quarta-feira, 24 de abril de 2024

NOS 50 ANOS DE ABRIL | recordar «Zeca Afonso - cantar alentejano»





Chamava-se Catarina o Alentejo a viu nascerChamava-se Catarina o Alentejo a viu nascerSerranas viram na em vidaBaleizão a viu morrerSerranas viram na em vidaBaleizão a viu morrer


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terça-feira, 23 de abril de 2024

NOS 50 ANOS DE ABRIL|não perder a cinemateca ...

 



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CICLO
ABRIL 50 - PROGRAMA ESPECIAL


«Em anteriores aniversários redondos (nos 10, 25 e 40 anos) a Cinemateca levou a cabo importantes iniciativas de celebração no exato dia 25 de Abril. Aos 50 anos, a imensidade de memórias, reflexões e interrogações que a data nos sugeria no próprio território do cinema, exigiu outra escala de tempo, invadindo um ano inteiro de programação desde janeiro até dezembro. Se todo o ano de 2024 tem sido assim contaminado por esta evocação, seja de forma direta seja de forma indireta, nomeadamente através do Ciclo “O que Farei Eu com Esta Espada?”, reservámos para abril a componente mais festiva e intensa desta celebração. Para além dos Ciclos “Ir ao Cinema em 1974”, “O Outro 25 de Abril” (em colaboração com a Festa do Cinema Italiano) e do panorama dedicado ao cinema moçambicano desde a independência até à atualidade, vamos de forma muito intensa nos dias 25, 26 e 27 voltar a exibir as “imagens de Abril”, seja nas obras de referência da época, em filmes posteriores que a evocam, ou até em alguns documentos inéditos entretanto recuperados. No feriado de 25 de abril, voltaremos a abrir as portas da Sede, de manhã à noite e com acesso gratuito, para uma maratona de imagens dessas várias tipologias. Logo na manhã do mesmo dia 25 de abril, às 11h, será inaugurada a instalação Sempre – A palavra, o sonho e a poesia na rua da realizadora e artista visual Luciana Fina, convidada pela Cinemateca para uma evocação livre do tema. Na tarde de dia 27 apresentaremos de novo (repetindo e renovando a experiência feita nos 70 anos da Cinemateca) uma longa sessão de homenagem ao cinema português, numa “montagem crua de bobines” de filmes de múltiplos géneros, em diálogo com a nossa História contemporânea».
 


segunda-feira, 22 de abril de 2024

CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE|«A Cor do Hibisco»

 


SINOPSE
Os limites do mundo da jovem Kambili são definidos pelos muros da luxuosa propriedade da família e pelas regras de um pai repressivo. O dia-a-dia é regulado por horários: rezar, dormir, estudar e rezar ainda mais. A sua vida é privilegiada mas o ambiente familiar é tenso. O pai tem expectativas irreais para a mulher e os filhos, e pune-os severamente quando se mostram menos que perfeitos.
Quando um golpe militar ameaça fazer desmoronar a Nigéria, o pai de Kambili envia-a, juntamente com o irmão, para casa da tia. É aí, nessa casa cheia de energia e riso, que ela descobre todo um novo mundo onde os livros não são proibidos, os aromas a caril e noz-moscada impregnam o ar, e a alegria dos primos ecoa.
Esta visita vai despertá-la para a vida e para o amor e acabar de vez com o silêncio sufocante que a amordaçava. Mas a sua desobediência vai ter consequências inesperadas.
 Uma obra sobre liberdade, amor e ódio, e a linha ténue que separa a infância da idade adulta, que marcou a estreia de uma escritora extraordinária. Saiba mais.



domingo, 21 de abril de 2024

BIENAL DE VENEZA 2024 | JÁ ABRIU! | «A 60.ª edição da Bienal de Arte de Veneza começou este sábado sob o tema “Estrangeiros em todo o lado”, com curadoria do brasileiro Adriano Pedrosa, num ano marcado pelas guerras do presente e pelas memórias da violência do passado»





E já houve duas
 Mulheres destacadas: 




Das razões:“This decision is particularly meaningful given the title and framework of my Exhibition, focused as it is on artists who have traveled and migrated between North and South, Europe and beyond, and vice versa. In this sense, my choice rests upon two extraordinary, pioneering women artists who are also migrants and who embody in many ways the spirit of Stranieri Ovunque—Foreigners EverywhereAnna Maria Maiolino (Scalea, Italy, 1942, lives in São Paulo, Brazil), who migrated from Italy to South America, first to Venezuela and later to Brazil, where she lives today; Nil Yalter (Cairo, Egypt, 1938, lives in Paris, France), a Turkish who migrated from Cairo to Istanbul and finally to Paris, where she is based.” - 

STATEMENT FROM CURATOR ADRIANO PEDROSA

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Por outro lado, leia, por exemplo, no Observador:

«Bienal de Arte de Veneza premeia Austrália e projeto da Nova Zelândia

A 60.ª edição da Bienal de Arte de Veneza atribuiu prémios Leão de Ouro à Austrália, pela participação nacional, e a um projeto neozelandês, com o Kosovo a receber uma menção especial». Neste endereço. Donde tirámos o excerto no titulo do post.



sábado, 20 de abril de 2024

CAPICUA |«Que força é essa amiga»







