segunda-feira, 30 de novembro de 2020

PARA ESTE FIM DE SEMANA PROLONGADO | UMA VEZ MAIS | «Sergei Polunin, "Take Me to Church" by Hozier. Directed by David LaChapelle»| A FORÇA DA ARTE | O CUSTO DA ARTE






Lembremos a partir da RTP:

«A história do virtuoso bailarino que arrebatou o mundo da dança e foi a mais jovem estrela do Royal Ballet… antes de decidir afastar-se.

Quando se é o melhor do mundo, o que mais há para alcançar? Para viver?!

Sergei Polunin, de 25 anos de idade, estrela mundial do bailado, definiu a sua vida através da arte, apenas para questionar a sua existência no momento de se tornar uma lenda. Abençoado com um surpreendente talento, Sergei conquistou o mundo da dança e foi o mais jovem bailarino principal do Royal Ballet. No auge do sucesso decidiu afastar-se, levado pela fama à beira da autodestruição. O seu talento acabaria por tornar-se mais um fardo do que um dom.

Este é um olhar único sobre a vida de um jovem complexo que tornou o bailado viral. Rebelde, iconoclasta, anjo do ar, Sergei transformou a forma da dança como a conhecemos. Mas o virtuosismo tem um preço alto.

Ingressando no Royal Ballet aos 13 anos de idade, o ucraniano Sergei Polunin tornou-se no mais jovem bailarino principal da companhia aos 19 anos. Dois anos mais tarde, no auge do sucesso, tomou a drástica decisão de desistir da carreira. A rigorosa disciplina que a dança clássica exige e o fardo do estrelado levou este jovem vulnerável à beira da autodestruição».




HELENA SACADURA CABRAL | «O ABC da vida»

 


Da amizade à esperança, da gratidão à fé, passando pela paciência e pela justiça… São muitos os pequenos prazeres que nos preenchem os dias, mas são preciosos e necessários os valores que guiam a nossa acção e nos ajudam a desfrutar plenamente do nosso tempo connosco e com os outros. Eterna amante da vida e indefectível optimista, Helena Sacadura Cabral partilha aqui a sua forma de estar no mundo através deste «abecedário vivo daquilo que somos e fazemos», onde o essencial é possível e a alegria de viver, regra.

«Na alegria nada é obrigatório. Não pressupõe oportunidades aproveitadas, locais especiais ou uma determinada duração. É o momento que se vive, que se sente, e tanto pode durar breves segundos, como prolongar-se numa sensação duradoura de bem-estar, que é a natureza da sua essência. Pessoalmente, entendo a alegria como uma boa gargalhada, uma sensação de prazer provocada por um raio de sol, o arrepio do início do Outono.». Saiba mais.

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NOTA DO AUTOR
«Acredito que as coisas mais belas do mundo requerem paciência, para se revestirem de um halo de esperança e entusiasmo. Muitas vezes, acreditamos que a vida nos diz «não» quando, na verdade, está apenas a pedir-nos para esperar.»




«Campanha #EuSobrevivi»

 

Veja aqui



domingo, 29 de novembro de 2020

FILME | «A Voz HUmana»

 



«Uma mulher vê o tempo passar ao lado das malas do seu ex-amante (que deveria vir buscá-las, mas nunca chega) e um cão inquieto que não entende que o seu dono o abandonou. Dois seres vivos enfrentam agora o abandono. Durante os três dias de espera, a mulher só sai à rua uma vez, para comprar um machado e uma lata de gasolina.

A mulher passa por todos os tipos de humores, do desamparo ao desespero e perda de controle. Ela veste-se todos os dias como se fosse a uma festa, e pensa em atirar-se da janela, até que o seu ex-amante lhe liga, mas ela está num estado de inconsciência devido à quantidade de comprimidos que tomou e não pode atender a chamada . O cão lambe-lhe o rosto até ela acordar. Depois de um banho frio, revigorado por um café tão negro quanto o seu estado de espírito, o telefone toca novamente e desta vez, ela atende.

A voz humana é dela, nunca ouvimos a voz do seu ex-amante. Ao início, ela finge agir normalmente e com calma, mas está sempre à beira de um ataque de nervos diante da hipocrisia e maldade do homem.

A Voz Humana é uma lição de moral sobre o desejo, embora a sua protagonista esteja à beira do mesmo abismo. O risco é parte essencial da aventura de viver e amar. A dor está muito presente no monólogo. É sobre a desorientação e angústia de dois seres vivos que sofrem com o seu mestre.

