sexta-feira, 29 de abril de 2022
quinta-feira, 28 de abril de 2022
MICHAEL J. SANDEL |«A Tirania do Mérito/ O Que Aconteceu ao Bem Comum»
As democracias liberais estão em risco. O princípio do mérito, um dos seus pilares básicos, é o responsável por essa situação.
Vivemos numa constante competição. O mundo está dividido entre vencedores e perdedores. O statu quo é amplamente justificado pela máxima «quem muito se esforça tudo pode». O resultado? Um mundo que reforça a desigualdade social e, ao mesmo tempo, culpabiliza as pessoas.
Ao analisar conceitos em torno da ética do estudo, do trabalho, do sucesso e do fracasso - e que meios são considerados legítimos para percorrer esses caminhos -, Michael J. Sandel sugere um novo olhar sobre essas relações. Salientando as contradições do discurso meritocrático, os seus contextos estruturais e a arrogância dos vencedores, o autor defende que a polarização vencedor-perdedor fez estagnar a mobilidade social, promovendo um misto de raiva e frustração que alimenta o protesto populista e a descrença nas instituições, no governo e entre cidadãos.
Para ultrapassarmos as crises que afetam as nossas sociedades, precisamos de repensar as ideias de sucesso e fracasso que têm acompanhado a globalização e a crescente desigualdade. a meritocracia gera uma complacência prejudicial entre os vencedores e impõe uma sentença dura aos perdedores.
Sandel, um dos filósofos mais prestigiados do nosso tempo, defende outra forma de pensar o sucesso, mais atenta ao papel da sorte, mais de acordo com uma ética de humildade e solidariedade e mais reivindicativa da dignidade do trabalho. Com base nestes fundamentos morais, A Tirania do Mérito apresenta uma visão esperançosa de uma nova política centrada, finalmente, no bem comum. +.
quarta-feira, 27 de abril de 2022
terça-feira, 26 de abril de 2022
segunda-feira, 25 de abril de 2022
sexta-feira, 22 de abril de 2022
quinta-feira, 21 de abril de 2022
MARGARET ATWOOD | Distinguida com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade do Porto | AMANHÃ 22 ABR 2022
«Por proposta da Faculdade de Letras (FLUP), a Universidade do
Porto vai atribuir, no próximo dia 22 de abril, o
centésimo Doutoramento Honoris Causa da sua história.
A homenageada será a escritora
canadiana Margaret Atwood, uma das maiores figuras da
literatura mundial, autora do celebrado romance The Handmaid’s Tale (“A História de uma
Serva” na tradução portuguesa) e de mais de 50 obras de diferentes géneros literários.
Margaret Atwood é autora de uma vasta criação literária
que se estende desde o romance
(17 títulos) ao ensaio e crítica (10 títulos), passando pela ficção científica
(4 títulos), a poesia (25 títulos), o conto (8 antologias), a literatura
infantil (8 livros), o teatro (uma peça), o guionismo (3 guiões para televisão
e um para rádio) e o romance gráfico (3 graphic novels).
Uma obra
literária que tem sido, ao longo dos anos, premiada abundantemente, contando já
com 143 prémios e distinções em
diversos países. Mas a obra de
Atwood é também determinada pela faceta ativista da autora, com temas como as alterações climáticas, os direitos das
mulheres, as questões de género ou as desigualdades sociais, por exemplo,
patentes em muitos dos seus livros.
“Ao atribuir a Margaret Atwood o título de Doutora Honoris
Causa, a Universidade
do Porto celebra a extraordinária qualidade da sua obra literária, a
importância da sua reflexão intelectual e a pertinência do seu combate público
por uma sociedade mais justa, digna e sustentável. Valores
consentâneos com os que animam a Faculdade de Letras e a Universidade do Porto,
e que valorizam o papel das Humanidades na construção da sociedade do futuro”,
lê-se na proposta de atribuição do Doutoramento.
