sempre que nos apetecer. Festa é Festa!, e queremos que continue «até às tantas». Neste caso começámos por ser cativados pelo Cartaz. É sabido, gostamos de cartazes. Mas há mais, como nos informa o IHC:
sábado, 27 de abril de 2024
AINDA OS 50 ANOS DE ABRIL | do Instituto de História Contemporânea
sempre que nos apetecer. Festa é Festa!, e queremos que continue «até às tantas». Neste caso começámos por ser cativados pelo Cartaz. É sabido, gostamos de cartazes. Mas há mais, como nos informa o IHC:
sexta-feira, 26 de abril de 2024
quinta-feira, 25 de abril de 2024
AMANHÃ | 26 ABR 2024 | Conferência Internacional «Democracia Paz e Liberdade - Fascismo Nunca Mais» | INICIATIVA DA URAP | LISBOA
quarta-feira, 24 de abril de 2024
NOS 50 ANOS DE ABRIL | recordar «Zeca Afonso - cantar alentejano»
Chamava-se Catarina o Alentejo a viu nascer
Serranas viram na em vida
Baleizão a viu morrer
Serranas viram na em vida
Baleizão a viu morrer
terça-feira, 23 de abril de 2024
NOS 50 ANOS DE ABRIL|não perder a cinemateca ...
segunda-feira, 22 de abril de 2024
CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE|«A Cor do Hibisco»
Quando um golpe militar ameaça fazer desmoronar a Nigéria, o pai de Kambili envia-a, juntamente com o irmão, para casa da tia. É aí, nessa casa cheia de energia e riso, que ela descobre todo um novo mundo onde os livros não são proibidos, os aromas a caril e noz-moscada impregnam o ar, e a alegria dos primos ecoa.
Esta visita vai despertá-la para a vida e para o amor e acabar de vez com o silêncio sufocante que a amordaçava. Mas a sua desobediência vai ter consequências inesperadas.
Uma obra sobre liberdade, amor e ódio, e a linha ténue que separa a infância da idade adulta, que marcou a estreia de uma escritora extraordinária. Saiba mais.
domingo, 21 de abril de 2024
BIENAL DE VENEZA 2024 | JÁ ABRIU! | «A 60.ª edição da Bienal de Arte de Veneza começou este sábado sob o tema “Estrangeiros em todo o lado”, com curadoria do brasileiro Adriano Pedrosa, num ano marcado pelas guerras do presente e pelas memórias da violência do passado»
STATEMENT FROM CURATOR ADRIANO PEDROSA
«Bienal de Arte de Veneza premeia Austrália e projeto da Nova Zelândia
A 60.ª edição da Bienal de Arte de Veneza atribuiu prémios Leão de Ouro à Austrália, pela participação nacional, e a um projeto neozelandês, com o Kosovo a receber uma menção especial». Neste endereço. Donde tirámos o excerto no titulo do post.
sábado, 20 de abril de 2024
CAPICUA |«Que força é essa amiga»
A limpar a cidade dos homens
Por amor, ou por pouco dinheiro
Ficam velhas as tuas mãos jovens
O teu peito, o teu colo é consolo
A despeito do teu próprio choro
Que força é essa, que trazes nos braços?
Que só te serve para obedecer
Que só te manda obedecer
Que força é essa, amiga?
Que te faz levar o mundo todo na barriga
Que força é essa, amiga?
Que força é essa, amiga?
Que força é essa, amiga?
Faz-te doce nas horas amargas
Invisível nas noites em claro
Ninguém paga o que mais te sai caro
Ninguém sara, essa escara é antiga
Tens o mundo todo na barriga
Que força é essa, que trazes nos braços?
Que só te serve para obedecer
Que só te manda obedecer
Que força é essa, amiga?
Que te faz levar o mundo todo na barriga
Que força é essa, amiga?
Que força é essa, amiga?
Que força é essa, amiga?
Não são tuas as horas de ócio
Todos mamam, não há quem não queira
Que o cuidado não pago é negócio
E no parto ou no quarto, o teu corpo
Esteve sempre ao serviço do outro
Que força é essa, que trazes nos braços?
