segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Nélida Piñon

 


SINOPSE

«Chegara afinal o momento de o Brasil realizar-se como nação. Quem sabe não estaria surgindo, a partir daquele novembro de 1930, a República dos Sonhos, sonhada por brasileiros novos e antigos?»
Filha de imigrantes galegos, Nélida Piñon inspira-se nas suas memórias da infância para reconstituir a história de uma família que se confunde com a história do Brasil. Um romance de técnica magistral, onde as vidas de dezasseis personagens se entretecem numa teia que, mais do que criar um mundo ficcional, incorpora o legado da herança rica e pluricultural da autora. Uma metáfora do Brasil que é também uma das obras mais transparentes desta grande escritora da língua portuguesa. 


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Nélida Piñon morreu. A escritora brasileira  deixou-nos em Lisboa aos 85 anos, informou a Academia Brasileira de Letras, que a qualifica de «uma das maiores representantes da literatura brasileira». Em particular, «Autora de mais de 20 livros, entre novelas, contos, literatura infanto-juvenil, ensaios e memórias, em 1996/97 tornou-se a primeira mulher, em 100 anos, a presidir à Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleita em 1989 na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda».

Uma nota pessoal: recentemente ouvimos a escritora num programa da TSF - uma questão de ADN / «Rafael Gallo e Nélida Piñon» - e  no meio do tanto que nos disseram,  retivemos,  (adiantado quase lateralmente), o que a escritora falou sobre o que tinha aprendido no MUNICIPAL do Rio de Janeiro ( tantas vezes referido nas telenovelas brasileiras), o  que logo valorizamos, e entretanto até já utilizámos como exemplo mais do que uma vez  na discussão que tanto nos convoca em torno do Serviço Público da Cultura. Ali estava de maneira tão natural e vivida em consonância com isto que defendemos: há um prazer e um conhecimnto que só a cultura e a arte nos podem dar, e que não podem ser privilégio apenas de alguns/algumas. É uma pequena  herança pessoal de uma mulher de grande talento e sábia,  trazida pelo quotidiano, que guardamos porque nos toca - e que aconteceu há tão pouco tempo! Desta escritora com uma obra maior. Por tudo, pelas grandes e pequenas coisas,  obrigada,  Nélida Piñon.



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