Esta curta metragem, filmada em plena pandemia, é inspirada na peça A Voz Humana, do francês Jean Cocteau (1889-1963). Tem cerca de 30 minutos e é também o primeiro filme de Almodóvar, em língua inglesa.

Tilda Swinton vive a protagonista do drama que retrata a história de uma mulher frustrada e solitária que vê o tempo a passar ao lado das malas do seu ex-amante e de um cão inquieto que não entende que o seu dono o abandonou. Dois seres vivos enfrentam agora o vazio e a loucura do abandono.

“É o primeiro filme em língua inglesa de Almodóvar mas isso não acrescenta estranheza. O cineasta retomou um texto que inspira “Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos” e explora o seu prazer pela relação entre cinema e teatro, como tinha sucedido em “Dor e Glória”. É um filme de personagem, de emoções e encenação, explorando o espaço cénico com visão cinematográfica. Um dos filmes mais estimulantes da seleção oficial de Veneza e é uma curta-metragem”.
– Tiago Alves e Lara Marques Pereira, Cinemax, RTP

Filme seguido de projecção de entrevista com Pedro Almodóvar e Tilda Swinton. Duração total da sessão: 1h10.Tirado daqui.





quinta-feira, 26 de novembro de 2020

«REDLIGHT: Sexualidade e Representação na Coleção Norlinda e José Lima»

 


«REDLIGHT: Sexualidade e Representação na Coleção Norlinda e José Lima

REDLIGHT, com a curadoria de Sandra Vieira Jürgens, patente no Centro de Arte Oliva até 14 de março de 2021, apresenta uma nova perspetiva sobre a Coleção Norlinda e José Lima, destacando a representação da sexualidade e do corpo, através das mais variadas práticas artísticas. Ao longo da exposição, para além das inúmeras questões que nos suscita, a mais premente está relacionada com o contexto pandémico que vivemos: Como o COVID-19 e o facto de estarmos condicionados pelo distanciamento físico vai alterar o modo como encaramos a sexualidade?

Sandra Vieira Jürgens, na folha de sala, confronta-nos justamente com esta premissa: “Falar de sexualidade e da relação entre corpos durante uma pandemia que obriga ao retraimento e mesmo à abstenção de contacto físico é também refletir sobre as consequências do distanciamento enquanto ele se exerce.” De acordo, a curadora que deu o nome à exposição de REDLIGHT, sobretudo para destacar a linha vermelha entre o contacto do corpo atual e a questão da sexualidade ainda ser um tabu na arte e na História da Arte, constrói o projeto expositivo como uma narrativa, que começou a deslindar com Dancers (1995), de Nancy Spero, uma obra que, para além de demonstrar figuras femininas da mitologia, representadas em movimento, apela à emancipação da mulher e à presença da sexualidade em toda a História da Arte, através de uma perspetiva feminista. (...)». Continue a ler.


«Rede de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica acolheu 625 pessoas na 2.ª vaga da pandemia»

 


«Em particular, o presente decreto -lei visa a criação de uma licença de reestruturação familiar e a atribuição do respetivo subsídio para o trabalhador vítima de violência doméstica que, em razão da prática do crime de violência doméstica, se veja obrigado a alterar a sua residência.»

 




quarta-feira, 25 de novembro de 2020

25 NOVEMBRO | Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres»|ASSINALEMOS COM O MDM

 



PAPA FRANCISCO | « Ficai atentos a isto: com a exclusão é atingida, na própria raiz, a pertença à sociedade em que se vive, a partir do momento em que já não se está nos subúrbios, na periferia, ou sem poder, mas fora dela.»

Outra passagem:

«(...)

 Em pleno século XXI já não se trata simplesmente do fenómeno da exploração e da opressão, mas de algo novo: com a exclusão fica afetada na mesma raiz a pertença à sociedade em que se vive, pois já não se nela abaixo, na periferia ou sem poder, mas de fora. Ficai atentos a isto: com a exclusão é atingida, na própria raiz, a pertença à sociedade em que se vive, a partir do momento em que já não se está nos subúrbios, na periferia, ou sem poder, mas fora dela. É a cultura do descarte, que não só descarta, como obriga a viver no próprio descarte, deixando as pessoas invisíveis atrás do muro da indiferença ou do conforto.