A decorrer a partir das 11h00, no Salão
Nobre da Reitoria da U.Porto, a
cerimónia contará ainda com a participação de Alberto Manguel, escritor
argentino-canadiano, radicado em Portugal, que fará o Elogio de Margaret Atwood.
A sessão terá
entrada reservada a convidados e terá transmissão em direto,
no canal da U.Porto
no Youtube. (...)». Continue a ler.
Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. A História de Uma Serva tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo.
Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte-americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor. +.
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Mais:
quarta-feira, 20 de abril de 2022
DENIS MUKWEGE | «A Força das Mulheres»
Do Prémio Nobel da Paz e activista dos direitos humanos, um testemunho da força e resiliência das mulheres.
Aquele a quem chamam «o homem que cura as mulheres», o ginecologista e cirurgião Denis Mukwege consagrou a sua vida às mulheres vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo. Num lugar onde a violação é considerada uma arma de guerra, Mukwege move montanhas contra a violência mais monstruosa, muitas vezes colocando a própria vida em risco.
Escrito na primeira pessoa, A Força das Mulheres é uma homenagem à coragem e à força daquelas que «carregam dentro de si a humanidade» e um convite à reflexão sobre o mundo que queremos ajudar a construir. Argumentando a importância de dizer «não» à indiferença e analisando as causas para o flagelo da violência sexual que assola o mundo, responsabiliza os governos no seu papel de reconhecer e compensar as vítimas e apela a que se quebre o tabu em torno da violação, construindo um sistema que apoie as mulheres e as incentive a denunciar a violência de que são alvo.
Neste livro, Mukwege defende a urgência da construção de uma sociedade mais equilibrada, que envolva homens e mulheres numa verdadeira mudança de paradigma e na luta que deve ser a de todos, por justiça e por paridade.
No centro de a força das mulheres estão as vozes de todas as mulheres que, apesar do trauma e da violência, persistem e resistem e lutam. No final, a mensagem do prémio Nobel da Paz é clara: todos temos o potencial individual para fazer parte da mudança. +.
terça-feira, 19 de abril de 2022
A violoncelista e pedagoga Madalena Sá e Costa morreu aos 106 anos
«Madalena Sá e Costa - Memórias e Recordações
É esta herança que de forma simples e cativante é
narrada na primeira pessoa por Madalena Sá e Costa, numa obra de “Memórias e
Recordações” musicais que é também acompanhada de uma preciosa iconografia,
acumulada ao longo de três gerações. Nesta obra é colocado, em destaque, o
percurso musical de personagens que se notabilizaram no panorama cultural
português: Bernardo Moreira Sá é o protagonista na viragem do século da
formação do gosto musical no Porto, inscrevendo-o definitivamente na
modernidade europeia. O resto do país seguirá, aliás, o exemplo da sua acção,
quer na orientação do próprio Conservatório Nacional, dirigido por Vianna da
Motta, quer na criação de sociedades de concertos, à imagem do celebrado
ORPHEON Portuense». +.
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Sobre a sua morte:«A violoncelista e pedagoga Madalena Sá e Costa morreu durante a madrugada de hoje, aos 106 anos, vítima de uma infeção pulmonar, disse hoje ao JN a filha da artista, Helena Araújo.
Foi discípula de Guilhermina Suggia - e como herdeira do seu legado musical deu no nosso país continuidade às suas lições - e do seu pai Augusto Suggia. Concluiu o curso no Conservatório Nacional em 1940, sob a tutela de Isaura Pavia de Magalhães, após ter completado a formação com Paul Grümmer, Sandor Végh e Pablo Casals, entre muitos outros. (...)». Leia mais.
segunda-feira, 18 de abril de 2022
«3 MULHERES: PÓS-REVOLUÇÃO» | Segunda temporada da série estreia no próximo dia 20 de abril na RTP1
«As histórias de Natália Correia, Snu Abecassis e de Maria
Armanda Falcão prosseguem em "3 Mulheres: Pós-Revolução", segunda
temporada da série que dramatiza a participação ativa destas três mulheres na
área da edição de livros, nos jornais, na cultura e na política.
