quarta-feira, 29 de junho de 2022

ALDINA DUARTE | ANA BISCAIA |«Caderno 20/21 * Manual Anti-Angústia»

 


«O mundo ao contrário: aprender o que é a distância do próximo em nome do nosso bem maior, a vida.»

 Em Março de 2020, quando pela primeira vez o coronavírus nos isolou em casa, Aldina Duarte recorreu à escrita para disciplinar o pensamento e suavizar a clausura. Impossibilitada de partilhar o seu canto, durante quarenta dias partilhou no Facebook o registo intimista da aprendizagem do confinamento, um repositório de memórias, pensamentos e inquietações, mas também — ou sobretudo — de esperança. Como a dada altura escreveu: «O optimismo não é a negação da realidade, mas a coragem de acreditar num futuro melhor, enfrentando o pior cara a cara.»

Passado o pior, o livro que o leitor agora tem nas mãos não é uma mera colectânea desses textos para memória futura. É uma celebração do regresso aos encontros que animam as cumplicidades de sempre. Aqui, as palavras de Aldina Duarte encontram-se com as ilustrações de Ana Biscaia, amiga de longa data, a única capaz de traduzir em imagens este diário em que tanto cabem as coisas que doem, como as que salvam, irmanadas na delicadeza da poesia, na solidez dos afectos e na obstinada recusa da angústia. Saiba mais.




terça-feira, 28 de junho de 2022

«ORÇAMENTO COM PERSPETIVA DE GÉNERO»

 


O artigo 14.º da imagem acima é da Lei Orçamental para 2022. A reação imediata que nos provoca: verdadeiramente, aquele dispositivo obriga a quê? Depois: não é a primeira vez que dispositivo relativamente ao «género» (e será que devia ser esta a palavra?) aparece nesta Lei anual. Assim, qual é o Ponto de situação? Para quem está minimamente atento a esta problemática facilmente dirá que muitos serão os «serviços e organismos» a quem tudo isto em termos operativos ainda será estranho, e que responderão nada fazendo ou adiantando uns números que apenas servirão para «marcar ponto». E seria interessante ver como empresas do mundo dos negócios já divulgam a matéria nos seus relatórios oficiais e para além deles.

Ainda que mal se volte  à nossa «vaca fria», cumpra-se a elaboração do OE por programas e projetos - e o mesmo por parte dos «serviços e organismos» - e a história será outra ...E talvez a «minha ORDEM» - a dos Economistas - tenha alguma coisa a dizer sobre o assunto. Afinal, estamos em territórios que serão próprios dos profissionais que abrange - homens e mulheres.A propósito, e para se mostrar que a questão vem de longe, um dos posts passados do Em Cada Rosto Igualdade: O ORÇAMENTO DE ESTADO TEM GÉNERO ?


*********************************

E todos os momentos serão bons para lembrar isto:





segunda-feira, 27 de junho de 2022

FILME |«Tão Perto, Tão longe»






Sinopse

Rémy e Mélanie têm 30 anos, vivem paredes-meias no mesmo bairro de Paris mas não se conhecem. Ela tem uma sucessão de maus encontros nas redes sociais, enquanto ele mal consegue marcar o que seja. São ambos vítimas da solidão das grandes cidades, na era hiperconectada, em que criar relações deveria ser mais fácil. Dois indivíduos, duas rotas. Sem o saberem, tomam caminhos que os levarão na mesma direção... a de uma história de amor? - Tirado daqui.




sexta-feira, 24 de junho de 2022

CONFERÊNCIA | «As Mulheres nas prisões do Estado Novo» | 30 JUN 2022 | 18:00 | FUNDAÇÃO MARIO SOARES E MARIA BARROSO | TAMBÉM ONLINE

 


«A história da luta contra a ditadura do Estado Novo, é, também, uma história feminina. 