Recordo a primeira vez que vi um bairro fechado. Não sabia que existiam. Foi em 1970. Tive que ir visitar alguns noviciados da Companhia [de Jesus], e logo, ao passar pela cidade, disseram-me: «Não, por aí não se pode ir, porque é um bairro fechado». No interior havia muros, e dentro estavam as casas, as ruas, mas fechadas: quer dizer, um bairro que vivia na indiferença. Impressionou-me muito ver isto. Mas depois isto aumentou, aumentou... e estava em todo o lado. E eu pergunto-te: o teu coração é como um bairro fechado? (...)».


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

HOJE DIA 20 NOVEMBRO | «Dia Mundial da Criança»



E ontem foi lançado o relatório «Averting a lost COVID generation /A six-point plan to respond, recover and reimagine a post-pandemic world for every child»:




Sobre o relatório na UNICEF Brasil: 

«UNICEF faz apelo urgente para evitar uma "geração perdida", enquanto a Covid-19 ameaça causar danos irreversíveis à educação, à nutrição e ao bem-estar de crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes representam uma em cada nove infecções por Covid-19 relatadas, de acordo com uma nova análise divulgada na véspera do Dia Mundial da Criança

19 novembro 2020

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"Durante toda a pandemia de Covid-19, tem havido um mito persistente de que as crianças quase não são afetadas pela doença. Nada poderia estar mais longe da verdade", disse Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF. "Embora as crianças possam ficar doentes e espalhar a doença, essa é apenas a ponta do iceberg da pandemia. Interrupções em serviços essenciais e taxas de pobreza crescentes representam a maior ameaça para as crianças. Quanto mais a crise persistir, mais profundo será seu impacto na educação, na saúde, na nutrição e no bem-estar das crianças. O futuro de uma geração inteira está em risco".

O relatório conclui que, até 3 de novembro de 2020, em 87 países com dados desagregados por idade, crianças e adolescentes com menos de 20 anos de idade representavam uma em cada nove infecções por Covid-19, ou 11% dos 25,7 milhões de infecções relatadas por esses países. Dados mais confiáveis e desagregados por idade sobre infecções, mortes e testes são necessários para entender melhor como a crise afeta as crianças mais vulneráveis e orientar a resposta.

Embora as crianças possam transmitir o vírus umas às outras e a grupos de idade mais avançada, há fortes evidências de que, com medidas básicas de segurança em vigor, os benefícios reais de manter as escolas abertas superam os custos de fechá-las, observa o relatório. As escolas não são o principal fator de transmissão da comunidade e as crianças têm maior probabilidade de contrair o vírus fora do ambiente escolar. (...). Leia na integra.



ISABEL ALLENDE | «Mulheres da Minha Alma»

 


SINOPSE

«Cada ano vivido e cada ruga contam a minha história.»

Isabel Allende percorre os labirintos da memória e oferece-nos um emocionante testemunho sobre a sua relação com o feminismo e a sua condição de mulher.
Em Mulheres da minha alma, a autora chilena convida-nos a acompanhá-la nesta emocionante viagem, em que revisita a sua ligação ao feminismo, desde a infância até aos dias de hoje. Recorda algumas mulheres incontornáveis na sua vida: Panchita, Paula e a agente Carmen Balcells, cuja ausência chora ainda hoje; escritoras de nomeada como Margaret Atwood; jovens artistas que trazem na pele a rebeldia das novas gerações; mulheres anónimas que sofreram na pele a violência de género e, com dignidade e coragem, se levantam e avançam. Todas elas a inspiram e a acompanham ao longo da vida: as mulheres da sua alma.
Reflete, ainda, sobre as mais recentes lutas sociais, nomeadamente as revoltas no seu país de origem e, claro, sobre este novo contexto que o mundo atravessa com a pandemia. Tudo isto sem deixar de manifestar a sua inconfundível paixão pela vida e a sua crença em que, independentemente da idade, há sempre tempo para o amor. Saiba mais.

