terça-feira, 30 de maio de 2023

«Diz-me o que comes para saber quem serás»

 



«O que devemos comer em cada fase da vida? Quais são os melhores alimentos? Como controlar o peso? Hoje, mais do que nunca, a alimentação é vista como um comportamento com efeitos na saúde física e mental, mas também na prevenção da doença».


segunda-feira, 29 de maio de 2023

«Os Barqueiros do Rio Cheio»

 



«“Dentro do mar cresce um rio imenso e, maior que a solidão dos pássaros, é a sede dos barqueiros remando pelas luas.
Maior, muito maior do que o canto das aves, cresce e revela-se o rio no seio do mar, inchando, subindo até à flor dos dedos, obrigando os barqueiros a remar sempre, até ao infinito, sempre, sempre.”». Saiba mais.

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Sobre o livro, no jornal Público: 

Por esse rio abaixo, até ao mar






FILME | «A Sindicalista»



Drama de Jean-Paul Salomé protagonizado por Isabelle Huppert, no papel da sindicalista Maureen Kearney, que em 2012 denunciou uma teia de corrupção corporativa numa multinacional francesa ligada à energia nuclear

FRANCISCO FERREIRA


«Este filme de Jean-Paul Salomé, que não é thriller nem filme de tribunal embora se farte de namorar estes dois géneros, é dominado por uma personagem de tal forma ambígua que quase se diria que foi moldada de propósito para Isabelle Huppert. Se a isto se acrescentar que a sindicalista do título, Maureen Kearney, existe de facto para lá do tratamento dramático que o filme dá à figura, mais complexo o enredo se torna. Irlandesa de origem e sediada em França desde os anos 70, Kearney descobriu e denunciou em 2012 uma teia de corrupção corporativa numa multinacional francesa ligada à energia nuclear, em que uma suposta transferência clandestina de tecnologia para a China, com a conivência de altas figuras do Estado, deixaria centenas de funcionários no desemprego. O filme começa no momento em que as investigações de Kearney já estão avançadas e ela é atacada na sua própria casa por um agressor tarado e mascarado (vem à memória “Elle”, de Verhoeven, também interpretado por Huppert). (...)» - do jornal Expresso desta semana.

domingo, 28 de maio de 2023

NO TEATRO ABERTO |«O Filho»

 



«Pedro e Ana separaram-se. Nicolau, o filho adolescente, cai numa profunda tristeza, falta à escola, sente-se perdido, não está bem consigo próprio nem com ninguém. Pedro tem uma nova mulher, Sofia, e um filho bebé. Confrontado com os problemas de Nicolau, Pedro dispõe-se a acolher o filho na nova família e a dar-lhe atenção e apoio. No entanto, a experiência de vida, a boa vontade e os bons conselhos dos adultos não chegam para ajudar Nicolau a sair da depressão em que se encontra.

De onde virá tanto sofrimento? Quem poderá compreendê-lo e apaziguá-lo? Os pais? Os médicos? O filho? Ou será que não há explicação nem remédio para um mal tão obscuro? Na sua peça O filho (2018), o dramaturgo e realizador francês Florian Zeller centra-se na teia complexa das relações familiares para reflectir sobre os mistérios insondáveis da mente e a dificuldade em crescer e encontrar um sentido para a vida».





sábado, 27 de maio de 2023

TINA TURNER |«Proud Mary»






«(...) “Sou uma miúda de um campo de algodão que conseguiu superar toda a destruição e erros. E estou aqui para vocês”, dizia a artista norte-americana, que tinha como nome de batismo Anna Mae Bullock, no documentário biográfico “Tina”, lançado em 2022 na plataforma HBO Max, apesar da idade avançada e da doença contra a qual já lutaria. (...)».




sexta-feira, 26 de maio de 2023

«Elas quebraram o tabu do envelhecimento»


 