Que só te serve para obedecer
Que só te manda obedecer
Que força é essa, amiga?
Que te faz levar o mundo todo na barriga
Que força é essa, amiga?
Que força é essa, amiga?
Que força é essa, amiga?
Quando os dias se tornam azedos
Não me digas que nunca sentistes
Uma força a crescer-te nos dedos
E uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compreendes
quinta-feira, 18 de abril de 2024
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE JOANA GALEGO | «Jardins» | GALERIA BELARD | LISBOA
A exposição reúne trabalhos iniciados em Portugal, na Índia, em Inglaterra e na Indonésia. Galego coloca assim a possibilidade de fuga e permanência, de poder habitar simultaneamente diferentes lugares. O seu trabalho também fragmenta as fronteiras temporais, uma vez que retratam memórias de infância ou dos seus primeiros anos a viver fora de Portugal. Assim, Galego aponta para um outro mundo dentro deste. “Estar presente em dois lugares. Ou mais do que dois, como aqui! Pinto em Londres a partir de um desenho que fiz na Indonésia, a pensar em Portugal. E posso juntar tudo isso. Talvez não transpareça, mas é isso que acontece no estúdio. O jardim perde os limites.”
Assim como na pintura de Paolo Uccello, Caçada na Floresta, a qual teve influência sobre os trabalhos expostos, Galego apresenta cenas que transitam entre o realismo e o lúdico, onde as actividades recreativas se transfiguram em rituais e o palpável, em fantasia. A floresta sem fim de Uccello revê-se na profundidade do campo visual da artista que leva a fuga do encontro ao desconhecido – a uma liberdade sem fim.
Para a artista, os trabalhos em pintura vêm de um imaginário constructivo, de memórias e pensamentos que escreve, e dos pequenos esboços que dão forma às primeiras camadas de tinta. Os desenhos manifestam-se como fruto da recolha em cadernos ou folhas soltas, como pot-pourri dos elementos que ganham uma nova vida no seu jardim – o estúdio. Com a mistura de muitas técnicas e colagens, Galego transforma-os em algo novo e sugere no espaço negativo a possibilidade de novas figuras.
Jardins apresenta um conjunto de pinturas e trabalhos em papel, resultado de um cuidado em carregar e cultivar ideias que um dia saem, brotam ou simplesmente aparecem, como sementes que foram ali plantadas ou trazidas pelos ventos. Assim como no jardim, no desenhar e no pintar há um elemento de espera e sorte, – uma mancha acidental em que algo próspero acontece. Pela exposição, as figuras ali, habitantes temporários, revelam os seus pequenos mundos delimitados pelo espaço pictórico. Partilham trocas de afetos ou evidenciam o seu isolamento. Na última sala da galeria, a artista traz obras em papel, meio fundamental para o seu trabalho. Caminhar pela galeria é, assim, como uma volta às origens, pois está sempre no desenho o seu próprio ponto de partida».
quarta-feira, 17 de abril de 2024
RECORDAR MARIA DE SOUSA
Guilherme Valente, editor
terça-feira, 16 de abril de 2024
segunda-feira, 15 de abril de 2024
MARIA VELHO DA COSTA | «Cravo»
SINOPSE
«O Museu do Aljube recolhe memórias testemunhais de resistentes e de ex-presos políticos que passaram pelas cadeias da PIDE, bem como dos seus familiares e da restante comunidade que viveu o período ditatorial, como forma de memorialização das experiências de opressão, de luta e de resistência pela Liberdade e pela Democracia»
domingo, 14 de abril de 2024
sexta-feira, 12 de abril de 2024
«33 FEMALE ARTISTS | Unapologetic WomXn: The Dream is the Truth»
«Statement
Press Release
During the 60th Venice Biennale “Unapologetic WomXn: The Dream is the Truth,” curated by Destinee Ross-Sutton, NY & Stockholm, presents an international group exhibition, hosted by the European Culture Center at Palazzo Bembo, consisting of 33 female artists on the subject of female sexuality through their own eyes. It creates a humane and curated space of community where artists focus on communicating how women navigate the world within the changes that occur in it constantly and the importance of their artistic practice and art not conforming to the constraints of our societies. These artists break away from traditionally male-dominated societies that still impose an idea of what a woman should be.