«INTERRUPTING SEXISM AT WORK: HOW MEN RESPOND IN A CLIMATE OF SILENCE»

 





quarta-feira, 18 de novembro de 2020

FILME | «Descricão» | NO LEFFEST

 


«Em pleno século XIX, Abigail e o seu marido, perturbados com a recente perda da sua filha, partilham uma vida emocionalmente distante no interior da Costa Leste Norte-Americana. No início da primavera, uma nova vizinhança instala-se na sua paisagem bucólica. Nesta elegante e poética ode ao amor funesto, Abigail desperta do seu estado de dormência através da relação de intimidade e paixão que desenvolve com a recém-chegada Tallie. A segunda longa-metragem da realizadora norueguesa Mona Fastvold revela assim uma sensibilidade poderosa perante a complexidade do isolamento social, da solidão e da sublevação romântica do status-quo». Saiba mais.

sábado, 14 de novembro de 2020

TEATRO|«Só eu escapei»|NO TEATRO ABERTO|LISBOA

 

         Fotografia - Filipe Figueiredo



«Quatro mulheres encontram-se no jardim de uma casa a conversar. Conversam sobre o quotidiano, a família, os empregos que tiveram, as mudanças que foram ocorrendo no lugar onde vivem e, também, sobre os seus desejos e medos mais profundos. A placidez dos dias no jardim é entrecortada por visões apocalípticas do futuro do planeta e da humanidade. Como será a vida na terra, assolada pelo fogo, o degelo, a seca, a fome e os desvarios de uma evolução que perdeu de vista a dimensão humana, a preservação das espécies e a beleza da natureza?

Com um olhar atento aos pequenos momentos do dia-a-dia assim como às grandes questões da vida em sociedade, a conceituada autora britânica Caryl Churchill (de quem o Teatro Aberto apresentou Top Girls, em 1993 e Amor e informação, em 2014) propõe em Só eu escapei uma reflexão sobre o estado do mundo à escala global. Lançando um aviso dos perigos das catástrofes recorrentes, lembra que é tempo de mudar modos de ver e agir para que a terra permaneça habitável». Saiba mais.




«Hidden treasures from magnum photographer David Seymour»


Veja aqui

Um destaque:




«First reading class for peasant women in Roggiano Gravina.

Illiteracy is much more widespread among women than men, and the League for the Struggle Against Illiteracy is making special efforts to attract women to evening classes. Besides reading and writing, the women are taught embroidery and other handicrafts, and their evening classes are divided between reading, writing, and sewing. The very successful device of embroidering the letters combines all in one. For reading, the mobile letter system shown here proves very effective. Many women bring their children to class. (Italy, 1950)».




quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A LINGUAGEM INCLUSIVA NAS FORÇAS ARMADAS E PARA ALÉM DISSO

 



Estávamos à espera que «a poeira pousasse» para trazermos para aqui o caso da «linguagem inclusiva nas Forças Armadas» que tanto sururu causou em fins de setembro último. O artigo de post anterior avivou-nos o assunto que pensamos não deve ser metido na gaveta: há que discuti-lo, de mente aberta. Tínhamos  também «guardadas» estas palavras do Ministro da Defesa:



Ainda este excerto do DN: «ministro da Defesa considerou esta sexta-feira que as questões da igualdade de género nas Forças Armadas "não são um assunto menor" como "alguns podem pensar", pelo que não podem ser tratadas apenas no campo político.

João Gomes Cravinho falava por videoconferência no seminário internacional "Women, Peace and Security - 20 years of UNSC Resolution 1325", organizada pelo Instituto de Defesa Nacional e pelo Gabinete da Igualdade do ministério, para assinalar os 20 anos da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre 'Mulheres, Paz e Segurança'.

"As perspetivas de género são imensamente relevantes neste aspeto e estão no centro do campo de ação das Forças Armadas. Não são um assunto menor a distrair-nos da essência do nosso trabalho, como alguns podem pensar ou sugerir", considerou o ministro.

Para o titular da Defesa, olhar para a igualdade de género como "uma agenda imposta apenas por certas forças políticas e sociais" é "muito perigoso", sendo a sua promoção "uma responsabilidade de todos".

"Não podemos ver a igualdade de género como um assunto político, é simultaneamente um caso de direitos humanos, de eficácia operacional e um pilar para sociedades mais resilientes", sustentou.

Cravinho apontou ainda que, "só fazendo destas preocupações uma parte do ADN das Forças Armadas" é que serão feitas as mudanças necessárias, afirmando acreditar que os militares podem ser um exemplo para a sociedade portuguesa.(…)».

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O que vimos, ouvimos, e lemos,  a propósito «do caso», levou-nos a  alguma sistematização que de seguida registamos. 