«Envelhecer já não é o que era e pode até ser fashion. Recuemos meia dúzia de anos quando a revista feminina norte-americana Allure baniu o termo antienvelhecimento do seu vocabulário. Isso fez as pessoas falarem. Bastante. Em todo o mundo. Provocou discussões sobre a linguagem e o sexismo no envelhecimento. É certo que as atitudes não se transformam de um dia para o outro, mas este movimento pela aceitação da idade está a tornar-se cada vez numa tendência global. A prova disso é que aos 81 e aos 106 anos duas mulheres fizeram história ao tornarem-se as modelos mais velhas de sempre a posarem para as capas de duas revistas de referência.  
Apresentadora de programas icónicos de culinária e decoração, cozinheira e guru de lifestyle, Martha Stewart é a estrela deste mês da edição especial dedicada a fatos de banho da Sports Illustrated Swimsuit, publicada anualmente por esta revista de desporto. Aos 81 anos, Martha Stewart prova que as mulheres se podem reinventar as vezes que entenderem. “A minha motivação foi mostrar que as mulheres da minha idade ainda podem ser bonitas e sentir-se bem”, declarou num vídeo promocional da revista. A empresária norte-americana, que foi modelo durante a adolescência e corretora de investimentos em Wall Street, viu a sua fama crescer na década de 1980 quando se tornou numa chef de renome, e o seu negócio de lifestyle se transformou num império milionário, em menos de uma década. Depois de se ver envolvida num escândalo de venda de ações e de ter sido presa, em 2004, tem procurado reconstruir a carreira e a sua imagem pública com vários projetos televisivos e nas redes sociais. 

Apo Whang-Od nasceu há 106 anos nas Filipinas e ao título de tatuadora mais antiga do seu país junta agora o de mulher mais velha de sempre na capa da prestigiada revista Vogue. A fotografia do seu corpo tatuado, que protagonizou a edição filipina de abril, tem corrido mundo e não deixa ninguém indiferente. Mais do que contar a sua história de vida, Apo quer dar a conhecer as batok, as tatuagens tradicionais das Filipinas, que aprendeu a fazer com o pai, aos 16 anos, tornando-se na primeira mulher mambok — nome dado aos tatuadores — no país. Agora, é a última da sua geração que ainda faz tatuagens, ensina a sua arte às sobrinhas e garante que só vai parar de tatuar quando já não conseguir ver mais. Em declarações à CNN, a editora executiva da Vogue filipina, Bea Valdes, afirma que a tatuadora indígena centenária representa os ideais do que há de belo na cultura filipina. “O conceito de beleza precisa de evoluir e de se tornar mais inclusivo e com rostos diversos"». 

        (Newsletter de 26 MAIO 2023 da EXECUTIVA)


quinta-feira, 25 de maio de 2023

UM PROGRAMA PARA O DIA MUNDIAL DA CRIANÇA |«Espetáculo indicado para famílias e crianças a partir dos 6 anos, o maravilhoso que conduz este “conto em música” celebra o Dia Mundial da Criança, que se assinala a 1 de junho».

 



«Convidada em 1998 a escrever para um programa da Companhia Nacional de Bailado a propósito de A Bela Adormecida, Agustina Bessa-Luís revisitou o conto de Charles Perrault à luz dos tempos modernos e da sua proverbial mordacidade. “A Bela Adormecida hoje seria salva pelo Super-Homem e viajava para muito longe da Terra numa nave espacial”, escreveu ela. Uma Outra Bela Adormecida é um espetáculo-concerto, dirigido por Beatriz Brás, que adapta à cena esta pouco conhecida narrativa de Agustina, no ano do seu Centenário. Num espaço onírico, onde a ironia e a noção de alteridade circulam livres, o texto dialoga com a música original de Martim Sousa Tavares (interpretada ao vivo pela Orquestra Sem Fronteiras) e com a projeção de animação e ilustrações de Francisco Lourenço. Espetáculo indicado para famílias e crianças a partir dos 6 anos, o maravilhoso que conduz este “conto em música” celebra o Dia Mundial da Criança, que se assinala a 1 de junho». Saiba mais.


«A economia social representa 2,7% do PIB em Portugal e 6,1% do emprego remunerado»

 


Veja aqui



terça-feira, 23 de maio de 2023

Mulher não entra ...

 

Tirado de uma  Newsletter do Expresso - 23/05/2023.
 Esperamos que a ausência de mulheres seja apenas na noticia


DEBATE |«A causa dos Direitos Humanos está cada vez mais enfraquecida ou, pelo contrário, o ativismo por causas globais, novas e velhas, está a dar um novo impulso à defesa dos princípios pelos quais se rege a Declaração de 1949?»