The experience of being a woman is multifaceted; many X-factors determine what one’s experience as a woman will look like. From family and society, economic and socioeconomic factors, racial background, skin tone, zip codes, the beauty standards of one’s culture or the culture of the country you live in, politics, and laws that affect your womXnhood. Rarely imposed by you, but the burden is yours to bear. (...)». Continue .
quarta-feira, 10 de abril de 2024
segunda-feira, 8 de abril de 2024
APRESENTAÇÃO | HOJE | 8.ABR.2024 | «Tempestade Perfeita. Como Sobrevivi à Tormenta»| DE BÁRBARA GUIMARÃES
Saiba mais
domingo, 7 de abril de 2024
E CÁ TEMOS YAYOI KUSAMA | em Serralves | de 27 MAR 2024 a 29 SET 2024
sábado, 6 de abril de 2024
JOÃO PINA | «Tarrafal»
No dia em que João Pina abriu uma caixa antiga que guardava negativos, folhas de contacto, gravuras vintage, cartas e telegramas do Tarrafal, iniciou um diálogo epistolar no tempo com o seu avô Guilherme da Costa Carvalho, enviado em 1949 para o campo de concentração do regime fascista português em Cabo Verde, conhecido também como o campo da morte lenta.
Os pais de Guilherme, Luiz e Herculana, foram as únicas visitas familiares ao Tarrafal na sua fase «portuguesa», levando consigo uma providencial câmara fotográfica Rolleiflex para retratar e dar prova de vida de todos os presos políticos do campo, além de fotografar todas as sepulturas dos mortos.
É a estas imagens, os únicos registos visuais feitos à época no interior do campo de concentração, que regressa João Pina, fotógrafo documental, continuando o seu já vasto trabalho de cartografia da memória histórica e das violações dos direitos humanos em forma de livro. À história pessoal e ao arquivo familiar, Tarrafal junta ainda anos de investigação e de colaboração com ex presos políticos, historiadores e famílias cabo verdianas, constituindo se como um documento de referência para, nos 50 anos do 25 de Abril, lembrar as consequências do passado vivido e compreender os desafios que temos pela frente. Saiba mais.
Esta é uma imagem do fotógrafo João Pina. E faz parte de um livro que poderia ser amargo, com memórias de opressão. Mas não é, porque nele se declara o amor do autor à dignidade trazida por uma mãe e um pai a um filho preso. E aos outros prisioneiros políticos e às respetivas famílias. O filho no campo de concentração é o avô Guilherme que o fotógrafo não conheceu. No novo livro “Tarrafal”, a imagem enquadra-se num facto: “Vala e muralha construídas pelos presos políticos portugueses, obrigados a picar e a extrair pedras para a construção.”
O neto passou parte de uma noite no Tarrafal, para tentar perceber. E na página anterior espreitam as raízes de uma acácia-rubra, a formar um díptico fotográfico com esta imagem muralhada. Sob a árvore, os presos procuravam sombra. Nestas quase 300 páginas, conta-se como um neto foi conhecer o sítio onde esteve preso o avô, entre 1949 e 1951. A história do militante comunista Guilherme da Costa Carvalho daria um filme de ação, com cenas de fazer chorar pessoas duronas, no escuro do cinema. Os pais de Guilherme não eram do Partido Comunista Português. Sobrava dinheiro ao capitalista Luís Alves de Carvalho e à católica Herculana Jesus da Costa Dias Carvalho, quando o filho esteve preso no Tarrafal. Não se sabe bem como, e contra todas as regras, foram autorizados a visitá-lo. Viajaram duas vezes e fotografaram os presos. A mãe de Guilherme deixou flores nas campas dos prisioneiros mortos. O pai fotografou tudo, para mostrar às famílias. Sim, são fotografias fundamentais do séc. XX português.
