quarta-feira, 16 de outubro de 2024

«FLORBELA, FLORBELA» | sessões com tradução em língua gestual portuguesa | DIAS 19 E 26 DE OUTUBRO | TEATRO GARCIA DE RESENDE | ÉVORA

 

“CONDENSAR O MUNDO NUM SÓ GRITO!”
Celebrando os 50 anos do 25 de Abril, quando se perfazem 130 anos do seu nascimento e é publicado, em Portugal e no Brasil um grande dicionário da sua obra, “FLORBELA, FLORBELA” é uma homenagem a Florbela Espanca através de um espetáculo que interpreta a sua obra e a sua vida.
Este espetáculo conta com três personagens: 1 – atriz que representa a poetisa; 2 – atriz atual que interpreta o papel de Florbela Espanca na peça; 3 – encenadora e autora da peça teatral.
As três personagens, desenvolvem uma relação de conflito, aproximação / afastamento, apreço / crítica entre si, revelando não só os principais momentos da vida de Florbela, os seus dramas e paixões, a forte crítica social preconceituosa da época em que viveu, como as tensões existentes entre si, entre a mentalidade atual e a mentalidade da época em que viveu Florbela, entre os preconceitos de ontem e os de hoje.  Todas estas tensões explodem e confluem para a criação do espetáculo dramático e lírico destas três mulheres / personagens.

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 “FLORBELA, FLORBELA” intenta homenagear esta poetisa de origem alentejana, através de um espetáculo que interpreta a sua obra e a sua vida (1894 – 1930), nascida em Vila Viçosa, que estudou e viveu em Évora, antes de se deslocar para Lisboa, tendo morrido em Matosinhos.
Esta peça é igualmente uma homenagem à mulher portuguesa, sobretudo à mulher do interior, que, mais do que a das grandes cidades, viveu durante o regime do Estado Novo segundo um estatuto social de opressão e de humilhação. Com efeito, Historicamente, ao longo do século XX, a poesia de Florbela foi enredada em dois labirintos que a ultrapassavam e de certo modo a deformavam, ou, pelo menos a inclinavam hiperbolicamente num sentido exterior à sua poesia: 1. – o labirinto das representações culturais portuguesas, no qual Florbela sofre da condição inferior do estatuto da mulher ao longo do regime do Estado Novo, para lhe ser feita justiça após a instauração do regime democrático em 1974; 2. – o labirinto das sucessivas disputas hermenêuticas literárias, que ora acolhiam, ora diabolizavam a sua obra.
Do primeiro, nasce a imagem de Florbela como mulher angustiada, que a dor, o sofrimento e a desadaptação social convertem genialmente em poesia lírica, exprimindo as emoções prevalecentes na natureza feminina. Este é o núcleo central da imagem de Florbela face aos quadros mentais do Estado Novo: uma mulher romântica, desequilibrada, incapaz de reprimir e esconder os seus desejos sensuais femininos.
Face a este núcleo central, desenha-se, ao mesmo tempo, uma outra imagem social que pode ser designada por contra-mito: Florbela tinha sido uma mulher livre, que rompera a barreira dos preconceitos conservadores, nacionalistas e tradicionalistas da sociedade portuguesa patriarcal. Em síntese, alguns sonetos são vistos como libertinos, expressão de uma espécie de D. Juan feminina, outros recolhem a tradição portuguesa da mulher sofrida, esmagada pela sociedade, vivência comum à mulher urbana, popular, esposa, mãe e dona de casa.
“FLORBELA, FLORBELA” ressuscita estas vivências em palco através de três mulheres, tornando-se, assim, um tributo à memória da cultura portuguesa do século XX.
Miguel Real


«10 ANOS DE CANTE»


«Fotografias de mais de 30 grupos diferentes
O Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Unesco comemora o seu 10.º aniversário a 27 de novembro de 2024.
Nestes últimos nove anos, Ana Baião tem andado a fotografar o Cante um pouco por todo o Alentejo e na grande Lisboa, em diversas iniciativas e com diversos grupos. Inclusive deslocou-se a Paris para fotografar um dos poucos grupos existentes no estrangeiro, sendo que o Rancho de Cantadores de Paris tem a particularidade dos seus elementos serem de várias nacionalidades e apenas duas pessoas portuguesas.
Ana Baião publicou dois livros: Cante - Alma do Alentejo, em 2017, pela RCP Edições; e Cuba Cante Tabernas e Talhas, em 2021, a convite da Câmara Municipal de Cuba. Fotografou para dois CD - Alentejo Ensemble, do Rancho de Cantadores de Paris, em 2019; e Cante ao Menino na Capital, do Grupo ALCante, da Junta de Freguesia de Alcântara, com a participação dos outros grupos corais da capital Lisboeta, em 2021.
Podemos afirmar que nenhum fotógrafo documentou tanto o Cante Alentejano como Ana Baião. A divulgação do cante tem sido uma das suas causas e por essa razão a Tradisom aceitou este desafio para editar um livro de fotografias comemorativo deste 10.º aniversário». Saiba mais.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