 



«O fim da Segunda Guerra Mundial deu lugar à aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sete décadas depois, a Europa está de novo em guerra e multiplicam-se a desigualdades que colocam em causa direitos sociais, económicos e ambientais. A causa dos Direitos Humanos está cada vez mais enfraquecida ou, pelo contrário, o ativismo por causas globais, novas e velhas, está a dar um novo impulso à defesa dos princípios pelos quais se rege a Declaração de 1949?

Neste debate, participam Francisco Bethencourt, autor do ensaio «Direitos Humanos», a historiadora Filipa Lowndes Vicente, e o politólogo António Costa Pinto.
Uma sessão gravada live on tape, para o Da Capa à Contrcapapa, parceria com a Renascença». Saiba mais.




domingo, 21 de maio de 2023

SOBRE MULHERES DE LIMPEZA PORTUGUESAS EM TORONTO |«CLEANING UP- Portuguese Women’s Fight for Labour Rights in Toronto»

 



«This fascinating book uncovers the little-known, surprisingly radical history of the Portuguese immigrant women who worked as night-time office cleaners and daytime “cleaning ladies” in postwar Toronto.

Drawing on union records, newspapers, and interviews, feminist labour historians Susana P. Miranda and Franca Iacovetta piece together the lives of immigrant women who bucked convention by reshaping domestic labour and by leading union drives, striking for workers’ rights, and taking on corporate capital in the heart of Toronto’s financial district. Despite being sidelined within the labour movement and subjected to harsh working conditions in the commercial cleaning industry, the women forged critical alliances with local activists to shape picket-line culture and make an indelible mark on their communities.

Richly detailed and engagingly written, Cleaning Up is an archival treasure about an undersung piece of working-class history in urban North America».


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Da revista do semanário Expresso desta semana, na secção «fisga», por João Pacheco:

«Lúcia Ferreira, Carolina Soares, Joaquina Gomes ou Emília Silva. Há muitos nomes de portuguesas nesta história, apesar de se tratar de um livro escrito em inglês e publicado em abril no Canadá. Chama-se “Cleaning Up: Portuguese Women’s Fight for Labour Rights in Toronto” (Na limpeza: a luta das mulheres portugueses pelos direitos laborais em Toronto). As autoras são Susana P. Miranda e Franca Iacovetta, e o livro é o resultado de uma investigação sobre a história de uma luta portuguesa em Toronto. A comunidade de imigrantes de origem portuguesa foi crescendo no Canadá a seguir à II Guerra Mundial, com o arquipélago dos Açores a jogar um papel importante. Com o final da ditadura portuguesa do Estado Novo, esta história de emigração incluiu sindicalismo e união, com a luta por direitos laborais das trabalhadoras de limpeza portuguesas a ser apoiada por militantes canadianos. Este cartoon nasceu dessa história, foi publicado na “Cleaner’s Action Newsletter” no verão de 1978 e está agora nas páginas deste novo livro. Sim, é um livro académico, mas lê-se bem. E quer ser uma homenagem à coragem destas mulheres portuguesas. Merecem».



(O cartoon referido no texto)


sábado, 20 de maio de 2023

NO ESPAÇO ESCOLA DE MULHERES| «"dirty shoes don’t go to heaven" mistura textos da dramaturgia clássica grega que afloram o tema da mulher na sociedade clássica e com um olhar específico para os textos que foram usados e levados à cena por Fernanda Lapa, fundadora e directora da companhia Escola de Mulheres até 2020»

 

Sobre o espetáculo

«dirty shoes don’t go to heaven mistura textos da dramaturgia clássica grega que afloram o tema da mulher na sociedade clássica e com um olhar específico para os textos que foram usados e levados à cena por Fernanda Lapa, fundadora e directora da companhia Escola de Mulheres até 2020. Mais do que querer ser algum tipo de espectáculo-homenagem a uma pessoa ou a uma obra, dirty shoes (…) toma para si um assunto tão fundamental e canónico na tradição teatral ocidental, a tragédia grega clássica, como matéria de actor, primeiro, para a partir daí tratar em intertextualidade os diferentes arquétipos femininos e masculinos, trágicos, numa incursão prática sobre o imaginário da tragédia clássica e da sua iconografia, da sua função enquanto evento performativo e socializante, esboçando uma perspectiva feminina sobre a situação da personagem trágica – onde sempre estão presentes a morte e a perda como motores da lírica apiedante da tragédia.

