Sobre o filme no semanário Expresso desta semana:
«A fuga de Maria Adelaide Coelho da Cunha com o seu chauffeur abalou a sociedade lisboeta na passagem dos anos 10/20 do século passado. A história, apaixonante e cheia de mistérios, inspirou “Ordem Moral”, um filme de Mário Barroso, em estreia na próxima quinta-feira
TEXTO JORGE LEITÃO RAMOS
(...)
A HISTÓRIA DE MARIA ADELAIDE
Ela tinha pouco mais de um metro e cinquenta, era muito bela e, por testemunhos do seu tempo, inexcedível atriz, sobretudo a declamar a poesia de seu marido, Alfredo da Cunha, cujo mérito lírico o passar dos anos fez fenecer até ao olvido. Era uma mulher independente sob qualquer ponto de vista: tinha uma grande fortuna pessoal — da sua herança fazia parte a propriedade do “Diário de Notícias” que o pai fundara e, agora, o marido dirigia — um vasto círculo de amizades e interesses, não era raro sair de casa logo ao princípio da tarde e tornar perto da hora do jantar, sem dar contas a ninguém de onde ia, com quem ou para quê. Chamava-se Maria Adelaide Coelho da Cunha e era uma das mais proeminentes figuras sociais na Lisboa dos convulsos anos 10. (...)».
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