Uma história de um singular protagonismo, que ousou atravessar as barreiras do medo invadindo o lugar da luta e da resistência, constituindo-se enquanto sujeito político, paradigma de um determinado processo histórico. Foram mulheres que compuseram uma barreira de força no campo da resistência, ao mesmo tempo que subvertiam os valores estabelecidos pelo regime à sua condição de género. (...)». Continue a ler. 




quinta-feira, 23 de junho de 2022

«The Massachusetts Conference for Women»

 


Hoje devia estar a decorrer a iniciativa que  tinhamos divulgado no post ORDEM DOS ECONOMISTAS | a caminho da conferência «Mulheres e Homens no mercado de trabalho» | 23 JUNHO 2022 | ISEG | LISBOA . Foi adiada. Entretanto, num processo habitual, acabámos de receber mais um «alerta» sobre a conferência a que se refere a imagem acima, e reagindo a impulso: «não é tarde nem é cedo», voltemos uma vez mais à «The Massachusetts Conference for Women» para muitos/as considerada uma referência. Quem sabe até pode vir a servir de inspiração aos novos dirigentes da Ordem dos Economistas. 

******************************

Alguns pormenores:


     «About the Massachusetts Conference for Women

The Massachusetts Conference for Women provides connection, motivation, networking, inspiration and skill building for thousands of women each year. Since the first Conference in 2005, this annual event has grown to a sold-out crowd of more than 15,000 attendees and impacts thousands of lives. Dozens of expert speakers lead workshops and seminars on the issues that matter most to women, including personal finance, business and entrepreneurship, health, work/life balance and more. The Conference offers incredible opportunities for business networking, professional development and personal growth.

The 18th annual Massachusetts Conference for Women will be held online Dec. 1 and in-person in Boston on Nov. 30, 2022.

Registration for both events will open on June 9th».

******************************






EXPOSIÇÃO|«Amor Veneris-Viagem ao Prazer Sexual Feminino»

 

«(...)A exposição pretende ainda levar levar o público a refletir sobre o pazer sexual feminino,  bem como sobre assuntos fundamentais,   como o consentimento e o não consentimento, com a sexualidade,violência sexual sobre as mulheres, e outros conceitos relacionados.

Amor Veneris – Viagem ao Prazer Sexual Feminino’ conta com cenografia d'Os Espacialistas e obras dos artistas Alice Geirinhas, Álvaro Leite Siza, Ana Mendieta, Ana Rito, Annette Messager, Clara Menéres, Ernesto de Sousa, Fátima Mendonça, Fernanda Fragateiro, Inês Norton, Isabel Baraona, Jamie McCartney, Janine Antoni, Julia Pietri — Gang du clito, Julião Sarmento, Laure Prouvost, Louise Bourgeois, Lourdes Castro, Maria Beatriz, Maria Souto de Moura, Marta María Pérez, Noé Sendas, Paula Rego, Polly Nor, Sara Maia, Sophia Wallace, Sue Williams e Susana Mendes da Silva e Teresa Crawford Cabral.

Serão também apresentadas obras inéditas de Ana Pérez-Quiroga, Ana Rocha de Sousa, Error-43 e da perfumista Cláudia Camacho. Foram igualmente criadas várias instalações interativas referentes ao funcionamento do cérebro e aos seus sentidos, bem como outros conteúdos audiovisuais de autores como Lori Malépart-Traversy, Rachel E. Gross, Rankin & Trisha Ward, Daphné Leblond & Lisa Billuart Monet e Erika Lust.

A apresentação da exposição, que decorre dia 23 de junho, às 11h30, contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, das curadoras, Marta Crawford e Fabrícia Valente e vai ser transmitida em direto no Facebook do Município».



 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

NO FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA 2022 | «Mailles» | UM ESPECTÁCULO DE MULHERES

 

Sobre o espectáculo «Mailles»


Mailles é um espectáculo de mulheres. Em cena, sete performers, artistas e intelectuais, que nos chegam dos quatro cantos do Mundo. Todas negras, africanas ou afro-descendentes. Comprometidas. À medida que foi conhecendo estas mulheres, Dorothée Munyaneza estabeleceu com elas relações fortes, alimentadas pelos relatos íntimos que foi ouvindo. Juntou-as em cena, para que as escutemos, e aos seus percursos de vida, e com elas partilhemos o seu combate, num meio onde são muitas vezes rejeitadas. Histórias, memórias e raiva, que tecem as malhas de um só tecido, estampado perante os espectadores, com os sons de instrumentos tradicionais e vozes corais. Tudo envolto numa eficaz plasticidade dramática. Uma catarse política, poética e íntima.
Natural do Ruanda, Dorothée Munyaneza deixou Kigali em 1994, aos 12 anos, instalando-se em Inglaterra com os seus pais. Depois de ter adoptado a nacionalidade britânica, estudou música, através da qual tem vindo a perpetuar a memória dos corpos, individuais e colectivos, por meio das palavras dos temas que escreve. Munyaneza, definida pelo jornal Libération como “um animal de palco”, é autora e coreógrafa, sendo considerada um dos nomes fundamentais da cena contemporânea. Em 2013 criou a Compagnie Kadidi, assinando a sua primeira criação no ano seguinte: Samedi DétenteUnwanted estreou em 2017 no Festival d’Avignon: as duas peças já deram mais de cem representações em todo o Mundo.