Uma revisitação estilística de cânones temáticos e formais para a constituição de um discurso cerimonial, dramático, melodramático – no sentido etimológico da palavra – coral, brincado e jogado para dar voz à riqueza de registos e expedientes dramáticos da tragediografia grega e ao pensamento que os seus autores exercem sobre as “leis divinas” que regem a psique e a sociedade humanas.(...)».Leia na integra.


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«sobre o projeto artístico da companhia para 2023

Desenhamos para o quadriénio de 2023-2026 um projeto artístico assente na temática da MEMÓRIA, transversal a toda a atividade da Escola de Mulheres, da criação à programação. Neste ano e tendo por referência os textos da Tragédia Clássica que marcaram, desde sempre, o percurso da companhia e de Fernanda Lapa, sua directora artística até à data da sua morte em 2020, consideramos ser o momento para os revisitarmos em duas novas criações, uma pela mão de David Pereira Bastos, encenador convidado e outra pela de Marta Lapa, directora artística da companhia.

Se nesta primeira criação, dirty shoes don’t go to heaven, a dramaturgia é criada a partir dos textos clássicos de algumas das obras de Eurípides (As BacantesAs Troianas e Hécuba) e de Sófocles (Antígona), na segunda, a estrear em outubro, em coprodução com o Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, convidamos a autora Lígia Soares a escrever um texto inédito inspirado na figura das Mulheres Trágicas, uma aposta constante da companhia no fomento da escrita original para ser levada à cena.

São vários os textos de Tragédia Clássica levados à cena pela companhia com encenação de Fernanda Lapa: As Bacantes, espetáculo que marcou o nascimento da companhia em 1995, no âmbito dos encontros ACARTE; Medeia (Teatro Nacional D. Maria II - 2006) e Hécuba, o sofrimento desmedido (coprodução Escola de Mulheres e São Luiz Teatro Municipal - 2015), textos de Eurípides, autor de eleição da encenadora. O último levado à cena pela companhia, em 2017, foi As Fúrias, ou de como o pai matou a mãe, a partir de As Euménides, de Ésquilo.

Marta Lapa e Ruy Malheiro»



sexta-feira, 19 de maio de 2023

Onde nos leva o Museu do Traje ...

 




Comecemos: as imagems acima dizem-nos da oferta do Museu do Traje que pode ser ampliada através da informação no facebook do Museu - veja aqui. De lá mais esta bela imagem que mostra «um programa»:




E não resistimos a esta notícia de há umas semanas:Nazaré. Da parceria entre EDFR e Museu Nacional do Traje nasce o “Cores da Moda”

Mais: como muitas pessoas saberão o Museu do Traje fica no  Parque Monteiro-Mor (ou é contíguo) e daí que realcemos também isto:




Resumindo, para nosso deleite, muitos são os programas que podemos gizar a partir do Museu do Traje. Alguns gratuitos.

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E deve ser o ambiente a que nos levou o que atrás descrevemos que fez com que reparássemos nisto:


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SUMARIZANDO
VIVA O TRAJE!
VIVA A MODA!



quarta-feira, 17 de maio de 2023

«A Assembleia da República iluminou hoje a sua fachada com as cores do arco-íris, as cores da inclusão, em celebração do Dia Internacional Contra a Homo / Bi/ Trans / Interfobia»

 


«A Assembleia da República iluminou hoje a sua fachada com as cores do arco-íris, as cores da inclusão, em celebração do Dia Internacional Contra a Homo / Bi/ Trans / Interfobia.
Estamos aqui e sentimos a emoção de ver que a casa da Democracia se ilumina e se posiciona do lado certo da História.
Direitos LGBTI+ são Direitos Humanos». Tirado daqui.


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Relacionada com a causa, outra imagem sempre atual porque, a nossa ver, bela: da Opera House de Australia:



MAIS UM NÚMERO DA REVISTA «FACES DE EVA-Estudos sobre a Mulher»

 



terça-feira, 16 de maio de 2023

MUSEU NACIONAL DO TRAJE | Concerto de Primavera | 16 MAIO 2023| 15:00 | LISBOA



«Estreitando relações de proximidades na freguesia do Lumiar, o Museu Nacional do Traje, conta com a presença da Tuna Académica da UTIL (Universidade Sénior da Terceira Idade) e o seu Maestro Guilherme Cancelinha, para vos presentar com um concerto de Primavera».

