terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A propósito de noticia de hoje sobre a obra «Antonia» recordemos Modigliani | com «O grande sedutor volta a mostrar as mulheres que vale a pena pintar»

 


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E revisitemos artigo, no Público, de Lucinda Canelas: O grande sedutor volta a mostrar as mulheres que vale a pena pintar. 

Começa assim: «Amedeo Modigliani não tinha dinheiro para nada, nem para morrer. Foram os amigos que fizeram do seu enterro um dos mais espectaculares que Paris viu naquela época. Largas centenas de pessoas acompanharam pelas ruas o carro fúnebre puxado por quatro cavalos negros, num cortejo que obrigou a polícia a interromper o trânsito. Foi sepultado no Cemitério Père Lachaise sob o olhar de amigos, artistas, poetas e críticos como Pablo Picasso, Max Jacob, André Salmon, Chaïm Soutine, Constantin Brancusi, André Derain e Fernand Léger, mas também das modelos e amantes que para ele posaram e de muitos dos empregados de mesa dos cafés de Montmartre e Montparnasse que tantas vezes o puseram na rua, completamente embriagado.

Chegou a Paris quando tinha 21 anos, decidido a ser artista. Tinha modos de burguês e vestia a condizer. Era bonito e sabia como usar isso a seu favor, com as mulheres e não só. É assim, sedutor, que o recorda André Salmon (1881-1969), poeta, escritor e crítico de arte francês que foi seu amigo e que em 1939 publicou Le Vagabond de Montparnasse: vie et mort du peintre A. Modigliani, biografia do pintor e escultor que durante muito tempo viu a sua obra secundarizada pela sua  histórica trágica. Uma tragédia à medida de uma ópera que começa, defende Salmon, precisamente no dia em que o italiano põe os pés em Paris, a cidade em que se transformaria num dos nomes mais populares das artes do século XX, mas também num viciado em drogas e álcool, sobretudo haxixe e absinto. (...).




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