sábado, 31 de outubro de 2020

VANESSA SPRINGORA | «Consentimento»

 


SINOPSE

«Paris, meados da década de 80: a jovem V. procura nas páginas dos livros algo que preencha o vazio de afecto deixado pelo divórcio dos pais. Com treze anos, num jantar, conhece G., escritor, figura da elite intelectual parisiense, semblante de monge budista e «olhos de um azul sobrenatural». Desconhece a reputação sulfurosa de que o escritor de cinquenta anos goza e desde o primeiro olhar é conquistada pelo magnetismo daquele homem, pelos olhares que lhe dedica. Depois de um meticuloso cortejo de algumas semanas, V.entrega-se a G. de corpo e alma.
O idílio amoroso chega ao fim quando V. percebe, com uma terrível desilusão, que G. coleciona relações com adolescentes e que faz das sucessivas conquistas a matéria-prima da sua obra literária. Debaixo da aparência melíflua de homem de letras esconde-se um perigoso predador, enfeitiçado pela juventude das suas vítimas, encoberto por uma sociedade complacente.
Mais de trinta anos volvidos sobre os factos, Vanessa Springora narra, de forma lúcida e fulgurante, esta história de amor e perversão. Uma história individual - a sua história com o escritor Gabriel Matzneff - que espelha tantas outras e que expõe as derivas de uma época deslumbrada pelo talento e pela celebridade. Corajoso e comovente, este romance autobiográfico incendiou o meio literário francês e reacendeu o debate sobre o consentimento um pouco por todo o mundo».
Saiba mais.

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Esta semana a autora é capa do Ípsilon:


 
De lá: «Vanessa Springora narra em Consentimento a sua história, aos 14 anos, com o escritor Gabriel Matzneæ, 36 anos mais velho. Fala da impunidade da sociedade da época e do meio literário, do
que mudou com o #MeToo e do tempo que demorou a assumir-se como vítima de um predador sexual. Em França, o livro lançou a discussão sobre abuso e consentimento. Conversámos
com a autora numa altura em que o seu best-seller está a ser traduzido para mais de 20 países».

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“O que espero é que se olhe para toda esta época de uma forma diferente. Que se possa compreender como foi possível. E que o meu livro faça com que pessoas que se encontraram na mesma situação que eu se aceitem como vítimas. Porque a questão do consentimento é ambígua”.



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