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E uma boa ocasião para chamarmos a atenção para as Universidades da Terceira Idade e a ligação que podem/devem ter com o que as rodeia, e a força da arte em qualquer idade.


segunda-feira, 15 de maio de 2023

PAULINA CHIZIANE|«Niketche-Uma história de poligamia»

 


«Rami, casada há vinte anos com Tony, um alto funcionário da polícia, de quem tem vários filhos, descobre que o partilha com várias mulheres, com as quais ele constituiu outras famílias. O seu casamento, de «papel passado» e aliança no dedo, resume-se afinal a um irónico drama de que ela é apenas uma das personagens. Numa procura febril, Rami obriga-se a conhecer «as outras». O seu marido é um polígamo! Na via dolorosa que então começa, séculos de tradição e de costumes, a crueldade da vida e as diferenças abissais de cultura entre o norte e o sul da terra que é sua, esmagam-na.
E só a sabedoria infinita que o sofrimento provoca lhe vai apontando o rumo num labirinto de emoções, de revelações, de contradições e perigosas ambiguidades. Poligamia e monogamia, que significado assumem? Cultura, institucionalização, hipocrisia, comodismo, convenção ou a condição natural de se ser humano, no quadro da inteligência e dos afetos? Paulina Chiziane estende-nos o fio de Ariadne e guia-nos com o desassombro, a perícia e a verdade de quem conhece o direito e o avesso da aventura de viver a vida.
Niketche, dança de amor e erotismo, é um espelho em que nos vemos e revemos, mas no qual, seguramente, só alguns de nós admitirão refletir-se».Saiba mais.


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E se puder não perca:

Disponível aqui


domingo, 14 de maio de 2023

CONVERSA|«TRABALHADORES DAS LIMPEZAS: TANTA FORÇA PARA POUCO DINHEIRO | A Fundação Francisco Manuel dos Santos convida-o/a a assistir à apresentação do livro As Invisíveis, histórias sobre o trabalho de limpeza, na quinta-feira, dia 18 de maio, às 18h30, na FNAC Colombo, em Lisboa»|E LEMBREMOS A PEÇA DE TEATRO «ALÉM DA DOR» PASSANDO PELO «ILLEGAL CHILD LABOR» DO PROGRAMA «60 MINUTOS»

 

«A Fundação Francisco Manuel dos Santos convida-o/a a assistir à apresentação do livro As Invisíveis, histórias sobre o trabalho de limpeza, na quinta-feira, dia 18 de maio, às 18h30, na FNAC Colombo, em Lisboa.
 Sabia que, durante a madrugada, os lugares dos autocarros que circulam em Lisboa são ocupados quase na totalidade por trabalhadores de limpeza industrial? E que a maioria deles são mulheres e, em grande número, imigrantes? Qual o estatuto e a importância real destes trabalhadores? A que se deve a invisibilidade social e os preconceitos que recaem sobre eles? E o que reivindicam?
 Para refletir sobre estas questões, junte-se a esta conversa entre a autora Rita Pereira de Carvalho, Vivalda Silva, coordenadora do STAD (Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas) e Maria José Monteiro, trabalhadora de limpeza».


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A propósito de limpezas, ontem, sábado, na SIC NOTÍCIAS o Programa 60 minutos  cobre os trabalhos «Illegal Child Labor, Industrial Revolution,Photographer James Nachtwey. Destaquemos o «Illegal Child Labor» que recai sobre a contratação de crianças para limpezas noturnas numa empresa de embalagem de carne. De arrepiar. Se puder não perca: não podemos ignorar ... E uma vez mais nos lembrámos do espectáculo Além da dor levado à cena pela Companhia de Teatro de Almada. Mas, afinal, o fundo é mais fundo ... Se bem nos lembramos, como é dito no Programa 60 minutos, mais parece que estamos dois séculos atrás e não no sec. XXI. E passa-se na América! Quem sabe, algo equivalente, à nossa  volta ... A canção de protesto não estará ultrapassada, por isso:

sexta-feira, 12 de maio de 2023

RITA LEE | que saudades!





