«Cinco homens, presos políticos, conhecem-se numa cela comum da cadeia onde cumprem pena por atividades consideradas subversivas contra o Estado. Juntos, mesmo correndo o risco de serem descobertos e torturados, engendram um plano de fuga, com a cumplicidade da companheira de um deles: escavar um túnel com cerca de doze metros, entre a cela e a muralha exterior da prisão. Durante meses, com tarefas cumpridas de forma organizada, meticulosa e paciente, põem o plano em marcha, sempre atentos aos passos e às rotinas dos guardas. Sabem que, desde que ouvem a chave a entrar sonoramente na fechadura da porta do edifício até à ronda da sua cela, o guarda mais rápido demora 23 segundos. Apenas 23 segundos. É esse o tempo de que dispõem para disfarçarem o aparato da escavação e voltarem às camas, dando a ideia de total normalidade.
Tratando-se embora de ficção, a ação inspira-se numa situação verídica ocorrida na Cadeia do Forte de Peniche, na primeira metade dos anos 50, durante a ditadura do Estado Novo. Na peça, a data e o local não são precisados, porque o assunto é de todos os tempos e de todos os lugares em que houver pessoas inconformadas e dispostas a lutar pela democracia e pela liberdade». saiba mais.
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«25 Abril. Comuna estreia peça "23 segundos" sobre presos políticos do Estado Novo
A Comuna estreia uma nova peça, "23 segundos", que acompanha cinco presos políticos durante o Estado Novo. João Mota, o encenador, lembra estas pessoas, que diz terem sido "esquecidas" por Abril. (...)». Veja aqui.
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