«Onde estão as mulheres?»

 “The Blue Room”, de Suzanne Valadon

«Em pleno século XXI, museus e galerias de arte continuam a “apagar” mulheres artistas das suas exposições de sucesso.

National Gallery, em Londres, anunciou recentemente a sua exposição para o verão de 2023, After Impressionism, alegando que celebrará as “grandes conquistas de Cézanne, Van Gogh, Gaugin e Rodin”, entre outros. A resposta nas redes sociais a este anúncio foi em grande parte: “onde estão as mulheres?”.

Alguns utilizadores do Twitter ofereceram sugestões de mulheres que deveriam ser incluídas na exposição, incluindo Suzanne ValadonPaula Modersohn-Becker, Gabriele Münter e Sonia Delaunay, para citar apenas algumas. (...)». Continue a ler.







segunda-feira, 20 de junho de 2022

EXPOSIÇÃO | GRAÇA MORAIS |«Mapas da Terra e do Tempo» | FOZ CÔA

 


«A relação com a mais primitiva forma de arte, desconhecida ainda da menina que então rabiscava sobre as fragas do Vieiro, não só não é novidade no modo de desenhar e de pintar de Graça Morais, como tem sido, ao longo de mais cinquenta anos de vida artística, fonte geradora das mais diversas pesquisas formais e pictóricas pelo "homem-bisonte", com mais de 14 mil anos, a enigmática figura conhecida encontrada na caverna de Les Trois-Frères, em França, é uma das muitas referências da arte do *Paleolítico que Graça Morais transfere para sua pintura. Como tantas das suas geniais *metamorfoses, essa invulgar representação, meio homem, meio animal, tornar-se-ia personagem de um dos monumentais cenários que realiza, em 1993, para a peça Os Biombos, de *Jean Genet, levada à cena pelo Teatro Experimental de Cascais.
Não é, por isso, raro que esta *iconografia, especialmente as figurações de animais ou de figuras femininas como a *Vénus de Willendorf, habitem, como protagonistas, os seus desenhos e pinturas. Os exemplos são inúmeros, sobretudo nos trabalhos que realiza nas décadas de 1980 e 1990, particularmente das séries Mapas e o Espírito da Oliveira ou os Vieiros, que apresentara, em 1983, na XVII Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no Brasil, e, posteriormente, nos Museus de Arte Moderna de S. Paulo e do Rio de Janeiro.
Os colossais *telões que concebe, em 1995, para a cenografia da peça Ricardo II, de *William Shakespeare, para o Teatro Nacional D. Maria II (que pela escala foi impossível apresentar nesta exposição), são também sucedâneos das múltiplas leituras tomadas à arte ancestral. Não apenas pela forma como cita e se apropria de cores e texturas, mas sobretudo pelo modo como transfigura os animais que ressaltam das paredes das famosas cavernas de *Chauvet ou de *Altamira.No entanto, esta sintonia com arte do *Paleolítico sobressai sobretudo no seu virtuoso desenho, visível na sobreposição de linhas e formas, na interrupção abrupta do traço ou a aglomeração dos elementos, onde a relação com as gravuras do Côa, não só salta à vista, como é transversal ao conjunto de trabalhos, alguns deles inéditos, criteriosamente reunidos para esta exposição». Veja mais.




quinta-feira, 16 de junho de 2022

FILME |«Um Outro Mundo»

 

sinopse

Philippe Lemesle é executivo num grande grupo industrial e atravessa um período difícil, a nível profissional e pessoal. Se por um lado se encontra em processo de divórcio devido aos danos irrevogáveis que as pressões do seu trabalho tiveram na sua relação, por outro vê-se sem conseguir dar resposta às exigências contraditórias e mal-informadas dos seus superiores hierárquicos, que pedem que seja gestor num dia, carrasco no outro. A acrescentar, o seu filho arranja problemas com os professores na escola. Face a todas estas tensões, Philippe terá de decidir que rumo dar à sua vida. Um retrato de um homem e da sua família, num momento em que as suas escolhas profissionais irão transformar as suas vidas.

