segunda-feira, 28 de junho de 2021

FESTIVAL DE ALMADA | 02 -25 de Julho de 2021

 


Veja os espetáculos aqui


Logo no dia 2: Aurora Negra




«
Aurora Negra conta, na primeira pessoa do plural, as memórias de mulheres negras no Portugal pós-colonial e por descolonizar. Três actrizes desfolham um arquivo com nomes de vivos e mortos, com línguas e lugares múltiplos, músicas do despontar da nossa juventude, numa celebração da jornada e subjectividade colectiva de uma geração afro-portuguesa contemporânea. O humor é omnipresente, em jeito de sátira, prenhe de ironia e, sobretudo, da alegria de se estar e ser na sua própria pele. “Meu corpo eu te autorizo a ocupar qualquer lugar”. O que Aurora Negra faz e é em si um statement, uma busca pelo rompimento das malhas da invisibilidade e do estereótipo racial nas artes performativas. O espectáculo venceu a segunda edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. Há um porvir que amanhece, um Portugal negro que toma a boca de cena.» (Cristina Roldão). Saiba mais.


sábado, 26 de junho de 2021

PAUL FARMER GANHOU O PRÉMIO «BERGGRUEN INSTITUTE 2020» | saibamos mais sobre «o homem que curaria o mundo»



Comecemos por saber sobre PAUL FARMER recorrendo à Wikipedia. De lá: «(...)Ele é co-fundador e estrategista-chefe da Partners In Health (PIH), uma organização internacional sem fins lucrativos que desde 1987 oferece serviços diretos de saúde e realiza pesquisas e atividades de defesa em nome de pessoas que estão doentes e que vivem na pobreza. Ele é professor de medicina e chefe da Divisão de Igualdade de Saúde Global do Hospital Brigham and Women's . Farmer e seus colegas nos Estados Unidos e no exterior foram pioneiros em estratégias de tratamento baseadas na comunidade que demonstram a prestação de cuidados de saúde de alta qualidade em locais com poucos recursos nos Estados Unidos e em outros países. O seu trabalho está documentado no Boletim da Organização Mundial de Saúde , The Lancet , The New England Journal of Medicine , Clinical Infectious Diseases , British Medical Journal , e Social Science and Medicine . Farmer escreveu extensivamente sobre saúde e direitos humanos, o papel das desigualdades sociais na distribuição e resultado de doenças infecciosas e saúde global. Ele é conhecido como "o homem que curaria o mundo", conforme descrito no livro Mountains Beyond Mountains, de Tracy Kidder . A história da Partners In Health também é contada no documentário de 2017, Bending the Arc . Ele é um defensor da teologia da libertação (...)» . 
Sobre o Prémio: veja no site do Berggruen Institute.  Ainda, aproveitando a ocasião:


quarta-feira, 23 de junho de 2021

«UNICEF’s 2020 Annual Report underscores how 2020 was a year like no other»

 



«Highlights

UNICEF’s 2020 Annual Report underscores how 2020 was a year like no other. School closures, increased vulnerability to abuse, mental health strains and loss of access to vital services have hurt children deeply. But not all children have been affected equally. The pandemic has exposed deep inequalities that have existed for too long, with the worst consequences on children in the poorest countries and communities and those already disadvantaged.

Reflecting on 2020’s unique experience, the report features:

  • A section on how COVID-19 affected children in 2020.
  • A feature on how UNICEF adapted to the pandemic, including social and behavior change and community engagement, data monitoring and provision of life-saving supplies from Supply Division.
  • Stories and photo essays on mental health, remote learning, WASH and conflict, and cash transfers. (...)». Continue a ler.





terça-feira, 22 de junho de 2021

«elas estiveram nas prisões do fascismo»

 




Elas estiveram nas prisões do fascismo «aborda a situação jurídica das mulheres entre 1933 e 1974, as condições prisionais que enfrentaram, as lutas sociais e movimentações democráticas em que participaram, bem como um breve historial das organizações femininas de orientação democrática».

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O próximo lançamento decorrerá às 15:00 do próximo dia 26 de Junho
 na Casa do Alentejo, em Lisboa.




