sábado, 20 de setembro de 2025

«A RUA É DAS CRIANÇAS» DIZ-NOS RUY BELO | e aí também pode começar o lançamento do elevador social neste mundo de desigualdades | DISTO E DOUTRAS OCUPAÇÕES PARA CRIANÇAS E JOVENS NOS FALA O PROGRAMA ELEITORAL DA CDU A LISBOA

 



Há lá coisa melhor do que começar um post com Ruy Belo!, e só isso  - por nos levar à «A Rua é das crianças» - já tinha valido a pena termo-nos detido no Programa da CDU para Lisboa. E podíamos ficar por aqui, já estava de bom tamanho. Mas, continuemos, os tempos assim o pedem. Ora bem, estivemos em iniciativas com vista à elaboração do Programa Eleitoral da CDU a Lisboa e podemos  testemunhar o que diz João Ferreira: «Um programa alternativo começa no modo como se constrói. Durante vários meses fomos falar com muita gente: moradores, associações de bairro, clubes, escolas, sindicatos, projectos de várias áreas. Fomos falar com a cidade em centenas de iniciativas, em todas as freguesias da cidade. Com palavras, desenhos e textos, fomos tecendo de forma colectiva e participada o Programa que apresentámos hoje e que, podemos dizer, espelha um projecto onde o direito à cidade fará de Lisboa a cidade da nossa vida». Desde logo,  cumpre-se o desígnio OGP - Open Government Partnership,   «governar  para as populações, e com as populações». Com curiosidade fomos ver o resultado - na integra neste endereço. 
Aqui chegados, no Em Cada Rosto Igualdade, com gosto e entusiasmo, partilhamos, em especial,  esta componente, considerada  um dos 17 Pontos- Chave do Programa Eleitoral - Lisboa para crianças:  




Indo ao pormenor o espaço «Educação e Juventude» do Programa



*
*   *

Se há conhecimento que todos nós teremos é este relativo às Crianças e Jovens nomeadamente em contexto escolar. Ainda assim do que recentemente apareceu no espaço público



💢💢💢




💢💢💢



Sobre o Relatório em trabalho de no Expresso de Isabel Leiria:  «Fosso entre ricos e pobres no acesso ao ensino superior agravou-se  - Educação continua a ser a forma mais eficaz de garantir melhores condições de vida e os números mostram que há mais pessoas em Portugal a conseguir um diploma de Ensino Superior. O problema é que a maior parte desse crescimento acontece entre quem tem mais recursos e continua a deixar de fora muitos alunos das famílias com mais baixos rendimentos. Mais surpreen­dente: o fosso entre uns e outros tem vindo a acentuar-se desde 2008».

*
*   *
Voltando ao Programa Eleitoral da CDU para Lisboa, estivemos na conversa havida no Jardim da Estrela em que se refletiu em particular o ponto 9. do excerto acima, ou seja,  «Dinamizar a integração das comunidades escolares na vida cultural e social da cidade, através da programação de actividades específicas das bibliotecas, museus e serviços municipais de ambiente e protecção civil. Disponibilizar oferta para a ocupação qualificada dos tempos livres das crianças, nos períodos não lectivos». De facto, há um saber e um prazer que só a cultura e as artes nos podem dar. E o que se passa nos tempos livres, em especial nas férias, e tempos afins, serão determinantes para a vida das crianças e jovens, e para quando adultos. Mesmo para os 11% das famílias pobres que chegam ao ensino superior não é indiferente como viveram esse tempo da infância e juventude. Sim o ELEVADOR SOCIAL passa por aqui. A seguir apenas ilustrações: sobre a importância de uma «colónia»; um caso de entre os que existem para atividades de férias; sobre a entrevista de Dino D´Santigo que diz do que é ficar fechado em casa; ...
 
💢💢💢


«Nos Verões de 1972 e 1973, um grupo de 18 crianças (entre os 3 e os 14 anos) passou duas semanas de férias nas Caldas da Rainha e no Baleal. Em comum tinham o facto de serem filhas de presos políticos do regime ditatorial português. As suas vidas estavam marcadas pela prisão dos pais, pela clandestinidade, por solidão e sofrimento, mas nesta colónia de férias puderam brincar e ser livres (...)».

💢💢💢


💢💢💢



*
*   *

Na tal conversa no Jardim da Estrela deu para perceber que uma INICIATIVA PARA CRIANÇAS E JOVENS DE LISBOA  para os tempos em que «não têm onde ficar» não só é necessária como possível. Há que aprender com o que existe - ao de qualidade só alguns têm acesso -, aproveitar a capacidade disponível, e construir uma REDE em torno de ofertas várias. Da arte ao desporto. Idas à praia ou à piscina, passeatas para descobrir paisagens, descobrir o museu ali ao lado, frequentar o espetáculo na sala «xpto»  que é de todos, conversas com os seus ídolos e outros e outras que podem vir a ser, um jogo de futebol de meninas e meninos ... E para os almoços e lanches até teremos refeitórios ociosos que facilmente serão operacionalizados. Uma exigência: TUDO TEM DE SER MARCADO PELA QUALIDADE. HÁ QUE BUSCAR EXCELÊNCIA. De tal maneira que mesmo aqueles que têm onde ficar queiram fazer parte daquela experiência. Dito doutra forma, não querem ficar fora daquela «CENA»! 

  

Sem comentários:

Enviar um comentário