Um Outro Mundo marca a terceira colaboração entre Stéphane Brizé e Vincent Lindon, após A Lei do Mercado (que valeu ao actor o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes) e Em Guerra e encerra a sua trilogia sobre o ser humano como “variável de ajuste de um neoliberalismo perigoso”, como refere Éric Derobert na Positif Saiba mais.




quarta-feira, 15 de junho de 2022

«Tackling Inequality: The Urgent Need for Business Action»

 


Disponível aqui


«Geneva, 8 June 2022: A new report by the Business Commission to Tackle Inequality (BCTI), Tackling Inequality: The Urgent Need for Business Action, underlines mounting inequality as a critical systemic risk and makes the case for business to take urgent action to address it through six key areas. 

This introductory report is the first output of the BCTI, a cross-sector, multi-stakeholder coalition of more than 60 organizations and their leaders, convened by the World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), with the mission to move inequality up the corporate agenda and mobilize private sector action to generate shared prosperity for all. The report reflects inputs from the BCTI’s commissioners who represent business, civil society, intergovernmental institutions, the labor movement, and the investor community. 

The report underlines how wide disparities in income, wealth, and overall wellbeing, underpinned by deep, structural differences in the opportunities people have to achieve those outcomes, is giving rise to a cascade of consequences with dire implications for business and society. It points to mounting evidence that inequality is eroding social cohesion, diminishing trust in key institutions, fueling civil and political conflict, constraining economic growth, and leaving our societies incapable of tackling other pressing challenges, from COVID-19 to the climate emergency. 

A clear business rationale is emerging for companies to use their assets and capabilities to level the playing field, create opportunities for all people, and ultimately narrow social and economic divides. 

“Business has powerful levers at its disposal to help tackle inequality — and powerful reasons to use them.” said James Gomme, Director of Equity Action at WBCSD. “There is a fundamental shift underway in how business performance is perceived and measured. Maximizing value for shareholders at the expense of workers, communities, and societies is no longer smart business strategy. At this critical juncture, with the economic and social consequences of inequality deepening around the world, it is vital for business to show leadership and take practical action.” 

The report outlines six broad areas in which business action will be critical to reducing inequality:

  1. Respecting human rights as the baseline requirements of a level playing field
  2. Enhancing access to essential products and services, such as education, healthcare, financial services, and digital infrastructure
  3. Creating jobs and economic opportunities for all, embracing diversity and inclusion while also navigating trends and disruptions like technological evolution and the transition to a net zero economy.
  4. Distributing value and risk equitably among shareholders, workers, and business partners at all levels of the organization and supply
  5. Enabling government action on inequality, for example through public policies and public services
  6. Accelerating action on addressing climate change and nature loss, which hit the most vulnerable the hardest  (...)». Continue a ler no site da WBCSD.


terça-feira, 14 de junho de 2022

CGTP| GUIA PRÁTICO|«Igualdade entre mulheres e homens no trabalho»

 