Há
um novo ciclo que se abre da vida portuguesa, entre 25 de Abril de 1974, com o
derrube do Estado Novo pelo Movimento das Forças Armadas, e 1982, ano do fim do
Conselho da Revolução e da primeira revisão da nova Constituição. Anos
convulsos e transformadores, onde uns veem o caminho da consolidação
democrática e outros uma deriva progressiva de traição aos ideais
revolucionários.
No
episódio de estreia, Natália Correia (Soraia Chaves) está empolgada com as
notícias e passa a noite em claro. Maria Armanda Falcão (Maria João Bastos),
alertada para as ocorrências do dia por Esteves Pinto (Marco Delgado), exulta
de entusiasmo e quer ir à Baixa assistir à queda do Governo. Snu Abecassis
(Victoria Guerra), a braços com uma crise conjugal e após uma noite mal
dormida, escuta as notícias na rádio. Decide ir trabalhar para a D. Quixote,
mas na editora o clima é já de euforia.
Na
sede da PIDE, o inspetor Macário (Hugo Franco) dispara à queima-roupa causando
três vítimas. O porteiro António Laje (Salvador Nery) despede-se de Mariano
(Vicente Wallenstein) e de forma inadvertida abandona a sede cercada pelos
militares revoltosos, comandados pelo Alferes João (Luís Simões) acabando por
ser morto.
Na
televisão, a Junta de Salvação Nacional, liderada pelo General Spínola,
comunica ao país os próximos rumos da Democracia. No dia seguinte, dá-se a
rendição e prisão dos PIDES e a libertação dos presos políticos em Caxias.
Gabriel (Sílvio Vieira) é um dos revolucionários libertados. À noite, no bar de
Natália, continuam os festejos e lançam-se as primeiras interrogações sobre o
futuro.
Ideia
original de Fernando Vendrell e Elsa Garcia com argumento de Luís Alvarães,
Filipa Martins, João Matos e Diogo Figueira. "3 Mulheres:
Pós-Revolução" estreia a 20 de abril, às 21h00, na RTP1». Saiba mais.
NO TEATRO D.MARIA II |«Ainda Marianas»
«Abril de 1972. Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa publicam Novas Cartas Portuguesas, tendo como ponto de partida as Cartas Portuguesas, romance epistolar publicado anonimamente, em 1669, e atribuído à freira Mariana Alcoforado. Em Novas Cartas Portuguesas, os textos escritos pelas três autoras – cuja autoria de cada uma nunca foi, até hoje, revelada – abordam temáticas tão diversas como a paixão, a clausura feminina, a escrita, o sentimento de isolamento e abandono, a guerra, fazendo um paralelo inequívoco e crítico da sociedade portuguesa de então. Em 1973, as autoras seriam levadas a julgamento pelo Estado Novo, que prontamente colocou a máquina da censura a trabalhar ao retirar o livro do mercado sob a acusação de este ser "insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública”. O processo judicial das "Três Marias” (nome por que ficaram conhecidas as escritoras), que apenas terminou aquando do 25 de Abril de 1974, teve repercussões políticas e sociais transfronteiriças, tendo sido apelidado, na época, como a primeira causa feminista internacional pela organização norte-americana National Organization for Women (NOW). Em 2022, 50 anos volvidos, Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu trazem as Novas Cartas Portuguesas à cena, a par com documentação histórica da época, pretendendo convocar uma reflexão em torno da memória coletiva de um país, da sua gente e do seu tempo». Saiba mais.
domingo, 17 de abril de 2022
sábado, 16 de abril de 2022
quinta-feira, 14 de abril de 2022
« O LIVRO DOS PRAZERES INÚTEIS»|Este livro ajuda-nos (e aos nossos amigos) a reencontrar as coisas mais simples da vida e a partir em busca do inesperado».
