sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

SUSAN SONTAG | «O Amante do Vulcão»






Sobre o livro e a autora escolhemos um post do blogue SEMPRE UM LIVRO...à nossa espera!, de Claudia Sousa Dias. De lá por exemplo: «O Amante do Vulcão é um retrato de uma época conturbada, uma obra de ficção que conta com personagens verídicas caricaturadas e uma heroína portuguesa, cujo nome se encontra, normalmente, ausente nos compêndios escolares de História de Portugal».



«CAUSAS» E A FORÇA DA ARTE ?


Montagem a partir
 da Newsletter da Tate








sábado, 21 de dezembro de 2019

DOS OUTROS | «A note before we dive in: There’s no elegant and short way yet to say “designers-whose-pronouns-are-‘he’ designers,” so for the purposes of this article, I’m going to say “he designers,” “she designers,” and “they designers,” and same for artistic directors and directors»

Primeiro, o que é a LORT:

«Who We Are


LORT is the largest professional theatre association of its kind in the United States, with 75 member Theatres located in every major market in the U.S., including 29 states and the District of Columbia. LORT Theatres collectively issue more Equity contracts to actors than Broadway and commercial tours combined. (...)». Continue a ler.
Depois, e a razão porque trouxemos a LORT para o Em Cada Rosto Igualdade é porque  fazem este estudo: «Who Designs and Directs in LORT Theatres By Gender». 
De lá, por exemplo:
A nosso ver, estudos que também nos fazem falta.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

JOSÉ RÉGIO | «História de Mulheres»


«Histórias de Mulheres é uma coletânea de textos ficcionais (conto e novela) cujas personagens centrais são mulheres, o que desde logo confere a este livro uma identidade extraordinariamente original.

Aqui encontramos, entre outras, as histórias de figuras como Menina Olímpia e a sua criada Belarmina numa história de decadência social e física, a História de Rosa Brava, que nos apresenta uma jovem lésbica cujo temperamento rebelde choca com os valores da sua família, ou ainda O vestido cor de fogo, história na qual um marido se vê oprimido pela sexualidade dominante da esposa». Saiba mais.



quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

PATXI ANDIÓN | «Si yo Fuera Mujer»





Patxion Andión morreu. A nossa singela homenagem. Com uma canção que «habla de igualdad entre hombres y mujeres que tienen derecho ha hacer lo mismo y exigir lo mismo!».

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

SOBRE A VIDA DAS MULHERES | Que histórias contam as imagens de arquivo da National Geographic ?



Em português na Plataforma Sapo:




segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

ANNA KARINA | «o cinema francês é órfão. Perdeu uma das suas lendas»



Para assinalarmos a perda de Anna Karina, não só dos franceses, escolhemos de João Lopes no DN:

Anna Karina viveu a sua vida

Com a morte de Anna Karina, redescobrimos, em particular, a herança artística do seu trabalho nos filmes realizados por Jean-Luc Godard: "Viver a sua Vida" pode servir de mote para as nossas memórias.

Em Viver a sua Vida (1962), um dos filmes em que foi dirigida por Jean-Luc Godard, então seu marido, Anna Karina interpreta Nana, uma prostituta de Paris. Trata-se de um dos momentos em que Godard integra o tema da prostituição nas suas narrativas, direta ou indiretamente expondo a mercantilização do corpo e o esvaziamento da alma como componentes viscerais do "progresso" nas sociedades modernas. Ao tema regressaria, por exemplo, em duas produções de 1967, Duas ou Três Coisa sobre Ela e Antecipação (episódio da longa-metragem A Mais Antiga Profissão do Mundo, também com Karina), ou Salve-se quem Puder (1980).
Seja como for, convém lembrar que não há em Viver a sua Vida nada que se possa confundir com a sociologia de bolso que, hoje em dia, muitas vezes, vai pontuando as mais banais narrativas (cinematográficas e televisivas) que se escudam na "gravidade" dos respetivos temas. Ao filmar Karina como Nana, Godard constrói uma das mais belas confissões de amor que a história do cinema regista - em última instância, Viver a sua Vida é uma crónica intimista sobre o olhar do cineasta face a uma mulher.
Momento sublime desse intimismo é a cena em que uma personagem masculina lê para Nana O Retrato Oval, de Edgar Allan Poe, publicado em 1842. O brevíssimo conto de Poe condensa o misto de ternura e crueldade que pode marcar a relação de um artista com o seu modelo. Dito de forma esquemática, nele se narra a tragédia de um pintor que, obcecado pela sua arte, vai pintando o retrato da sua mulher cujo estado de saúde é cada vez mais frágil; ao concluir, siderado pela intensidade do seu labor, proclama que aquele retrato "é a própria vida" - nesse momento, descobre que, enquanto posava, a sua mulher morreu. (…). Continue a ler.


