um livro / disco

com histórias e canções de amor à Liberdade

Neste livro conta-se e canta-se a história de mulheres e homens que lutaram pela Liberdade, mas cujo nome pouco dirá à maior parte dos portugueses. A ideia nasceu em homenagem a Celeste Caeiro, a mulher “anónima”, que trabalhava num restaurante, e que num gesto ímpar deu cravos à Revolução – oferecendo-lhe assim a designação de Revolução dos Cravos. Como Celeste Caeiro muitas outras figuras abriram caminho à Liberdade na luta contra a ditadura – muitas vezes pagando essa coragem com a própria vida. Os Anónimos de Abril aqui reunidos são os protagonistas das canções a que serviram de inspiração e que podem ser ouvidas por intermédio de um QR Code. Por isso, este livro é também um disco.  Saiba mais.

segunda-feira, 31 de março de 2025

LEMBRAR ISABEL DA NÓBREGA

 


Como se vê pela imagem 
Isabel da Nóbrega  é capa da revista
 «E» do Expresso  desta semana. 
É bom lembrar a escritora.


Se tiver acesso o trabalho na versão online está aqui

Excertos: «(...) João Gaspar Simões foi o segundo J da vida de Isabel da Nóbrega. E foi o primeiro escândalo. O doutor Bastos Gonçalves nunca o aceitou. Quando o casamento acabou e Isabel foi viver com Gaspar Simões, cortou relações com a filha, mantendo com ela uma zanga que duraria cerca de 10 anos. Sob o estigma do abandono do lar, a Justiça também não perdoou Isabel, que apenas podia ver os filhos duas vezes por mês, na casa da avó paterna, Laura, sem nunca poderem ir à rua juntos. Nem a sociedade de Lisboa a desculparia: “Várias vezes viraram-lhe a cara enquanto descia o Chiado”, conta Ana Maria Magalhães. Quem nunca deixou de a perdoar foram os filhos, encantados com aquela mãe “mágica”, como ainda a recordam, apesar das dificuldades por que passaram. José, o mais velho, acabaria por ser mandado estudar em Santo Tirso, Pedro ainda hoje se emociona a falar das restrições judiciais, enquanto Ana Isabel prefere lembrar-se dos percursos que com 9 anos fazia de mãos dadas com a mãe, que, em segredo, a ia esperar à saída do Colégio St. Julian’s, em Carcavelos, e a acompanhava até à estação de comboio. Ou dos encontros à tarde quando saía do Ramalhão, em Sintra, onde era aluna externa, e tomava chá na casa de uma amiga de Isabel da Nóbrega. E se a mãe tudo aos filhos explicou sobre o amor que a invadira, o pai nunca mais falou na primeira e única mulher. Nem com ela voltou a falar, mesmo nas ocasiões especiais, como casamentos e batizados, a que ela nunca faltou, mas sempre em espaços separados do ex-marido. “Ela explicou-nos que gostava de uma pessoa maravilhosa, não nos escondeu nada e nunca julgámos a mãe”, dizem numa só voz. (...)

José era ainda um escritor em potência. Isabel percebe-lhe o talento e não perde tempo, sugerindo que Saramago assuma o suplemento literário de “A Capital”. Estava dado o tiro de partida naquele que seria o seu mais ambicioso projeto: “nobelizar” o José. Em 2009, à pergunta da jornalista da “Tabu”, a escritora não hesita: “Viu que havia Saramago antes de haver Saramago? Ah, vi, isso vi… Quer ele queira, quer não, estou na vida dele assim.” Mas ainda é cedo para balanços, muita paixão havia para se cumprir, antes do desgosto. (...)».

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