«Las asociaciones de mujeres cineastas CIMA y de profesionales del ámbito tecnológico DigitalFems se han unido para dar visibilidad a la importante brecha de género que todavía existe en el sector cinematográfico español»

 


Veja aqui


«Las asociaciones de mujeres cineastas CIMA y de profesionales del ámbito tecnológico DigitalFems se han unido para dar visibilidad a la importante brecha de género que todavía existe en el sector cinematográfico español, como confirma el último informe sobre la materia promovido por CIMA y presentado hace unos días en el Festival de Málaga, cuyos datos se han incorporado al repositorio open data Genderdatab.

En la actualidad, solo el 33% de la estructura laboral de la industria del cine la componen las mujeres. Lograr la paridad, destacan las asociaciones, requeriría doblar el número de féminas que trabajan en el sector. Especialmente escasa es su presencia en los roles de dirección o guion, donde la brecha alcanza el 230% Esto significa que tres de cada cuatro historias que se filman en España han sido escritas por hombres y que en el último lustro la presencia de directoras ha crecido un 0% A este ritmo, la estereotipación de los roles de género en el mundo del cine podría tardar casi 30 años en desaparecer. (...)». Continue a ler.

A propósito, no EL Pais: Más mujeres en el cine, sí, pero ¿cómo?Directoras, actrices, productoras, profesores y políticos sugieren cuotas, comités paritarios en la toma de decisiones y mayor visibilidad como claves para la inclusión.



segunda-feira, 21 de junho de 2021

NA CINEMATECA EM JULHO 2021 | no centenário de Jane Russell

 


«Jane Russell foi um dos maiores símbolos sexuais do cinema americano dos anos quarenta e cinquenta. A sua entrada no cinema foi um caso famoso: THE OUTLAW, em 1943, que Howard Hughes, completamente fascinado por Jane, quis construir em torno dos atributos físicos da atriz, com isso desafiando os puritanos cânones da censura americana e, mais precisamente, do código Hays. Nesses primeiros anos da década de 40, com a guerra a rugir na Europa e no Pacífico, Russell ficou célebre como pin up, adorada pelo soldados americanos estacionados pelo mundo fora. Como se tivesse querido dissipar o escândalo (e o exagero) de THE OUTLAW, foi só depois da guerra que a sua carreira cinematográfica verdadeiramente arrancou, primeiro na comédia (como “sidekick” de Bob Hope em THE PALEFACE) e depois numa série de géneros, mais dramáticos ou mais cómicos e, inclusivamente, musicais. E foi então que o seu talento e a sua versatilidade explodiram e se tornaram evidentes, sobretudo a partir de HIS KIND OF WOMAN, de John Farrow, para uma carreira relativamente curta (no final dos anos cinquenta deixou de trabalhar regularmente em cinema, passando a participações raras e muito espaçadas no tempo) mas bafejada por um conjunto de belíssimos filmes. Os de Walsh (sobretudo THE REVOLT OF MAMIE STOVER, quase um anti-OUTLAW, que exibimos em abril na sessão de antecipação deste Ciclo), os de Nicholas Ray, o de Dwan e, muito especialmente, o de Hawks, GENTLEMEN PREFER BLONDES, que a juntou a Marilyn Monroe para um despique entre as duas vedetas femininas mais populares da altura. Nascida a 21 de junho de 1921, Russell morreu em 2011, a semanas de completar 90 anos. No princípio da década de 1990 veio a Portugal a convite do Festroia e nessa ocasião esteve também aqui, nestas salas da Barata Salgueiro onde este mês o seu hot blood tomará conta do ecrã».



IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO ENSINO SUPERIOR | no dia 15 de junho, em formato online, houve encontro sobre igualdade de género e diversidade no Ensino Superior, organizado pela Universidade Nova

 


A pretexto do Encontro havido  lembremos a questão da IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES no Ensino Superior. Acentuemos que, a nosso ver,  a matéria tem de atravessar a gestão de cada uma das ORGANIZAÇÕES universitárias e politécnicas: não como uma coisa à parte mas imbuída no seu ADN. Saibamos mais sobre a atividade da NOVA:


Veja aqui



sábado, 19 de junho de 2021

quinta-feira, 17 de junho de 2021

NO TEATRO DA TRINDADE |«Uma Casa de Bonecas»

 

Veja aqui


«Uma Casa de Bonecas, escrita em 1879 pelo autor norueguês Henrik Ibsen, é uma das mais importantes peças da história da literatura, unanimemente considerada como o texto que dá origem ao drama moderno. A acção acompanha a relação do casal Helmer, principalmente a “viagem” interior que a mulher, Nora, percorre ao longo dos três actos e que a faz tomar consciência que a aparência da perfeição e da felicidade não são a perfeição e a felicidade. Peça feminista, psicológica, revolucionária, são muitos os adjectivos que podem classificar Uma Casa de Bonecas, mas talvez a forma mais simples de a descrever seja aquela que o próprio autor usou, dizendo que a escreveu: "não como uma peça de propaganda mas sim de verdades universais sobre a identidade humana"».


quarta-feira, 16 de junho de 2021

«O PCP e a emancipação da mulher»

 



«(...)Permitam-me uma palavra para evidenciar o contributo de Álvaro Cunhal, nesta luta pela emancipação da mulher, desde logo e muito cedo com a sua tese o «Aborto, causas e soluções» defendida em 1940, e posteriormente como dirigente do Partido, o seu contributo no plano teórico e prático para a acção do Partido, o que é exemplificado na Conferência «A Emancipação da Mulher no Portugal de Abril» que agora faz todo sentido recordar: «Como a conferência testemunha o nosso Partido está profundamente empenhado na defesa dos direitos das mulheres e na luta pela sua emancipação. A acção das mulheres é porém um elemento fundamental do processo. Nós dizemos às mulheres e em primeiro lugar às mulheres trabalhadoras que têm no PCP um firme e permanente defensor dos seus interesses, direitos, aspirações e objectivos. Mas, ao mesmo tempo, lançamos um apelo: Mulher! Toma nas próprias mãos a conquista dos teus direitos! Isto é: organiza-te, participa activamente nos sindicatos e em outras organizações unitárias, avança as tuas reclamações e objectivos, luta por eles, mobiliza as massas femininas para a luta.»
Às mulheres comunistas atribuímos uma especial responsabilidade na condução da acção e intervenção geral no Partido e em particular e com grande relevo também na sua ligação às mulheres, aos seus problemas específicos, à sua luta, dando atenção ao conhecimento dos seus problemas e anseios, à sua mudança de pensar e de agir, e no incutir a confiança no valor insubstituível da sua luta organizada, quer para a satisfação das reivindicações que são comuns aos trabalhadores e ao povo, de que são parte integrante, quer na exigência de erradicação das desigualdades, discriminações e violências que as afectam no trabalho, na família, na vida social, política e cultural. 
No PCP, os direitos das mulheres e a sua emancipação são uma responsabilidade de todos os militantes – mulheres e homens – aos diversos níveis da vida partidária, no trabalho institucional, na Assembleia da República, nas Autarquias ou no Parlamento Europeu. Porque tal é inerente à natureza e projecto deste Partido. Como tal, o nosso papel de vanguarda na luta emancipadora das mulheres não é uma proclamação de retórica política, nem tão pouco se alimenta do património de acção e luta recebido por gerações de mulheres e homens comunistas. É um exercício prático que temos de fazer a todos os níveis, corrigindo insuficiências, valorizando o que alguns teimam em apagar ou em deturpar, intervindo sobre a realidade para a sua transformação, dialogando e cooperando com todos aqueles e aquelas que defendem os direitos das mulheres, na lei e na vida. (...)»




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Atualizado


segunda-feira, 14 de junho de 2021

DULCE MARIA CARDOSO |«Autobiografia não autorizada»

 


AS CRÓNICAS BIOGRÁFICAS DE UMA GRANDE FICCIONISTA

Autobiografia não Autorizada é de uma intimidade sem precedentes na obra da autora: pessoais, memorialísticas, transparentes, e tão depuradas que se tornam universais, as crónicas de Dulce Maria Cardoso abrem lugar para cada um de nós. Como uma poltrona que «é moldada, dia após dia, pelo peso de um corpo, transformando‑se no seu ninho».