Rita Lee  morreu há poucos dias. Só nos resta juntar a quem chora - muitas vezes cantando - a partida da  grande artista. Quase ao acaso do que se escreveu neste momento triste:
«Morreu aos 75 anos aquela que foi uma das maiores figuras da música brasileira, autora de sucessos radiofónicos e voz de discos que qualquer melómano guarda na sua estante. Após dois anos a lutar contra um cancro no pulmão, Rita Lee deixou este mundo para, como tão bem escreveu, ir tocar harpa para junto de Deus. Deixou-o mais triste, mas também fez dele menos cafona». Leia na integra:








«NÃO ERA CONFORTÁVEL SER RITA LEE, MAS TODA A GENTE QUERIA SER RITA LEE»


Que revolução foi aquele «amor e sexo» do vídeo acima. Mas lembremos outros trabalhos, e a dificuldade é escolher:



quinta-feira, 11 de maio de 2023

DE FRANÇA | VOLTEMOS AO «OBSERVATOIR DE L'ÉGALITÉ ENTRE FEMMES ET HOMMES DANS LA CULTURE ET LA COMMUNICATION»

 



E o que mais recentemente (a 12 ABR 2023) se pode ler no site do Ministério da Cultura de França: «Observatoire de l’égalité : plus de femmes aux avant-postes, mais toujours des disparités entre genres» - leia neste endereço. E por que andamos sempre a trazer para aqui o que se passa no Ministério da Cultura de França no que diz respeito à igualdade entre homens e mulheres? Por uma questão de «inveja boa». Gostávamos que em Portugal existisse equivalente. 


quarta-feira, 10 de maio de 2023

BOA PERGUNTA A PROPÓSITO DAQUELAS REUNIÕES INTERMINÁVEIS NO PARLAMENTO|E conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar para que te quero!

 



De facto, em linha com o post da imagem, quantas pessoas já não se terão interrogado sobre aqueles horários do Parlamento? E de outras situações equivalentes.  Parece que uma das razões para que as mulheres se afastem da politica terá a ver com coisas como estas relacionadas com o tempo necessário, melhor, praticado nas  funções. Por exemplo, se há filhos quem os terá ido buscar à escola, ou quem está em casa para os receber? Os acompanhar nos TPCs, lhes dar de jantar, e até dizer «boa noite, dorme bem» ... Em termos de politicas públicas como se concretiza a tão propalada «conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional»? 
Aproveitemos para lembrar, de entre o tanto que podiamos escolher:



Quem sabe muita da falta de qualidade na esfera de orgãos e serviços públicos bem patentes nos dias que passam não se deverá ao desequilibrio entre a vida profissional, pessoal e familiar. E justifica-se voltar ao 8!8!8!. Para Todos. A que nos referimos em post anterior:


 

segunda-feira, 8 de maio de 2023

«ROSINHA E OUTROS BICHOS DO MATO»|Prémio Árvore da Vida

 



Excerto: «(...)Trata-se de «um filme que perscruta a ideia de “racismo suave” e como esta vem beber ao enaltecido colonialismo português. A Rosinha titular é uma nativa guineense que se torna no símbolo da primeira exposição colonial portuguesa apresentada pelo Estado Novo em 1934. Uma viagem ao passado para entender o presente», lê-se na sinopse.

A referida mostra levou aos jardins do Palácio de Cristal, no Porto, «a recriação das aldeias indígenas e “exemplares” dos povos que as habitavam. Rosinha veio com ela da Guiné e está presente em vários filmes e imagens oficiais».

«Mas quem é Rosinha? Quem são as rosinhas históricas que nos fizeram acreditar na lição do Estado Novo e que talvez expliquem de que modo chegámos aos nossos dias a acreditar que “Portugal não é um país racista”», questiona Margarida Moz no texto de apresentação do filme. (...)».

