Assistimos, via Youtube, a grande parte da conferência subordinada ao tema constante da publicação acima e que tínhamos divulgado aqui, e já demos «uma olhadela» pela publicação . O que queremos sublinhar: a importância que têm trabalhos desta natureza que desde logo nos disponibilizam um manancial de dados e informação que facilitam outras atividades. E dão-nos «um ponto de vista», sempre útil, ainda que marcado, necessariamente, pela formação dos intervenientes e pelos pressupostos da investigação. Bem vistas as coisas, pretendia-se avaliar o grau de aplicação de legislação existente em torno da participação de mulheres nos Orgãos de Gestão de determinadas Organizações, e sobre a «vida» de Planos para a Igualdade.
Pois bem, o que ouvimos e já lemos do que aqui nos está a ocupar levam-nos às seguintes considerações:
- Como já temos, mais do que uma vez, expressado, a questão da(s) Igualdade(s) - para lá da entre homens e mulheres - ganha em ser olhada vendo as organizações como sistemas, e não como uma coisa «à parte» do domínio desta ou daquela área do saber. E sobre isso há novos paradigmas que estão a fazer o seu caminho e que, a nosso ver, estão ainda muito arredados das práticas (nomeadamente académicas) portuguesas. Mas sim, há boas experiências que, eventualmente, não são captadas pelas matrizes em uso. A propósito, está a decorrer «The Value Reporting Foundation 2021 Symposium» onde o Integrated Reporting e nele as Igualdades, necessariamente, terão o seu espaço à luz do PARADIGMA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - talvez lhe interesse este post do blogue Organizações Verdes.
- Neste quadro, pensamos que faz sentido refletir se em vez de insistirmos no «Plano da Igualdade» não seria mais produtivo investir nos Relatórios Integrados que nos mostrassem em termos estratégicos e operacionais como a Igualdade entre Homens e Mulheres (e as outras igualdades) estão inseridas no ADN das organizações (grandes, médias, pequenas, micro), a longo prazo e nos seus quotidianos.
- E para tudo convém não esquecer que as organizações são «todas iguais, todas diferentes», e a legislação esquece isso muitas vezes, quando muito categoriza com base no número de trabalhadores... Há dinâmicas essenciais para o que aqui nos interessa que estão para lá desse particular...E estará isto na base do incumprimento detetado pelo estudo fixado no «Livro Branco»?
Terminamos, por aqui, sem deixar de recomendar que se conheça melhor o Projeto Women on Boards. Esperamos com este post ter para isso contribuído.
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