«Uma autobiografia é uma missão impossível. Deveria escrever um texto rigoroso, só que sou sempre personagem de mim própria, mesmo que narre tudo na primeira pessoa e me apelide Dulce, como se não estivesse a inventar‑me. Escrever é pensar devagar. A lentidão tanto leveda ou germina quanto mirra ou apodrece. E depois existe o outro lado: vós, os que estais aí. Enquanto leitora de ficção procuro inevitavelmente o autor no seu texto. Que verdade esconde o autor na mentira que conta? Uma autobiografia funciona um pouco ao contrário: que mentira esconde o autor na verdade que revela?
Na minha cabeça, a minha vida é um puzzle desmanchado. De tempos a tempos, pego numa peça e detenho‑me a olhá‑la. A pergunta que deveria espicaçar‑me, Onde é que isto se encaixa?, raramente me ocorre. Sempre fui uma má jogadora e sei que há peças perdidas. Também não conheço a imagem que deveria criar com as peças todas. Miro e remiro cada peça a que lanço mão como se estivesse perante o puzzle completo. A determinada altura, coloco‑a sobre a secretária já repleta de outras peças espalhadas.»
— D.M.C

Este livro reúne as muito celebradas crónicas publicadas na revista Visão. Saiba mais.



sábado, 12 de junho de 2021

«Rua Sésamo» para lembrarmos António Torrado que acaba de nos deixar

 




Nem sabemos bem o porquê mas ao sabermos da morte de António Torrado veio-nos logo  à memória a Rua Sésamo, e lembrando esse trabalho assinalamos a nossa homenagem ao escritor nesta hora de despedida. No pesar da Sociedade Portuguesa de Autores lá está: «Foi ainda coordenador da primeira série em português da “Rua Sésamo”, onde deixou a marca do seu talento no acto de escrever para televisão». Mas a sua obra é imensa: «António Torrado nasceu em Lisboa (1939), mas com raízes familiares na Beira Baixa. Poeta, ficcionista, dramaturgo, autor de obras de pedagogia e de investigação pediográfica, é por excelência um contador de histórias, estando muitos dos seus livros e contos traduzidos em várias línguas. Foi jornalista, editor, professor, produtor principal e chefe do Departamento de Programas Infantis da RTP. A sua bibliografia regista atualmente mais de 120 títulos, onde sobressai a produção literária para crianças, contemplada em 1988, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças. Livros seus foram, em 1974 e 1996, incluídos na Lista de Honra do IBBY - Internacional Board on Books for Young People. Segundo o crítico e investigador José António Gomes, "Torrado impôs-se como uma das figuras de maior relevo da nossa literatura do pós-25 de abril e dificilmente se encontrará hoje um autor que, de forma tão equilibrada, saiba dosear em livro o humor, a crítica e os sinais de um profundo conhecimento do imaginário infantil."».Obrigado, António Torrado.



quarta-feira, 9 de junho de 2021

ROSA MONTERO | «A Boa Sorte»

 


«O que leva um homem a descer de um comboio antes do fim da viagem e ir esconder-se numa cidadezinha decadente? Um desejo de recomeço ou a necessidade de acabar de vez com a vida?
Pablo, o protagonista em fuga, é conduzido pelo destino a Pozonegro, um antigo centro de extração de carvão que é hoje uma localidade moribunda.
No entanto, há humor nesta cidade triste e maldita, porque a vida é feita de alegria. E de segredos, claro. Todos os habitantes de Pozonegro possuem o seu. Alguns são apenas ridículos. Outros, sombrios e muito perigosos. Há gente que finge ser quem não é ou que esconde a sua verdadeira motivação, num intrincado jogo de espelhos; e há também a luminosa, imperfeita e um pouco louca Raluca, que pinta quadros e cuja vida se cruza com a de Pablo.
Um romance sobre o bem e o mal, uma radiografia dos anseios humanos – medo e serenidade, culpa e redenção, ódio e desejo –, uma história de um amor terno e febril, A Boa Sorte espelha, sobretudo, um profundo amor à vida. No fim de contas, depois de cada perda, pode haver um recomeço. Porque a sorte só é boa se assim o decidirmos». Saiba mais.