 


PAULINA CHIZIANE|«"O império colonial dizia 'eu tenho, mas tu não tens', e não é justo. Tenho uma língua materna e uma que me foi dada. Por que tenho de aprender a que me é dada? E por que não aprendem a minha?", questionou a escritora, convidando todos a aprenderem línguas africanas» | PALAVRAS QUANDO RECEBEU O PRÉMIO CAMÕES

 



domingo, 7 de maio de 2023

ASSINALEMOS O DIA DAS MÃES COM CINEMA | «MAL VIVER | VIVER MAL» | Porque : «Mal Viver, Prémio do Júri em Berlim, e o seu reverso Viver Mal chegam quinta-feira às salas. Um olhar impiedoso sobre mães que secam a vida daqueles que geraram. O olhar cinematográfico de João Canijo» | RETIRADO DO TEXTO DE JORGE LEITÃO RAMOS NO SEMANÁRIO EXPRESSO DESTA SEMANA




Excerto do trabalho de Jorge Leitão Ramos:

«(...) Agora já é outra coisa.” E é terrível, o retrato dos laços parentais no feminino que o díptico traça, mães impossíveis que fazem o deserto em volta. “Sou eu que acho: as mães, por muito bem que tentem fazer, acabam sempre por asfixiar os filhos e, mais ainda, as filhas. As avós dão cabo da vida das filhas e as filhas acabam por dar cabo da vida das netas, num ciclo imparável. É uma minha ideia.” Capital é a figura de Piedade, central em “Mal Viver”, seca de afetos, por um lado odiosa, por outro personagem de tragédia, que a atriz desempenha sob um capuz facial de fechamento, com um cãozinho como fetiche, nada de psicologia. Depois, o seu desempenho profissional no serviço aos clientes, aquele descrever dos vinhos, o linguajar de escanção como máscara, acaba por funcionar como suplementar cortina sobre a sua verdade interior que nunca conheceremos. Só o desespero, lá para o fim. É o amor condicional de uma mãe, por contraste com o amor incondicional de “Sangue do Meu Sangue”? “O amor dela não me parece que seja condicional, a ansiedade é que a impede de mostrar que é incondicional e de amar de uma forma natural. Tem tanto medo da vida, quer controlar tanto tudo e sente uma responsabilidade tão grande por ser mãe que, embora tenha sido, provavelmente, uma mãe quase perfeita, foi uma mãe que não soube transmitir amor à filha.” Mas há outras mães, sobretudo em “Viver Mal”. “Há uma que não aparece, uma mãe-galinha (a mãe de Jaime/Nuno Lopes, na voz telefónica de Lourdes Norberto), quer continuar a ter o filho para ela o tempo todo; há a Elisa/Leonor Silveira, megera intratável; é há a Judite/Beatriz Batarda a fazer uma projeção tão grande das suas frustrações na filha que a impede de viver.” Sempre famílias de catástrofe.Os dois filmes têm estruturas e tonalidades muito diferentes. Embora ambos sejam conjugados em modo de verificação dos infernos das relações parentais e sentimentais, “Mal Viver” é um covil, um huis clos, cromaticamente sombrio, um lugar de dilaceração, enquanto “Viver Mal” é mais aberto, solar (ambos a mostrar a versatilidade e a inteligência dramática da direção de fotografia de Leonor Teles) — “e dá para rir”, lembra Canijo, embora seja um riso fero, convenhamos. A ideia de fazer uma obra em duas portadas estava presente desde o início dos trabalhos. “A produção teve duas etapas. A ideia inicial era fazer dois filmes, se o hotel pudesse ter clientes. Ter clientes implicava mais dinheiro. Por isso, só quando o financiamento acrescido chegou é que se pôde concretizar o ‘Viver Mal’. Já estávamos muito avançados — nem sei se não tínhamos já terminado — os ensaios de construção do ‘Mal Viver’. Podia perfeitamente passar-se num hotel vazio. Com clientes, ganha outra dimensão e outra intensidade, porque elas não estão a viver numa bolha, completamente sozinhas, estão, quer queiram, quer não, a ser observadas pelos clientes.” Para as histórias dos três grupos de hóspedes, o realizador usou outras tantas peças de Strindberg, “Brincar com o Fogo”, “O Pelicano” e “Amor de Mãe”. E o labor sobre os textos não teve a amplitude do método do outro filme. Neste “os atores de cada núcleo leram atentamente a peça que lhes correspondia e o trabalho deles foi adaptar os personagens a si mesmos. ‘O Pelicano’ nem se afasta muito da peça do Strindberg”. (...)».

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E, se puder, não perca o texto de Jorge Leitão Ramos na integra. E, claro, os filmes.