«Para responder a necessidades diagnosticadas, numa visão integrada, a CGTP-IN, através da sua Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH), elaborou este GUIA PRÁTICO – IGUALDADE ENTRE MULHERES E HOMENS NO TRABALHO, que aborda 6 temáticas concretas: I. Igualdade entre homens e mulheres no acesso ao trabalho, no emprego e na formação II. Igualdade salarial entre homens e mulheres III. Conciliação da vida profissional com a vida familiar e pessoal IV. Maternidade e paternidade V. Assédio no trabalho VI. Doenças profissionais das mulheres trabalhadoras. Relativamente a cada uma das temáticas, são indicadas, no final, algumas propostas de Cláusulas de Referência para a Contratação Colectiva (com base na edição integral – Dezembro de 2018), as quais devem ser entendidas como um trabalho evolutivo, susceptível de ser melhorado e actualizado, de acordo com a dinâmica reivindicativa de cada Sindicato e os avanços legislativos.
Este Guia constitui um recurso informativo e pedagógico para dirigentes e delegados/as sindicais. Tem como objectivo informar, formar e capacitar os/as activistas sindicais e, por seu intermédio, os/as trabalhadores/as, para que possam intervir e reivindicar de forma mais célere, oportuna e eficaz no combate às discriminações em função do sexo, nos locais de trabalho, junto de instituições e em acções públicas de luta. Não basta ter leis; importa divulgar, exercer e fazer cumprir os direitos consagrados. É essencial conhecer a realidade, reflectir e agir em relação a cada problema e intervir para a mudança no sentido da igualdade, do progresso e do futuro. Pretende-se assim valorizar o trabalho e os/as trabalhadores/as, efectivar direitos contratuais e legais, melhorar as condições de trabalho e impulsionar novas conquistas nas convenções colectivas em matéria de direitos de igualdade e de não discriminação. Estes resultados serão tanto mais possíveis de alcançar quanto maior for o conhecimento, a iniciativa, a dinâmica, a proposta e a luta organizada e transformadora dos/as trabalhadores/as e das suas organizações sindicais. Bom trabalho! A Direcção Nacional da CIMH/CGTP-IN Maio 2019».



segunda-feira, 13 de junho de 2022

NO MUSEU DE LISBOA|«Os Loucos Anos 20 em Lisboa»

 


Capa «Eva», A.3, N.º 145, 18 de fevereiro de 1928, Hemeroteca Municipal de Lisboa



Passadas a Grande Guerra e a Gripe Espanhola, Lisboa vestiu-se de otimismo, à semelhança de outras capitais europeias, transformando-se num palco de novidade, extravagância e transgressão.

Tempo efémero de cosmopolitismo e de modernidade, na década de 1920, ocorrem importantes transformações de costumes e de mentalidades que lançaram para sempre tendências e estilos de vida que ainda hoje marcam o nosso quotidiano.

Uma visita orientada para descobrir o nascer da «vida moderna» numa cidade que se quis, ela também, moderna. Saiba mais.





domingo, 12 de junho de 2022

ORDEM DOS ECONOMISTAS | a caminho da conferência «Mulheres e Homens no mercado de trabalho» | 23 JUNHO 2022 | ISEG | LISBOA

 

«Dando seguimento ao Plano de Atividades para 2022, no próximo dias 23 de junho terá lugar a Conferência da Ordem dos Economistas sobre “Mulheres e Homens no mercado de trabalho”, a realizar no ISEG – Lisbon School of Economics and Management (Auditório Caixa Geral de Depósitos)». Saiba mais.



O simples facto de esta conferência se realizar é só por si significativo: atribuimos-lhe importância conjuntural e a prazo. E até peso simbólico. Para já,  antes de se prosseguir como que uma declaração de interesses: sou economista; pertenço à Ordem dos Economistas; apoiei a Lista ganhadora nas recentes eleições e a questão da igualdade entre homens e mulheres economistas estava lá (como aliás divulgámos neste blogue);  por acaso sou formada pelo ISEG, local onde a iniciativa vai ter lugar. O EM CADA ROSTO IGUALDADE versa as matérias previstas e por isso aqui estamos com a conferência a que se referem as imagens. Do processo eleitoral antes mencionado recordemos:


De forma natural, lembremos também que a lista B (a vencedora) fixou para os primeiros 12 meses (a decorrerem) «instituir um grupo de trabalho para a igualdade de género na profissão envolvendo os conselhos da especialidade». A nosso ver isto é aconselhável, parece processo adequado: a questão tem de ser espalhada, entrar no ADN da Ordem, estar em todo o lado e não considerada ao lado, ou seja, há que semear o  «gender mainstreaming». Para a Ordem, entendida nas suas globalidades,  o que em dado momento foi registado para a Administração Pública (com as devidas adaptações como se costuma dizer):Pretende-se que se verifique «em todas as áreas de ação governativa e em todas as fases do processo de decisão política. Por isso, a integração da dimensão da igualdade de género deve tornar-se um reflexo automático e permanente de todas as pessoas que trabalham na Administração Pública e influenciar todas as suas decisões e práticas». Mas para isso não chega «decretar», é preciso uma intervenção permanente, continuada e sistemática,  e admitimos que haja  um aparato organizacional a ser implementado com a mudança decorrente das eleições  que exige o seu tempo, e é avisado que não se espere pela perfeição para se começar. Indo ao concreto, saudam-se as iniciativas - como a CONFERÊNCIA aqui em causa - mesmo que nem tudo esteja perfeito. Ainda: prefigura-se que uma conferência destas terá cabimento qualquer que venha a ser o sistema futuro  para esta frente de trabalho. E favorecerá o élan necessário para as transformações nestes dominios a agitar pela Ordem dos Economistas numa perspectiva estruturante - com identidade -  que terá obrigação de fazer melhor do que ninguém.