domingo, 15 de dezembro de 2019

VIRGÍNIA DIAS|«Como um pedaço de terra virgem»




Como um pedaço de terra virgem

POEMAS E VOZ Virgínia Dias
PREFÁCIO José Mário Branco FOTOGRAFIAS António Cunha e Luís Ferreira Alves 



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Sobre a obra:
«"Como um pedaço de terra virgem" é o título do livro-CD que reúne quase toda a poesia popular escrita e dita por Virgínia Dias, camponesa alentejana que publica a primeira antologia aos 84 anos, revelou a editora Boca. 


"Obra de uma vida", o livro-CD "testemunha o modo especial como a autora encadeia poemas, canções e as estórias que lhes estão na origem", refere a editora.
Virgínia Dias nasceu em 1935, em Peroguarda, Ferreira do Alentejo, começou a fazer poesia ainda antes de saber escrever, fez apenas o ensino primário, para trabalhar no campo, mas foi acumulando poemas ao longo da vida, marcados pelo Alentejo, inspirados pela poesia popular e pela temática da injustiça.
Privou com o realizador António Reis, com o etnólogo Michel Giacometti (que está sepultado em Peroguarda), com o músico José Mário Branco e com o cineasta Pierre-Marie Goulet, que a filmou na trilogia "Polifonias" (1997), "Encontros" (2006) e "Além das Pontes" (2016). (...)». Leia na integra.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

MARIE DE RÉGNIER | «A Inconstante»





«Num mundo em transformação, onde carruagens puxadas a cavalo se misturam nas ruas com automóveis e onde a alta burguesia da fervilhante Paris da Belle Époque alterna entre a euforia e o spleen, uma jovem mulher casada resolve praticar a infidelidade como se de um jogo se tratasse. Mas no amor, como em qualquer outro jogo, há vencedores e vencidos.
Baseada na vida pessoal da autora que representou a vanguarda simbolista do seu tempo, esta é uma subversiva história de amor que prenderá o leitor da primeira à última linha.
Marie de Régnier (ou Gérard d'Houville) é mais uma autora premiada, pela primeira vez publicada em Portugal na Colecção Mulheres de Palavra».



quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

JÁ TEM UNS ANOS MAS CONTINUA ACTUAL | «Promoting gender equality and women’s economic empowerment on the road to sustainable development: good practices from the UNECE region, 2012»





«In order to facilitate women’s economic empowerment and sustainable progress towards gender equality in its member states, UNECE provides this booklet as a summary of good practices. Achieving gender equality requires measures to compensate for existing disadvantages that prevent equal opportunities from being presented to both men and women. UNECE has identified several key areas where disadvantages for women currently exist in the region and has identified policy and programmatic strategies that are currently being implemented in many of its member States to target them. These key areas include: access to resources, equality in the workplace, entrepreneurship development, decision-making power, and the reconciliation of work and family responsibilities».

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

«a Hora de Clarice» | ou uma maneira inteligente e bela de cuidar o futuro dos que partem ...


«O acervo de Clarice Lispector está sob a guarda do IMS desde 2004, sendo formado por uma biblioteca de cerca de 800 livros e um arquivo com documentos, entre os quais manuscritos dos romances A hora da estrela e Um sopro de vida, correspondências, um caderno de notas, entre outros itens. Em 2012, o IMS lançou um site dedicado à escritora». acesse aqui.