terça-feira, 8 de junho de 2021

«Re-difining Genius»

 

Leia aqui




NOREENA HERTZ | «O Século da Solidão»

 


SINOPSE

Noreena Hertz, considerada uma «das principais pensadoras globais» por The Observer, dá-nos um retrato desassombrado mas otimista do mundo solitário que construímos e mostra-nos como a pandemia de Covid-19 acelerou o problema da solidão e o que precisamos de fazer para nos religarmos.
A solidão tornou-se a característica definidora do século XXI. Ela não só prejudica a nossa saúde física e mental, a nossa riqueza e a nossa felicidade, como constitui uma ameaça à democracia. Mesmo antes de uma pandemia global nos familiarizar com expressões como «distanciamento social», o tecido da comunidade estava a desfazer-se e pendia uma ameaça sobre as nossas relações pessoais. Porém, está nas nossas mãos resolvermos esta crise.
Propondo soluções originais que vão da Inteligência Artificial «empática» e de modelos inovadores de residência urbana a novas maneiras de revigorarmos os nossos bairros e conciliarmos as nossas diferenças, esta obra dá-nos uma visão otimista e capacitadora do modo como podemos sarar as nossas comunidades fraturadas e restaurar as ligações nas nossas vidas. Saiba mais.




segunda-feira, 7 de junho de 2021

MULHERES EM DESTAQUE | ANA LUISA AMARAL | ganha Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana

 


«Ana Luísa Amaral ganha Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana -O prémio tem um valor pecuniário de 42.100 euros e é considerado a maior distinção para a poesia no espaço literário ibero-americano.Lusa e PÚBLICO | 31 de Maio de 2021» - Leia na integra

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Aproveitemos para irmos à «obra», por exemplo:




E mais uma seleção disponível neste endereço.


sábado, 5 de junho de 2021

ACONTECEU | «A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens - CIMH/CGTP-IN debateu, esta quarta-feira, a questão da igualdade no mundo do trabalho, na sua 8.ª Conferência Nacional, realizada em Lisboa, no Auditório António Domingues Azevedo»

 


«A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens - CIMH/CGTP-IN debateu, esta quarta-feira, a questão da igualdade no mundo do trabalho, na sua 8.ª Conferência Nacional, realizada em Lisboa, no Auditório António Domingues Azevedo.

A Conferência que se realiza de quatro em quatro anos e elege a Direcção Nacional para o mandato 2021/2025, contou com a presença de cerca de 200 Delegados/as de todo o país e de diversos sectores profissionais, para além de organizações convidadas, entre elas: CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego), CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) e OIT (Organização Internacional do Trabalho - Escritório de Lisboa).

Nos documentos em debate estiveram temas como: a qualidade do emprego, o teletrabalho e a digitalização, a igualdade salarial, a conciliação, os direitos de maternidade e paternidade, a violência e o assédio laboral e foram ainda divulgados os dados mais recentes (relativos a 2020) sobre as doenças profissionais que mais afectam as mulheres trabalhadoras no nosso país.

A Conferência contou com dezenas de testemunhos, com a intervenção de abertura, da Coordenadora da Comissão para a Igualdade, Fátima Messias e com a intervenção de encerramento, da Secretária-Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha». Saiba mais. 

Um dos documentos disponibilizados:




sexta-feira, 4 de junho de 2021

«BRITISH IMPRESSIONISM & THE NEWLYN SCHOOL»

 

Veja aqui e, talvez,  antes neste endereço.





«Sustainability Driven: Accelerating Impact with the Tire Sector SDG Roadmap»

 


Disponível aqui


«Foreword

The Sustainable Development Goals (SDGs) lay out a global agenda to tackle the world’s most pressing social, environmental and economic challenges by 2030.

 It is well-accepted that business leadership and action are key to realizing this ambitious agenda. Companies that take an active role in leading this transformation and position the SDGs at the heart of operational decisions will ultimately be better equipped to harness market opportunities and manage risks. The Business and Sustainable Development Commission’s Better Business, Better World1 report makes a compelling case for companies to align with the SDGs. The report outlines that sustainable business models could unlock more than USD $12 trillion in new market value and create up to 380 million jobs by 2030. Furthermore, the report emphasizes the critical role of sectoral partnerships to drive industry transformation on the road to 2030 and beyond. 