NATURALMENTE, NOTÍCIA | «Gipuzkoa acogerá el I Congreso Internacional de Fútbol femenino en España»

 


«Los días 21 y 22 de noviembre se celebrará el I Congreso Internacional de Fútbol Femenino. Ficoba, el recinto ferial de Gipuzkoa, será la sede del evento, impulsado por el Departamento de Cultura y Deportes de la Diputación Foral y diseñado para abordar los desafíos y oportunidades que enfrenta el fútbol femenino en la actualidad, de la mano de profesionales como Natalia Arroyo, Lola Romero o Eli Pinedo.

“Al dar voz a mujeres que han llevado su carrera deportiva hasta lo más alto, se logra posicionar a estas deportistas como referentes alternativos y no normativos que inspiren los pasos, comportamientos y modelen los sueños de otras niñas, niños y adolescentes. Y, en consecuencia, todo ello contribuye a reducir la desigualdad en el deporte base”, ha indicado la diputada de Deportes, Goizane Álvarez. “Estamos en un momento bonito y a la vez exigente en el fútbol femenino. Hemos avanzado en muchos aspectos que habían estado olvidados durante años, pero tenemos que seguir dando pasos para consolidarnos y guiar el camino de las nuevas generaciones, que ahora sueñan con ser profesionales”, ha indicado, por su parte Natalia Arroyo, exentrenadora de la Real Sociedad.

El programa incluirá tres mesas redondas y cinco ponencias. Además de profesionales del fútbol, el congreso contará con la participación de representantes de otros sectores como la psicología, el periodismo y la medicina, lo que enriquecerá las discusiones y aportará una visión multidimensional sobre los temas tratados. (...)». Leia na integra na  Mas |Mujeres a seguir».



ATLAS DE PANDORA |«Partindo da vida dos Deuses gregos, cada texto contem uma reflexão sobre a vida de qualquer um de nós sempre interessante e original e muitas vezes deslumbrante»|NA RTP2

 

Atlas de Pandora

Crónicas de Irene Vallejo, recitadas por Teresa Tavares


«"Atlas de Pandora" dá a conhecer a uma maior fatia de pessoas o que pensa e escreve a articulista e professora Irene Vallejo.
Partindo da vida dos Deuses gregos, cada texto contem uma reflexão sobre a vida de qualquer um de nós sempre interessante e original e muitas vezes deslumbrante.
São crónicas muito especiais que lidas por cada um em silencio acrescentam ao nosso pensamento e que lidas alto esperamos que sejam um clarão luminoso para os nossos medos».


sábado, 12 de outubro de 2024

EXPOSIÇÃO | ANA MATA |«Ninfas e Faunos» | NA GALERIA 111 | LISBOA

 

«A exposição “Ninfas e Faunos” reúne pinturas e gravuras com ecos de narrativas antigas, estórias biográficas e uma certa ideia de tensão amorosa – ao ser um olhar sobre o que existe de sedutor na natureza, no apelo do floral ou na fluidez dos rios e dos humores, tão presentes na tradição da história da pintura. Esta é evocada sem pudor, apelando a uma dança intemporal entre o feminino e o masculino».

A exposição “Ninfas e Faunos” reúne pinturas e gravuras com ecos de narrativas antigas, estórias biográficas e uma certa ideia de tensão amorosa – ao ser um olhar sobre o que existe de sedutor na natureza, no apelo do floral ou na fluidez dos rios e dos humores, tão presentes na tradição da história da pintura. Esta é evocada sem pudor, apelando a uma dança intemporal entre o feminino e o masculino.



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Sobre a exposição no blogue de Alexandre Pomar: Ana Mata na 111, Audácia. De lá: «Audácia é a palavra chave para referir as novas pinturas da Ana Mata, que continuam e renovam a audácia, a coragem, a determinação, o risco, a aventura, a qualidade pictural, que se conhecem das suas anteriores exposições na Módulo. Continua a ser um choque exaltante, uma surpresa grata esta pintura, em três grandes formatos de flores e figuras na paisagem e depois em pequenas composições de flores, paisagens rurais, cenas domésticas ou não, mas sempre de intimidade pessoal e/ou próxima. Onde agora se reconhece e admira um diálogo explícito com obras do passado que continua a ser presente, e também com com géneros e interesses que circulam no tempo até hoje».