Desde logo, surpreendeu-nos o desconhecimento que captamos em vários momentos a propósito do assunto:  em torno do aparato institucional sobre a(s) Igualdade(s);     em termos de documentação bem como no que diz respeito aos aspetos organizativos sejam globais ou de cada setor. Concretizando, quantos saberão da CIG, das Equipas de Igualdade em cada Ministério, da Estratégia Nacional, dos Planos Setoriais, de...? Em particular, quem e quantos terão contactado com os documentos seguintes?





Procure no Portal da CIG



Não será abusivo concluir que se as questões que fazem parte de tantas estratégias e planos, e que são objeto  de um número significativos de publicações, fizessem parte do quotidiano das pessoas, em particular nas suas situações de trabalho, não provocariam «surpresa» - mesmo «choque», segundo a comunicação social - quando se pretende que sejam implementadas. Nem fomos confirmar mas temos de memória que a questão da «linguagem inclusiva» está planeada e programada e fixada nos DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS em vigor, nacionais e setoriais. E em sede comunitária e mundial.  Também na Defesa.

A experiência individual vale o que vale, mas com base nela atrevemo-nos a dizer que muito do que existe e que tantos anos levou a construir a nível nacional, comunitário, mundial,  e que nos deve orgulhar, se passa como que «à parte» quando a nosso ver, no século XXI, deve estar «em toda a parte». No ADN das organizações, onde tudo acontece. Para o assunto se espalhar a nossa sugestão/proposta, de há muito, é que cada ORGANISMO - mais do que o Setor - seja o objeto de intervenção e a matéria da IGUALDADE  contemplada no seu Plano Anual de Atividade Global - e ser preocupação de todos, do pensamento à ação. E não exclusivo dos «especialistas» sem que, contudo,  sejam negados ... Se bem olhado, ainda que haja quem possa dizer o contrário - afirmando, nomeadamente, que isso não está proibido - é uma mudança de PARADIGMA. Ainda, o que se passou com a Defesa já aconteceu com outros, e certamente acontecerá noutras realidades se iniciativa equivalente for desencadeada. Mas é claro que os «estrondos» variam de lugar para lugar, e conforme os protagonistas. 
E, sim, ninguém negará a necessidade de «prioridades», mas todos aceitaremos que «ao mesmo tempo» temos de garantir uma diversidade de iniciativas. De maneira sistémica. E a(s) Igualdade(s), nomeadamente a linguagem inclusiva, não podem ser esquecidas. Têm de estar lá, de forma colaborativa e partilhada. Dado  o enfoque deste blogue, isto é, do EM CADA ROSTO IGUALDADE, não esqueçamos a força da CULTURA E DAS ARTES nas transformações desejadas.
Uma pequena nota final: haverá quem ainda se lembre do estranho que soava quando pela primeira vez começámos a dizer Primeira Ministra - no tempo de Maria de Lourdes Pintasilgo - e hoje...é natural. É isso, primeiro estranha-se, depois entranha-se ...



quarta-feira, 11 de novembro de 2020

NA RTP2 | «Heróis Silenciosos» | SÉRIE BASEADA NUMA HISTÓRIA VERÍDICA

 

Veja aqui

«A história do diplomata finlandês Tapani Brotherus que ajudou a salvar a vida a mais de 2000 chilenos na sequência do golpe militar

Série escandinava de 6 episódios baseada numa história verídica, a história do diplomata finlandês Tapani Brotherus que ajudou a salvar a vida a mais de 2000 chilenos na sequência do golpe militar.

Tapani Brotherus, filho de um diplomata finlandês, nunca quis fazer carreira como embaixador, mas por volta dos 30 anos de idade conseguiu um emprego na Embaixada da Finlândia no Chile, onde vive numa bela casa com piscina. Está encarregue de promover os interesses comerciais da Finlândia, ajudar viajantes perdidos, mas o que mais gosta na vida é mesmo de jogar golfe e ir às melhores festas com a mulher, Lysa.
Mas a 11 de setembro de 1973, o general Augusto Pinochet leva os tanques para as ruas de Santiago, num golpe militar brutal que derruba o presidente e lança a cidade num tumulto. À medida que o caos irrompe, as pessoas, temendo pela própria vida, começam literalmente a escalar os muros da casa de Tapani e a implorar ajuda. Embora a política oficial da Finlândia seja ficar neutra, fora dos conflitos e não ajudar os refugiados, Brotherus não consegue ficar parado enquanto as pessoas são assassinadas nas ruas. Inicia assim um esforço secreto, com a ajuda da mulher e do conselheiro adjunto Ilkka Jaamala, para conseguir a passagem segura de mais de 2000 cidadãos chilenos para o asilo na Europa.
Uma história verídica, emocionante, e nunca contada, de um pequeno grupo que deu tudo o que tinha para ajudar pessoas desesperadas. Contra o protocolo diplomático e as instruções dos superiores, arriscaram a vida para fazer a única coisa moralmente correta».Saiba mais.