 Formed in 2005, the World Business Council for Sustainable Development’s (WBCSD) Tire Industry Project (TIP) is the primary global forum for the tire industry on sustainability issues. TIP’s mission is to proactively identify and study the potential human health and environmental impacts associated with the life cycle impacts of tires to contribute to a more sustainable future. With a membership of leading tire manufacturers that represent more than 60% of global tire manufacturing capacity, TIP is well-positioned to develop this Roadmap as a resource that the sector-at-large can use. 

As business leaders, we want to work together with sector peers and other stakeholders to help the tire sector navigate the sustainability challenges that lie ahead, and ensure that our industry continues to grow. We want to demonstrate leadership, apply our creativity, share our knowledge and provide innovative solutions to achieve a sustainable, resilient and inclusive future. 

 With this Roadmap, TIP offers a framework for action that outlines impactful pathways for the entire sector to contribute to the ambitions of the SDGs. The Roadmap aims to guide, inform and support decision-making along the value chain, encourage stakeholder dialogue and inspire action-oriented initiatives among industry peers and beyond».



quinta-feira, 3 de junho de 2021

MULHERES EM DESTAQUE | Conceição Matos | HOMENAGEADA PELA VOZ DO OPERÁRIO

 



Excertos:

«Foi sujeita por duas vezes aos horrores da prisão e da tortura. A valentia com que derrotou as humilhações da PIDE valeu-lhe uma música de Zeca Afonso. Este domingo, Conceição Matos será homenageada pel'A Voz do Operário.

(...)Alguma vez imaginou que a sua vida seria exactamente como foi?Quando era miúda, não. Mas quando comecei a conhecer aquela repressão no Barreiro... Eu fui para o Barreiro muito pequenita, nasci em São Pedro do Sul mas fui para o Barreiro com três anos. E o que se passa é que o meu pai foi para lá primeiro para arranjar trabalho e ficou como operário na CUF. E nessa altura a minha mãe foi com os filhos. E foi aí que eu cresci... uma vida difícil. Fiz a quarta classe e depois comecei a tentar arranjar coisinhas para ajudar os meus pais. Nos primeiros tempos fui para aprendiz de costura, mas aí eu não ganhava. Depois, mais tarde, comecei a ganhar qualquer coisa. Pronto, e depois trabalhei numa fábrica de cortiça, trabalhei também seis meses na CUF, mas antes disso comecei logo a sentir as dificuldades todas. O meu pai, como operário, não podia ganhar muito e a minha mãe não podia trabalhar e começámos a ver que passávamos mal, como é natural. Mas não foi só passar mal. Foi ver que havia uma grande repressão junto dos trabalhadores. Na própria fábrica havia um posto da GNR onde a PIDE [Polícia Internacional e de Defesa do Estado] interrogava pessoas, trabalhadores. Portanto, comecei a viver nessa [realidade], até que um irmão meu, o Alfredo, entrou no MUD [Movimento de Unidade Democrática] Juvenil, e eu acabei por lhe seguir os passos. Comecei a não me conformar com a vida que levávamos e com a situação das pessoas, do povo explorado, e acabei por me integrar naquele trabalho. Depois comecei a fazer coisas, como pichagens nas paredes, distribuir panfletos e mais tarde entregar o Avante! em certas casas, mas também encontros, manifestações. Não me podia rever naquela situação e por isso é que entrei na luta. Mais tarde, o meu irmão foi preso, quem me diria a mim que seria eu também a seguir.

Ser mulher fez diferença nesse percurso? Diferença de tratamento? Sim, é evidente. Uma mulher era muito mais explorada. Ainda hoje sabemos que há essa diferença. Mas mesmo assim, sendo mulher... por exemplo, a gente vivia na clandestinidade. Podiam-se fazer tarefas na clandestinidade, todos os homens podiam fazer as tarefas que lhes cabiam. As mulheres não. Estavam mais restritas a certas coisas. Porquê? Porque uma mulher não podia andar de noite na rua. Uma mulher não podia sair sozinha, porque era logo chamada de não-sei-quantos. Havia sempre esses condicionalismos… E mais exploradas, é evidente. Ganhávamos muito menos que os homens.