E no próximo ano é o centenário de Clarice,e o calendário e a agenda do IMS de 2020 são dedicados à autora. Os produtos já estão à venda na loja online do IMS e nas lojas dos centros culturais.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

«Women, Peace and Security»





« ONG Grupo de Trabalho sobre Mulheres, Paz e Segurança, um projeto de Marés Center, é uma coligação de 18 organizações não-governamentais internacionais (ONGs) que trabalham para promover a agenda Mulheres, Paz e Segurança nas Nações Unidas e ao redor do mundo.
Acreditamos que a paz sustentável só pode ser alcançado se os direitos humanos das mulheres são promovidos e respeitados e que as mulheres têm participação significativa em todos os esforços de prevenção e resolução de conflitos, bem como na reconstrução pós-conflito atividades.
Os nossos membros trabalham em mais de 50 países que foram afetados pelo conflito e parcerias com mais de 200 ONGs e 75 redes de atores da sociedade civil e ativistas. Nós somos a sociedade só civil do seu tipo de trabalho sobre a mulher, a paz ea agenda de segurança em Nova York. Através da advocacia alvo, monitoramento e análise de gênero, que mantenha o Conselho de Segurança, a liderança da ONU e responsável Estados-Membros para as suas obrigações ao abrigo Segurança Resolução do Conselho, 1325 (2000) e as resoluções subsequentes que formam a agenda das mulheres, paz e segurança.
Desde 2000 temos vindo a trabalhar para trazer as vozes dos defensores dos direitos das mulheres e construtores da paz locais para a paz ea segurança discussões de Nova York. Nós servir como uma ponte entre defensores e construtores da paz que trabalham em situações afetadas por conflitos e decisores políticos de alto nível na sede da ONU de direitos humanos das mulheres.
Em nome das mulheres, paz e segurança da sociedade civil que são formalmente e regularmente convidado a fornecer ao Conselho de Segurança da ONU com a perspectiva da sociedade civil na agenda de mulheres, paz e segurança. Estamos creditado publicamente como aumentar o envolvimento do Conselho de Segurança com a sociedade civil, defendendo para a entrada espaços do Conselho». Tirado deste endereço.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

BOGALETCH GEBRE | « foi a mais extraordinária mulher do seu tempo no seu país, introduzindo, a pouco e pouco, mudanças radicais, para melhor, na situação da mulher»

Lembremos Bogaletch Gebre recorrendo ao que José Cutileiro escreveu no semanário Expresso desta semana:


Bogaletch “Boge” (pronunciado Bo-gay) Gebre que morreu em Los Angeles, Califórnia, ..., (devido à ausência de registo civil na sua Etiópia natal, não se sabia ao certo em que dia, mês ou ano tinha nascido, numa província quase 400 quilómetros ao sul de Adis Abeba, mas julgava-se que estivesse agora no seu 66º ano) de consequências tardias, não especificadas no anúncio da morte, de desastre de automóvel sofrido em 1987, após o qual médicos lhe haviam dito que não poderia tornar a andar e tendo ela não só conseguido retomar a marcha mas também nos anos que se seguiram corrido seis maratonas, foi a mais extraordinária mulher do seu tempo no seu país, introduzindo, a pouco e pouco, mudanças radicais, para melhor, na situação da mulher (sendo a mais espectacular destas a quase desaparição da mutilação sexual das raparigas), e convencendo muitas mulheres e homens a juntarem-se ao seu combate impensáveis quando ela era pequena e difíceis de imaginar nos nossos dias sem a sua participação constante e incansável.
Nascida a casal de camponeses, juntamente com outros 12 rapazes e raparigas, mais de metade dos quais morreu na infância, havia na família e na aldeia expectativas, poucas mas claras, quanto ao seu futuro, que eram as de qualquer rapariga da mesma condição. Seria mutilada genitalmente, não aprenderia a ler e casaria a seu tempo com um camponês da aldeia. Das três, só a primeira se verificou com efeitos tão brutais e duradouros na sua mente (“poderia ter morrido ali, como aconteceu a tantas outras raparigas”) que contribuiu para a nulidade das duas restantes. A mutilação, ritual tradicional, que sofreu aos 12 anos — segundo os critérios sociais da altura qualquer menina que se prezasse deveria passar por ela —, fora brutal e sangrenta. Um homem segurou-a, duas mulheres robustas afastaram-lhe as coxas à força e assim as mantiveram, enquanto uma terceira mulher, com navalha muito afiada, lhe seccionava a vulva. (As raparigas eram cortadas de maneiras diferentes, segundo preferências da família ou da especialista que procedia à operação, indo desde pequenos golpes quase indolores à ablação do clítoris.) A cura durou semanas; a marca ficou para sempre.
Tal dissidente soviético, organizara-se para ser ela própria em ambiente hostil e, com cumplicidade de um tio, ia à escola às escondidas: quando a mãe descobrira já sabia ler e escrever. Continuou com bolsa em internato de Adis Abeba e, finda a educação secundária, outra bolsa levou-a a Israel onde se licenciou em Fisiologia e Microbiologia. Preparou-se para se doutorar na Califórnia mas não chegou a fazê-lo, devido a trabalho social na Etiópia. Juntamente com a sua irmã fundou um centro de apoio às mulheres (Kembatti Mentti Gezzima) em Kembatta, a sua aldeia e, com dinheiro europeu, expandiu-o para quatro dos oito distritos da Etiópia. Poucos anos depois, após um notável trabalho de persuasão, todos os oito distritos deixaram de apoiar a mutilação genital feminina. O feito foi notável e mais notável ainda o método de Bogue. Ouvindo, entendendo, nunca dispondo, explicando (por exemplo que nem a Bíblia nem o Corão falam disso), ajudando a fazer coisas precisas, ganhando a confiança dos anciães — e tendo um fito claro. Ganhou diversos prémios internacionais prestigiados, como o Prémio Jonathan Mann de Saúde Global e Direitos Humanos, o Prémio Rei Balduíno do Desenvolvimento Africano, e nunca descansou. “Como os brancos no apartheid racial, os machos são considerados intelectual, biológica e fisicamente superiores. O meu sonho para as mulheres de África? Que o mundo compreenda que a supressão das mulheres não é boa para a economia nem para o desenvolvimento humano. A África, em particular, não pode desenvolver-se se não usar toda a sua gente. O que quero ver é uma coligação global contra o apartheid de género.”
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Veja também no NYT

