segunda-feira, 13 de maio de 2024

DJAMILA RIBEIRO|«Cartas para a Minha Avó»

 



SINOPSE
Enquanto escrevia essas cartas para você, meu irmão Denis, o mais velho, me enviou uma foto sua, vó.
Você estava toda altiva, usando roupas brancas e com um turbante na cabeça. Fiquei observando cada detalhe da imagem, me demorei imaginando quais histórias havia por trás das rugas em seu rosto, quantas vidas tinham sido afetadas por aquelas mãos calejadas que curavam cobreiros e davam esperança aos que foram benzidos. Mas nada me chamou mais atenção do que seus olhos. Um olhar penetrante, forte e, de novo, altivo. Minha mãe carregava o mesmo olhar, apesar de ele ter sido encurvado pelo tempo.
Às vezes ela falava só com olhares, e eu aprendi a decifrar cada um deles: «Saia daqui», «Fique quieta», «Não se meta, é conversa de adulto», «Quando seu pai for trabalhar, você vai se ver comigo».

domingo, 12 de maio de 2024

«Ma Femme Chamada Bicho»

 



14 Maio, 19h – Cinema Medeia Nimas

Primeira exibição da nova cópia digital restaurada

Apresentação por Nuno Faria [director do Museu da Fundação Arpad Szenes — Vieira da Silva]


José Álvaro Morais filmou Vieira e Árpád na casa em Yèvre-le-Chatel e captou a magia que havia entre os dois, a maneira como se respeitavam, como intervinham, ou não, no trabalho um do outro. Participam também no filme Cesariny, Sophia e Agustina.

Saiba mais.





BONECOS DE SANTO ALEIXO | vão estar no Montijo no próximo dia 19 | APETECE MESMO DIZER: NÃO PERCA!

 

© Paulo Nuno Silva

«Este é um projeto de vida do Cendrev-Centro Dramático de Évora, histórica companhia de teatro fundada em 1975. Ao que parece os Bonecos de Santo Aleixo terão tido origem na aldeia alentejana que lhes dá nome e têm vindo a galgar gerações até à contemporaneidade. A estrutura eborense tem-se dedicado à salvaguarda e disseminação desta tradição popular que se insere no teatro de marionetas. Manipulados por cima, estes títeres de varão são feitos em cortiça e madeira e logo viram personagens, sempre acompanhados por guitarra portuguesa". (Cendrev)». Saiba mais.




quinta-feira, 9 de maio de 2024

NO CINEMA DO INSTITUTO MOREIRA SALLES DO BRASIL | celebra-se «50 anos da Revolução dos Cravos»

 

na página 22

Começa assim: «Completados 50 anos da Revolução dos Cravos, o levante de 25 de abril de 1974 que pôs fim à ditadura fascista de Salazar em Portugal, o Cinema do IMS apresenta três pontos de vista audiovisuais sobre o movimento em Portugal e sua reverberação nos países que à época ainda eram suas colônias. Finalizados entre 1975 e 1977, Liberdade para José Diogo, de Luís Galvão Teles, e Cenas da luta de classes em Portugal, de Robert Kramer e Philip Spinelli, apresentam, de um lado, o ponto de vista do cinema militante de um realizador português que se soma ao movimento popular e, de outro, dois diretores americanos de esquerda interessados em investigar e entender o movimento que se passava no continente europeu. Já Independência, do angolano Fradique, foi finalizado em 2015 e traz à tona o depoimento e a perspectiva daqueles que lutaram pelo fim do regime colonial português em Angola na sequência do movimento de 1974. (,,,)».

quarta-feira, 8 de maio de 2024

«How to be old»

 



A propósito, este artigo:  


 Termina assim: 

« (...) As roupas que os alunos desenharam para mim fizeram-me sentir compreendida. Trabalhar com pessoas mais jovens e resolver este problema em conjunto recorda-me a utilidade da colaboração intergeracional, da escuta profunda e do respeito mútuo. Conseguem imaginar, se trabalhássemos juntos de forma tão criativa na multiplicidade de questões que enfrentamos nos tempos que correm, como poderíamos mudar a forma como pensamos sobre ser velho ou jovem?».


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E o blogue de Lyn Slater : Accidental Icon.




segunda-feira, 6 de maio de 2024

NO NIMAS | «CICLO MARLON BRANDO»|«(...)O erotismo de um corpo masculino que fez escola, rebelde, imprevisível, temperamental, e ao mesmo tempo uma voz doce e sussurrada tornaram-se lendários (...)»


 



Outro excerto: «(...)  Brando teve uma forte consciência política, e usou a sua celebridade em prol das causas por que se bateu, a dos direitos civis dos negros – marchou ao lado de Martin Luther King e apoiou os Black Panthers –, e dos índios); (...)».Ainda: «(...)Perseguição Impiedosa (1966), precursor da revolução da Nova Hollywood, com Brando, Redford e Jane Fonda e argumento de Lillian Hellman, que mergulha numa multidão de assuntos quentes na época, o racismo, as desigualdades na riqueza, a revolução sexual na América profunda dos sixties, (...)». Leia na integra.