E continuam a ganhar.É verdade. Infelizmente ainda temos esse problema para resolver. Mas já resolvemos alguns. Aquelas lutas das miúdas enfermeiras para poderem casar… Todas essas coisas foram conseguidas com muito custo, com muita luta. (...)


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Uma nota pessoal: há uns tempos num encontro centrado nas mulheres proporcionou-se fazermos uma intervenção em que entre outras matérias sublinhámos, o que aliás é mote deste blogue, a força da cultura e das artes para a(s) IGUALDADE(S).  E não é que no fim Conceição Matos, com quem nunca tínhamos falado,  que estava na assistência,  nos veio incentivar para continuarmos a mostrar a justeza do que tínhamos defendido! Com uma jovialidade e empenho de fazer inveja (boa!). Pequenos gestos de «gente, gente» que fazem diferença. Não esquecemos, e  já nos temos lembrado daquele momento quando por algum motivo nem nos apeteceria argumentar perante audiência que sabemos mais pessimista...


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Saiba mais no Blogue Silêncios e Memórias:


aqui e também neste endereço.  




quarta-feira, 2 de junho de 2021

EXPOSIÇÃO | GULBENKIAN | «Tudo o que eu quero» | 2 JUNHO A 23 AGOSTO 2021

 


«Nomes de referência como Maria Helena Vieira da Silva, Lourdes Castro, Paula Rego, Ana Vieira, Salette Tavares, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Maria José Oliveira, Fernanda Fragateiro, Sónia Almeida e Grada Kilomba, entre muitas outras, estão representadas nesta mostra com pintura, escultura, desenho, objeto, livro, instalação, filme e vídeo, oferecendo ao público uma imagem ampla dos seus respetivos universos artísticos.

O icónico autorretrato de Aurélia de Souza, pintado em 1900, é o ponto de partida para uma reflexão sobre um contexto de criação que durante séculos foi quase exclusivamente masculino. A exposição segue um conjunto de eixos que revelam uma vontade de afirmação das artistas perante os sistemas de consagração dominantes: o olhar, o corpo (o seu corpo, o corpo dos outros, o corpo político), o espaço e o modo como o ocupam (a casa, a natureza, o atelier), a forma como cruzam fronteiras disciplinares (a pintura e a escultura, mas também o vídeo, a performance, o som) ou a determinação com que avançam na utopia de uma construção transformadora, de si mesmas e daquilo que as rodeia.

O título da mostra, Tudo o que eu quero — Artistas portuguesas de 1900 a 2020, inspira-se em Lou Andreas-Salomé, autora que desenvolveu uma das mais notáveis reflexões sobre o lugar das mulheres no espaço social, intelectual, sexual e amoroso dos últimos séculos, situando, assim, as artistas selecionadas no espírito de subtileza, de afirmação e de poder. Contra todos os obstáculos, estas artistas de várias gerações e diferentes sensibilidades conquistaram o seu lugar, pela força da qualidade das suas propostas. Celebrar esta conquista exige resistir à abordagem ilustrativa que uma representação genérica (mulheres artistas) e nacional (portuguesas) sugere. Mas obriga também a que não esqueçamos que, em pleno século XXI, nada está consolidado no que à igualdade de género diz respeito, que estas obras são instâncias de um longo esforço coletivo pelo direito à existência artística plena.

Partindo deste pressuposto, a exposição contribui para sublinhar a importância do reforço do modelo social europeu, umas das prioridades centrais da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, cuja concretização passa também pelo combate às desigualdades e pela valorização da Mulher Artista.

Esta exposição é uma iniciativa do Ministério da Cultura com projeto curatorial da Fundação Gulbenkian. Exibida agora, pela primeira vez, por ocasião da Presidência Portuguesa, será, em 2022, apresentada no Centre de Création Contemporaine Olivier Debré, em Tours, no âmbito do programa geral da Temporada Cruzada Portugal-França. Curadoria: Helena de Freitas e Bruno Marchand . Saiba mais.