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

«Nós Somos Refugiadas / A minha jornada e as histórias de raparigas refugiadas em todo o mundo»



SINOPSE
As experiências de Malala ao visitar campos de refugiados fê-la reconsiderar a sua própria migração forçada - primeiro, como Pessoa Internamente Deslocada, quando ainda era uma criança no Paquistão; e depois, como ativista internacional que podia viajar para qualquer lugar do mundo, exceto para o país que amava. Nós Somos Refugiadas é em parte um livro de memórias, mas também um relato de histórias comuns.

Malala não explora apenas a sua própria história de adaptação a uma nova vida enquanto anseia pela sua casa, mas também partilha as histórias pessoais de algumas das raparigas incríveis que conheceu nas suas viagens - raparigas que perderam as suas comunidades, e com frequência o único mundo que alguma vez conheceram.

Num tempo de crises migratórias, guerra e conflitos fronteiriços, Nós Somos Refugiadas, escrito por uma das mais jovens e proemientes ativistas mundiais, serve para nos recordar que cada uma das 68,5 milhões de pessoas atualmente deslocadas é um ser humano - com frequência, alguém jovem - com esperanças e sonhos, e que todas merecem direitos humanos universais e um lar seguro.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Apesar das tragédias narradas neste livro, há também uma mensagem de esperança: se uma rapariga com formação escolar pode mudar o mundo, o que poderão 130 milhões fazer?»
The Guardian

«Este livro, tão oportuno e comovente, suscita um intenso sentimento de empatia pelos milhares de raparigas que enfrentam as situações mais dramáticas para fugirem rumo à liberdade e à possibilidade de irem à escola.»
Los Angeles Review

«Um livro inquietante e oportuno que nos conta as histórias pessoais de jovens deslocadas e refugiadas, vividas por Malala e outras nove raparigas... Em todos estes relatos, a esperança emerge como uma espécie de reação de combate à dor e à perda.»
The New York Times Book Review

«O objetivo de Malala é transformar estes refugiados que são apenas estatísticas sem rosto e sem nome em humanos cujas identidades vão muito além do seu estatuto de deslocados. Uma leitura emocionante, fascinante e indispensável.»
Kirkus Review»


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domingo, 1 de dezembro de 2019

“Women Cartoonists International Award” 2019




E duas autoras portuguesas são finalistas:

«Cristina Sampaio e Tânia Cardoso finalistas de Prémio Mulher Cartoonista

As autoras portuguesas Cristina Sampaio e Tânia A. Cardoso estão entre as 53 finalistas do primeiro Prémio Internacional Mulheres Cartoonistas, criado pela organização United Sketches». Leia na integra.