«O ano de 2020 é um ano pivot para as Nações Unidas. Assinalamos não só o seu 75º aniversário, mas também os 20 anos da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (RCSNU 1325) sobre mulheres, paz e segurança. Os princípios da RCSNU 1325 estão na base das missões de manutenção de paz da ONU, de que Portugal é um parceiro de longa data, como é também da agenda mulheres, paz e segurança»

 




terça-feira, 10 de novembro de 2020

«10 de novembro de 2020 | Dia Nacional da Igualdade Salarial»

 



«Hoje, dia 10 de novembro, assinala-se o Dia Nacional da Igualdade Salarial. Esta data, que não é fixa, traduz em dias de trabalho pago a disparidade salarial de género e assinala o dia a partir do qual as mulheres deixam (virtualmente) de ser remuneradas pelo seu trabalho enquanto os homens continuam a receber o seu salário. (...)». Continue a ler no site da CIG.

A propósito,  na Executive digest:«A partir de hoje, as mulheres estão a “trabalhar de graça” até ao fim do ano». De lá: «(...)Neste contexto, é hoje disponibilizado pela primeira vez, às empresas com 250 ou mais trabalhadores, o balanço por empresa das diferenças remuneratórias entre mulheres e homens. O balanço é desenvolvido com base nos dados que as empresas submetem no âmbito do Relatório Único, e permite-lhes posicionarem-se em relação ao seu setor do ponto de vista da disparidade salarial de género, tendo como referência o barómetro setorial das diferenças remuneratórias entre mulheres e homens. Com a disponibilização do balanço por empresa, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai poder passar a notificar as empresas de grande dimensão cujos respetivos balanços evidenciem diferenças remuneratórias, para apresentarem um plano de avaliação das diferenças detetadas.

O Governo dá ainda nota de que o balanço ficará disponível a partir de hoje para consulta por parte das empresas que tenham já procedido à entrega do Relatório Único. Contudo, e uma vez que só no dia 30 de novembro cessa o prazo para entrega do Relatório Único, só depois dessa data procederá o GEP à disponibilização dos balanços por empresa junto da ACT, sendo a partir dessa data que se conta o prazo de 60 dias de que dispõe a ACT para notificar as empresas.

Destaque ainda para o projeto “Equality Platform and Standard” promovido pela CITE desde final de 2019 e financiado pelo Programa Conciliação e Igualdade de Género do EEAGrants, gerido pela CIG. Está a ser elaborada uma Norma Portuguesa relativa a um Sistema de Gestão de Igualdade Salarial, com base na Norma Islandesa ÍST 85:2012 – Equal wage management system – Requirements and guidance, e a ser desenvolvida uma plataforma de acompanhamento das políticas públicas que reúna indicadores de medidas em áreas como a representação equilibrada, a igualdade salarial, a parentalidade, a conciliação e a segregação sexual das profissões».

E uma boa ocasião para lembrar o Global Gender Gap Report 2020:





sexta-feira, 6 de novembro de 2020

«O AMANTE DO VULCÃO» |No semanário Expresso:«Reedição do grande romance da escritora americana, situado na Nápoles da segunda metade do século XVIII. O amante do título é Sir William Hamilton, diplomata e vulcanólogo britânico, protagonista de um triângulo amoroso — e o livro é todo ele um tríptico arrebatador»

 


