Há lá coisa melhor do que começar um post com Ruy Belo!, e só isso - por nos levar à «A Rua é das crianças» - já tinha valido a pena termo-nos detido no Programa da CDU para Lisboa. E podíamos ficar por aqui, já estava de bom tamanho. Mas, continuemos, os tempos assim o pedem. Ora bem, estivemos em iniciativas com vista à elaboração do Programa Eleitoral da CDU a Lisboa e podemos testemunhar o que diz João Ferreira: «Um programa
alternativo começa no modo como se constrói. Durante vários
meses fomos falar com muita gente: moradores, associações de bairro, clubes,
escolas, sindicatos, projectos de várias áreas. Fomos falar
com a cidade em centenas de iniciativas, em todas as freguesias da cidade. Com palavras,
desenhos e textos, fomos tecendo de forma colectiva e participada o Programa
que apresentámos hoje e que, podemos dizer, espelha um projecto onde o direito
à cidade fará de Lisboa a cidade da nossa vida». Desde logo, cumpre-se o desígnio OGP - Open Government Partnership, «governar para as populações, e com as populações». Com curiosidade fomos ver o resultado - na integra neste endereço.
Aqui chegados, no Em Cada Rosto Igualdade, com gosto e entusiasmo, partilhamos, em especial, esta componente, considerada um dos 17 Pontos- Chave do Programa Eleitoral - Lisboa para crianças:
Indo ao pormenor o espaço «Educação e Juventude» do Programa
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Se há conhecimento que todos nós teremos é este relativo às Crianças e Jovens nomeadamente em contexto escolar. Ainda assim do que recentemente apareceu no espaço público
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Sobre o Relatório em trabalho de no Expresso de Isabel Leiria: «Fosso entre ricos e pobres no acesso ao ensino superior agravou-se - Educação continua a ser
a forma mais eficaz de garantir melhores condições de vida e os números mostram
que há mais pessoas em Portugal a conseguir um diploma de Ensino Superior. O
problema é que a maior parte desse crescimento acontece entre quem tem mais
recursos e continua a deixar de fora muitos alunos das famílias com mais baixos
rendimentos. Mais surpreendente: o fosso entre uns e outros tem vindo a
acentuar-se desde 2008».
Veja também em «Pessoas 2030» - «OCDE apresenta “Education at a Glance 2025” em Portugal, sublinhando os progressos e os desafios para a educação no país».
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Voltando ao Programa Eleitoral da CDU para Lisboa, estivemos na conversa havida no Jardim da Estrela em que se refletiu em particular o ponto 9. do excerto acima, ou seja, «Dinamizar a integração das comunidades
escolares na vida cultural e social da cidade,
através da programação de actividades específicas das bibliotecas, museus e serviços
municipais de ambiente e protecção civil. Disponibilizar oferta para a ocupação qualificada
dos tempos livres das crianças, nos períodos
não lectivos». De facto, há um saber e um prazer que só a cultura e as artes nos podem dar. E o que se passa nos tempos livres, em especial nas férias, e tempos afins, serão determinantes para a vida das crianças e jovens, e para quando adultos. Mesmo para os 11% das famílias pobres que chegam ao ensino superior não é indiferente como viveram esse tempo da infância e juventude. Sim o ELEVADOR SOCIAL passa por aqui. A seguir apenas ilustrações: sobre a importância de uma «colónia»; um caso de entre os que existem para atividades de férias; sobre a entrevista de Dino D´Santigo que diz do que é ficar fechado em casa; ...
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«Nos Verões de 1972 e 1973, um grupo de 18 crianças (entre os 3 e os 14 anos) passou duas semanas de férias nas Caldas da Rainha e no Baleal. Em comum tinham o facto de serem filhas de presos políticos do regime ditatorial português. As suas vidas estavam marcadas pela prisão dos pais, pela clandestinidade, por solidão e sofrimento, mas nesta colónia de férias puderam brincar e ser livres (...)».
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Na tal conversa no Jardim da Estrela deu para perceber que uma INICIATIVA PARA CRIANÇAS E JOVENS DE LISBOA para os tempos em que «não têm onde ficar» não só é necessária como possível. Há que aprender com o que existe - ao de qualidade só alguns têm acesso -, aproveitar a capacidade disponível, e construir uma REDE em torno de ofertas várias. Da arte ao desporto. Idas à praia ou à piscina, passeatas para descobrir paisagens, descobrir o museu ali ao lado, frequentar o espetáculo na sala «xpto» que é de todos, conversas com os seus ídolos e outros e outras que podem vir a ser, um jogo de futebol de meninas e meninos ... E para os almoços e lanches até teremos refeitórios ociosos que facilmente serão operacionalizados. Uma exigência: TUDO TEM DE SER MARCADO PELA QUALIDADE. HÁ QUE BUSCAR EXCELÊNCIA. De tal maneira que mesmo aqueles que têm onde ficar queiram fazer parte daquela experiência. Dito doutra forma, não querem ficar fora daquela «CENA»!












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