Olhando para o que está previsto para a conferência assinalemos desde logo: parece ser iniciativa com finalidades e objetivos em aberto, e ainda  bem, porque «homens e mulheres no mercado do trabalho» é um mundo ..., embora se possa depreender que está insinuada a «desigualdade» que afecta as mulheres de que se parte; e será interessante ver como os homens abordam o assunto. É claro que seria fundamental ter-se dados e informação de qualidade pública que sustentassem discurso articulado global da Ordem, (e de outros), quiçá instituccional, mas não temos. Eventualmente teremos que nos contentar com opiniões,  realidades particulares, e conhecimento parcelar - mas venha tudo isso!

Outra dimensão que à partida nos seduz na conferência - ou será que estamos a ver o que desejamos?  -  é deduzirmos, dada a generalidade dos participantes nos painéis,  que «as organizações» vão estar no centro. Vendo bem, é lá que tudo acontece. E temos de lembrar que as organizações são todas iguais e todas diferentes e que a prática já nos mostrou que medidas iguais para todas provocam reações contrárias ao desejado. Veja-se a questão da linguagem na comunicação... Facilmente se aceita que, por exemplo, possa haver recomendações conforme os setores. E vem a propósito o post recente  DOS OUTROS | IRLANDA | «The Arts Council’s Equality, Diversity and Inclusion Toolkit provides tools, templates and other relevant resources to support the sector to reflect on how they might approach Equality, Diversity and Inclusion (EDI)». A força da cultura e da arte, quando menos se espera ...

  *******************

Bom, este post já está comprido demais, por agora fiquemos por aqui, mas a propósito da CONFERÊNCIA  a ela voltaremos certamente, talvez ainda antes do dia 23, e com certeza depois...

  


NESTE DIA DE CALOR | olhemos para as «árvores» de Hermann Hesse

 


«This elegant book reflects Mr. Hesse’s thoughts on a spiritual path for self-knowledge through a collection of his essays, poems, and passages on trees - trees in general and on individual ones in specific places - accompanied by twelve of his hand-painted watercolor illustrations. Together his writings mirror the seasons, landscapes, and environmental conditions as he experienced them, and help remind us that trees’ annual rings are representations of our own struggle, illness, happiness, and purpose. Heartfelt and lovely, Trees offers a homecoming, or in the author’s comforting words: “They struggle with all the force of their lives for one thing only: to fulfill themselves according to their own laws….Whoever has learned to listen to trees no longer wants to be one. He wants to be nothing except who he is. That is home."» Veja aqui.


Tirada de  The Day Hermann Hesse Discovered the Meaning of Life in a Tree 

de lá também:



quinta-feira, 9 de junho de 2022

«Women & Children»

 



Nina Beier

Women & Children

May 2022 - April 2023


«(...) For the High Line, Beier realizes Women & Children, a fountain composed of found bronze sculptures of women and children. The statues range in style from classical to contemporary, and all depict women and children in the nude, as has been Western art-historical convention. Water streams from the eyes of the sculptures, creating cartoonish tears that point to the fragility projected onto women and children as subjects. The artist’s crying statues reference the materialized gaze of the Fountain of Vision at the Sanctuary of Bom Jesus do Monte in Portugal as well as pop culture icons, such as cartoons dramatically expelling tears or even the crying emoji. The work’s title echoes the phrase “women and children first,” a Victorian-era maritime code of conduct wherein women and children, assumed to be the weakest aboard, should be the first saved in a perilous situation. Women & Children is installed on the High Line at Little West 12th Street where it can be viewed in the ground. (...)». Leia na integra.