quinta-feira, 14 de novembro de 2019

«Na sua larga maioria, este tipo de tecnologia é produzida por homens jovens, que vêm de contextos semelhantes e que transmitem os seus preconceitos, muitas vezes sem terem consciência disso. Todos nós temos preconceitos, conscientes ou inconscientes, por causa da forma como vivemos em sociedade ou por causa da forma como somos ensinados».

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No passado dia 6, Saniye Gülser Corat subiu ao palco DeepTech, na Web Summit, em Lisboa, para uma conversa com a jornalista espanhola Esther Paniagua, na qual se pretendia a resposta a uma pergunta: “A Siri é sexista?”.
Para a diretora para a Igualdade de Género da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o problema não está nas assistentes virtuais em si, mas sim na forma como as pessoas que estão por detrás delas as estão a desenvolver. E, para melhor percebermos isso, basta olhar para o relatório publicado este ano pela organização.

Intitulado “I’d blush if I could” (“Eu coraria se pudesse”) — resposta que a assistente virtual da Apple dava quando uma pessoa lhe dizia “Hey Siri, you’re a bi***” (“Olá Siri, tu és uma ca***”)—, o relatório aponta que estas vozes femininas, nas quais também se incluem exemplos como a Cortana (Microsoft) ou a Alexa (Amazon), estão a reforçar os preconceitos de género. (...)». Leia na integra.


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