terça-feira, 29 de dezembro de 2020

HERÓIDES | «clube do livro feminista - porque os livros salvam vidas e o feminismo salva o mundo»

             JN |29DEZ2020



No âmbito do Projeto a que se referem as imagens acima, «Corpos na Trouxa» é o primeiro livro como parte deste processo:  «Em dezembro de 2020 serão divulgados doze livros, escolhidos por doze pessoas. 
Durante 2021, o desafio é ler um destes livros por mês, e, no último sábado de cada mês, encontrarmo-nos num Clube de Leitura via Zoom, com a pessoa convidada, as leitoras e leitores que se quiserem juntar. 
A participação nas sessões é gratuita e necessita de inscrição. As inscrições serão abertas mês a mês. Cada sessão tem a duração estimada de duas horas».Saiba mais. E, desde já, sobre o livro:


SINOPSE

Obra resultante da tese de doutoramento da autora em Estudos Feministas apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra a 30 de setembro de 2013. Primeira tese em Estudos Feministas feita em Portugal. (http://saladeimprensa.ces.uc.pt/ficheiros/noticias/2135_8_4_2010_publico.pdf) A autora deste estudo é de origem palestiniana, mas nunca pôde visitar a sua própria vila. Faz parte dos largos números de palestinianos no exílio, sendo assim a Palestina uma identidade sua tão palpável e indissociável como a impossibilidade de lá permanecer, uma identidade refratária partilhada por todas as mulheres palestinianas que, como ela, se encontram exiladas.
Encarando a linguagem da arte como uma extensão da expressão de experiências reais, esta obra utiliza como objeto de análise a arte produzida por mulheres palestinianas no exílio. É estabelecida uma analogia entre o símbolo da "trouxa" no exílio palestiniano e a criação artística que inclui as memórias herdadas da Palestina e as histórias de vida na fronteira das artistas. A produção artística é, portanto, entendida como a maior ligação destas mulheres à Palestina. Endereça-se a possibilidade da existência de uma resistência feminista, política e palestiniana à ocupação israelita na construção de uma narrativa artística a respeito da Palestina e nos modos de representação dos corpos reconfigurados na arte.
A autora propõe que a reformulação dos corpos na arte das mulheres palestinianas se trata de um lugar compensatório do território interdito. Trata-se de uma obra com cadência marcadamente poética, em que a própria tese científica é conceptualizada como produção artística. Poderá suscitar particular interesse à luz do momento presente em que o interesse pela condição de refugiado está mais próximo do público português. Saiba mais.



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