Que Força É Essa Amiga

Vi-te a trabalhar o dia inteiroA limpar a cidade dos homensPor amor, ou por pouco dinheiroFicam velhas as tuas mãos jovensO teu peito, o teu colo é consoloA despeito do teu próprio choro
Que força é essa?Que força é essa, que trazes nos braços?Que só te serve para obedecerQue só te manda obedecer
Que força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?Que te faz levar o mundo todo na barrigaQue força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?
O amor, pra ti, tem costas largasFaz-te doce nas horas amargasInvisível nas noites em claroNinguém paga o que mais te sai caroNinguém sara, essa escara é antigaTens o mundo todo na barriga
Que força é essa?Que força é essa, que trazes nos braços?Que só te serve para obedecerQue só te manda obedecer
Que força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?Que te faz levar o mundo todo na barrigaQue força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?
Vi-te a trabalhar a noite inteiraNão são tuas as horas de ócioTodos mamam, não há quem não queiraQue o cuidado não pago é negócioE no parto ou no quarto, o teu corpoEsteve sempre ao serviço do outro
Que força é essa?Que força é essa, que trazes nos braços?Que só te serve para obedecerQue só te manda obedecer
Que força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?Que te faz levar o mundo todo na barrigaQue força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?Que força é essa, amiga?
Não me digas que não me compreendesQuando os dias se tornam azedosNão me digas que nunca sentistesUma força a crescer-te nos dedosE uma raiva a nascer-te nos dentesNão me digas que não me compreendes
Fonte: Musixmatch
Compositores: Sérgio Godinho



quinta-feira, 18 de abril de 2024

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE JOANA GALEGO | «Jardins» | GALERIA BELARD | LISBOA

 


Na Galeria Belard Jardins, a nova exposição individual de Joana Galego

«Jardins apresenta uma colecção de elementos naturais tocados pela figura humana e vice-versa. Ao pensarmos em jardim, imaginamos uma cerca, um local específico, mas Galego pensa num jardim do tamanho do mundo, o mundo enquanto jardim, as pessoas como jardim, dissolvendo as fronteiras do espaço e do tempo. O imaginário imagético apresentado nasce ao mesmo tempo no Gerês, no Sul de Londres ou em Manali, e a figuras humanas em personagens afectivas, do seu passado e presente, que voltam disfarçadas com nova roupagem. Nesta aparente antítese entre o selvagem e o doméstico, nessa fronteira invisível, o cuidado é o que une e assume o papel principal. “Enterrar os dedos na terra como quem faz um cafuné, ou vice versa.”
A exposição reúne trabalhos iniciados em Portugal, na Índia, em Inglaterra e na Indonésia. Galego coloca assim a possibilidade de fuga e permanência, de poder habitar simultaneamente diferentes lugares. O seu trabalho também fragmenta as fronteiras temporais, uma vez que retratam memórias de infância ou dos seus primeiros anos a viver fora de Portugal. Assim, Galego aponta para um outro mundo dentro deste. “Estar presente em dois lugares. Ou mais do que dois, como aqui! Pinto em Londres a partir de um desenho que fiz na Indonésia, a pensar em Portugal. E posso juntar tudo isso. Talvez não transpareça, mas é isso que acontece no estúdio. O jardim perde os limites.”
Assim como na pintura de Paolo Uccello, Caçada na Floresta, a qual teve influência sobre os trabalhos expostos, Galego apresenta cenas que transitam entre o realismo e o lúdico, onde as actividades recreativas se transfiguram em rituais e o palpável, em fantasia. A floresta sem fim de Uccello revê-se na profundidade do campo visual da artista que leva a fuga do encontro ao desconhecido – a uma liberdade sem fim.
Para a artista, os trabalhos em pintura vêm de um imaginário constructivo, de memórias e pensamentos que escreve, e dos pequenos esboços que dão forma às primeiras camadas de tinta. Os desenhos manifestam-se como fruto da recolha em cadernos ou folhas soltas, como pot-pourri dos elementos que ganham uma nova vida no seu jardim – o estúdio. Com a mistura de muitas técnicas e colagens, Galego transforma-os em algo novo e sugere no espaço negativo a possibilidade de novas figuras.
Jardins apresenta um conjunto de pinturas e trabalhos em papel, resultado de um cuidado em carregar e cultivar ideias que um dia saem, brotam ou simplesmente aparecem, como sementes que foram ali plantadas ou trazidas pelos ventos. Assim como no jardim, no desenhar e no pintar há um elemento de espera e sorte, – uma mancha acidental em que algo próspero acontece. Pela exposição, as figuras ali, habitantes temporários, revelam os seus pequenos mundos delimitados pelo espaço pictórico. Partilham trocas de afetos ou evidenciam o seu isolamento. Na última sala da galeria, a artista traz obras em papel, meio fundamental para o seu trabalho. Caminhar pela galeria é, assim, como uma volta às origens, pois está sempre no desenho o seu próprio ponto de partida».

Rua Rodrigo da Fonseca 103B
1070-239 Lisboa



quarta-feira, 17 de abril de 2024

RECORDAR MARIA DE SOUSA

 






«Este livro, que descobri com emoção, revelou a Portugal uma cientista portuguesa que se afirmou na América dos cientistas. E muitos, muitos jovens portugueses acreditaram que poderiam seguir esse caminho. Quando nos conhecemos, só queria falar-me de poesia e literatura e arte. Não tinha um feitio fácil. Já tenho saudades da Amiga.»

Guilherme Valente, editor