SINOPSE

Esgotado há muito, o grande romance histórico de Susan Sontag é uma história sobre um triângulo amoroso, a condição das mulheres, a arte, a política - e Nápoles no século XVIII.
amante do vulcão referido no título é Sir William Hamilton, diplomata, arqueólogo, vulcanólogo e antiquário britânico - um temperamento erudito e curioso que é também recordado como o marido complacente de Emma Hamilton, amante do Almirante Nelson, famoso pelas suas intervenções nas Guerras Napoleónicas e depois vitorioso na batalha de Trafalgar. A história decorre em Nápoles, onde, de 1764 até 1800, Sir William, conhecido como Cavaliere, foi o embaixador britânico no reino das Duas Sicílias.
O romance é uma espécie de tríptico, dividido entre Hamilton, a sua esposa e Lord Nelson. No amor que irrompe entre Emma e Lord Nelson, o Cavaliere encontra outro daqueles fenómenos naturais da vulcanologia que ele só pode observar, nunca experimentar - Emma, cheia de alegria e uma certa vulgaridade, egoísmo, amor à vida, e crueldade; Nelson, uma fonte de mistério, herói militar e também um homem contraditório e um tirano impiedoso. O resultado, na visão de Sontag, só pode ser prodigioso. Um romance inesquecível. Saiba mais.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

OBRAS DE ARTE COM MULHERES | Exposição «Mulheres. Entre Renoir e Amadeo» em Algés | 13 NOV 2020 - 14 FEV 2021

 



«A seleção de obras de Renoir, Sorolla, Casas, Rusiñol, Nonell, e de muitos outros (pertencentes à coleção da Fundação Fran Daurel), mas também Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Francisco Franco (estas pertencentes à Fundação Calouste Gulbenkian) e ainda Santa Rita Pintor (col. particular), procura aproximar o espectador da visão rica e heterogênea desse campo do feminino, que se tornou um dos mais tratados pelos artistas ao longo da modernidade. 

Com curadoria de Helena Alonso, a mostra destaca o interesse de muitos colecionadores privados em mostrar os frutos do seu esforço dedicado a formar e preservar um acervo estruturado e coerente para o público, na convicção de que arte e cultura são veículos de transmissão irrecusáveis de conhecimento e crescimento de toda a sociedade.

Entre as esferas em que se articulou o discurso desta exposição está a do trabalho, uma vez que o naturalismo do final do século XIX faz com que as mulheres sejam frequentemente representadas nessa perspetiva, passando pela esfera privada doméstica, à intelectual, bem como o desejo de ser igual a seus pares na aprendizagem e na prática da pintura ao ar livre.

Soma-se a isso a sobrevivência dos nus, com o Nu sobre o divã amarelo de Sorolla como peça de destaque, além das diferentes formas de representar o retrato feminino durante as décadas anteriores e posteriores à virada do século por alguns dos melhores retratistas do momento, como Francisco Masriera, Sorolla ou Ramón Casas, junto com o desejo de Nonell de refletir a parte mais desfavorecida da sociedade.

A exposição reflete ainda uma clara vocação para o diálogo que nos permite compreender verdadeiramente a História da Arte, integrando obras de artistas portugueses pertencentes a este período intenso e fecundo, que evidencia a intensa relação que alguns dos mais destacados pintores portugueses estabeleceram com artistas espanhóis em Paris, numa procura conjunta de conhecer e incorporar a Modernidade nas suas diferentes linguagens plásticas». Saiba mais.



domingo, 1 de novembro de 2020

NA CULTURGEST| LISBOA | «Gabriela Albergaria/A Natureza Detesta Linhas Retas»

 

Veja aqui


TEATRO | «A CASA DE EMÍLIA» | «Uma peça sobre a vida das mulheres que trabalhavam com o peixe na indústria de conservas; sobre as dificuldades de pessoas que preparam para os outros aquilo que a elas falta cronicamente: comida»

 


«Histórias e estórias de Mulheres que quase nascidas nas fábricas, faziam das caixas do peixe o seu berço, as mãos das suas mães ocupavam-se com o amanhar do peixe para poderem “amanhar” a vida. Mulheres que cresciam e brincavam no meio das latas, que tinham de lavar. As mãos das suas mães por mais que quisessem não matavam toda a fome aos seus, apesar do cansaço e dos restos de peixe surripiados. Escamar, cortar, amanhar, escorchar, salgar, trabalhar, trabalhar para quê? Trabalhar para quem? Latas com a comida que lhes faltava ao estômago feitas pelas suas mãos para alimentar as guerras que lhes levavam os filhos e os filhos das outras como elas. A Casa de Emília é um espetáculo de teatro escrito em exclusivo para o TEF por Luísa Monteiro, encenado por José Maria Dias». Saiba mais.