Este Campo da Morte Lenta funcionou na colónia portuguesa de Cabo Verde. E pode ser visitado na ilha de Santiago, junto à povoação do Tarrafal. Foi criado em 1936, para aclimatar presos incómodos à nossa ditadura de inspiração fascista, liderada por António de Oliveira Salazar. A localização aliava a distância de Lisboa a um clima inóspito. Ninguém fugiu, entre torturas, doenças e fome. (...)».
quinta-feira, 4 de abril de 2024
SARAH BERNSTEIN |«Manual para a Obediência»
Uma obra-prima de uma das mais estimulantes novas vozes da literatura em língua inglesa, finalista do Prémio Booker 2023. Uma jovem mulher muda-se da sua terra natal para a remota região setentrional dos antepassados, para ser governanta do irmão, recentemente abandonado pela mulher. Pouco tempo depois da sua chegada, ocorrem vários acontecimentos inexplicáveis: histeria bovina coletiva, morte de uma ovelha e do respetivo cordeiro enquanto nascia, prenhez fantasma de uma cadela, penúria de batatas…
A mulher dá-se conta de que as suspeitas sentidas pelos habitantes em relação a estrangeiros em geral parecem dirigir-se para ela com alguma intensidade, e pressente uma ameaça crescente que jaz «logo ali a seguir ao portão do jardim». À medida que a hostilidade se avoluma, empurrando os limites da propriedade do irmão, o receio da mulher aumenta: caso os rumores que correm na vila se cristalizem numa forma mais definida, o que poderá acontecer, do que serão capazes os habitantes?
Com perspicácia e lirismo, Sarah Bernstein aborda as questões de cumplicidade e poder, desenraizamento e legado. Manual para a Obediência é um romance minucioso e perturbador, uma obra-prima que confirma Bernstein como uma das mais estimulantes novas vozes da literatura em língua inglesa. Saiba mais.
quarta-feira, 3 de abril de 2024
É SOBRE KIM GORDON | «A ironia, a raiva, o feminismo, a ansiedade do século XXI são temas-chave de um álbum que soa tão mas tão de acordo com o ar do tempo que nos esquecemos que esta mulher tem 70 anos»
«O QUE EU ANDO A OUVIR
“The Collective”, de Kim Gordon, é rock, é hip-hop, é trap, tem como base um pesado ambiente industrial. Pode não agradar a nenhum dos fãs destes géneros, pode soar como uma manta de retalhos bizarra a um ouvinte que esteja à espera de algo reminiscente dos Sonic Youth (só me aguentei 48 palavras até mencionar a ex-banda), mas também corre o sério risco de expandir os universos sonoros de todas estas tribos.
Confesso que de início fui atropelado por este rolo compressor em forma de álbum, mas assim que passou a estranheza inicial fui absorvendo as várias subtilezas e estou rendido. Gordon utiliza as guitarras para dar textura a batidas do produtor Justin Raisen – o método de trabalho é mais ou menos explicado nesta entrevista à Blitz –, usa e abusa da distorção, do feedback e até do auto-tune, mas no meio desta amálgama consegue dar às canções um cariz pop q.b. Dei mesmo por mim a repetir em voz baixa as frases que Kim Gordon vai murmurando.
“BYE BYE”, por exemplo, é mesmo um grande single (e vejam como soa inesperadamente bem ao vivo), cuja letra se baseia numa lista de itens para levar numa mala de viagem. A ironia, a raiva, o feminismo, a ansiedade do século XXI são temas-chave de um álbum que soa tão mas tão de acordo com o ar do tempo que nos esquecemos que esta mulher tem 70 anos. No TikTok, tornou-se viral este post em que uma jovem música diz que Gordon “curou” o receio que tinha de envelhecer. O “New York Times” diz que este disco é a coisa mais “cool” (“fixe” parece-me pouco como tradução) que Kim Gordon já fez. Amem ou odeiem, mas ouçam».