«Por proposta da Faculdade de Letras (FLUP), a Universidade do
Porto vai atribuir, no próximo dia 22 de abril, o
centésimo Doutoramento Honoris Causa da sua história.
A homenageada será a escritora
canadiana Margaret Atwood, uma das maiores figuras da
literatura mundial, autora do celebrado romance The Handmaid’s Tale (“A História de uma
Serva” na tradução portuguesa) e de mais de 50 obras de diferentes géneros literários.
Margaret Atwood é autora de uma vasta criação literária
que se estende desde o romance
(17 títulos) ao ensaio e crítica (10 títulos), passando pela ficção científica
(4 títulos), a poesia (25 títulos), o conto (8 antologias), a literatura
infantil (8 livros), o teatro (uma peça), o guionismo (3 guiões para televisão
e um para rádio) e o romance gráfico (3 graphic novels).
Uma obra
literária que tem sido, ao longo dos anos, premiada abundantemente, contando já
com 143 prémios e distinções em
diversos países. Mas a obra de
Atwood é também determinada pela faceta ativista da autora, com temas como as alterações climáticas, os direitos das
mulheres, as questões de género ou as desigualdades sociais, por exemplo,
patentes em muitos dos seus livros.
“Ao atribuir a Margaret Atwood o título de Doutora Honoris
Causa, a Universidade
do Porto celebra a extraordinária qualidade da sua obra literária, a
importância da sua reflexão intelectual e a pertinência do seu combate público
por uma sociedade mais justa, digna e sustentável. Valores
consentâneos com os que animam a Faculdade de Letras e a Universidade do Porto,
e que valorizam o papel das Humanidades na construção da sociedade do futuro”,
lê-se na proposta de atribuição do Doutoramento.
A decorrer a partir das 11h00, no Salão
Nobre da Reitoria da U.Porto, a
cerimónia contará ainda com a participação de Alberto Manguel, escritor
argentino-canadiano, radicado em Portugal, que fará o Elogio de Margaret Atwood.
A sessão terá
entrada reservada a convidados e terá transmissão em direto,
no canal da U.Porto
no Youtube. (...)». Continue a ler.
Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. A História de Uma Serva tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo.
Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor. +.
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