RESUMO
«Um antídoto contra a nossa
vertigem de trabalho e velocidade. Um belo compêndio para quem acha que
perdemos demasiado tempo a perder tempo de vida.
«O objetivo deste livro é provar
que as melhores coisas da vida são realmente de graça. Nos dois últimos séculos,
mais coisa menos coisa, o nosso mundo ocidental acreditou na ilusão de que o
divertimento é um negócio caro. Trabalhamos arduamente em coisas que não
gostamos de fazer a fim de ganhar dinheiro para gastar em algumas das coisas
que gostamos de fazer. Pois bem, o prazer inútil ajuda-o a evitar essa confusão
dispendiosa e o desapontamento. O prazer inútil ajuda-nos a evitar com
elegância todo o clamor, agitação e pressão do mundo.»
E são coisas simples, imateriais
ou não, acessíveis a todos: contemplar nuvens, tomar um banho, dormir uma
sesta, caminhar na praia, observar mapas, ler poemas, subir às árvores,
deambular pelas ruínas, pescar, ver o granizo estatelar-se no passeio ou
assobiar.
Este livro ajuda-nos (e aos
nossos amigos) a reencontrar as coisas mais simples da vida e a partir em busca
do inesperado». +.
terça-feira, 12 de abril de 2022
FILME | «Amantes»
segunda-feira, 11 de abril de 2022
HELENA SACADURA CABRAL |«Amores Imperfeitos»
Amores Imperfeitos reúne mais de cinquenta pequenas histórias, que atravessam várias épocas e lugares, contextos distintos e inúmeras vidas. Muitas foram inspiradas na vida real mas a grande maioria são resultado da imaginação e da criatividade da autora. É a sua obra mais original e surpreendente até ao momento e revela o seu enorme talento narrativo.
Depois de presentear os leitores com algumas das suas vivências e memórias, com pequenas biografias e com títulos dedicados aos temas que marcam a nossa sociedade, Helena Sacadura Cabral regressa agora às livrarias nacionais com um trabalho inesperado e versátil, assente em pequenas ficções. +.
Helena Sacadura Cabral
domingo, 10 de abril de 2022
Queixas de Assédio ignoradas
Ainda no Expresso:
«ASSÉDIO NA FACULDADE DE DIREITO
As denúncias vindas a público esta semana de casos de assédio, sobretudo moral mas também sexual, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, são um assunto da maior relevância. Não só é urgente garantir que não se repetem estas situações, como é preciso esclarecer qual a dimensão das irregularidades que existiam».
quinta-feira, 7 de abril de 2022
quarta-feira, 6 de abril de 2022
AINDA É NOTÍCIA | uma mulher à frente da Getty - Katherine E. Fleming
E do The Art Newspaper: «The most important arts institution in Los Angeles—and most deep-pocketed in the world—will soon have a woman at its helm, and a New York transplant at that. Katherine E. Fleming, currently the provost of New York University (NYU), has been selected as the next president and chief executive of the Getty Trust, the organisation that oversees the J. Paul Getty Museum, Getty Research Institute, Getty Conservation Institute and Getty Foundation, and has an endowment of $9.2bn. (For comparison, as of last summer NYU’s endowment was $5.8bn.)
Fleming will replace James Cuno, who has been the Getty’s leader since 2011 and is retiring this summer; she starts in the role on 1 August. “The mission of the Getty is more vitally important than ever, as environmental degradation and global upheaval threaten the world’s artistic and cultural heritage in unprecedented ways,” she said in a statement. (...)». Continue a ler.
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Entretanto, visitemos o site GETTY. De lá, por exemplo:
segunda-feira, 4 de abril de 2022
Lygia Fagundes Telles
Eleito um dos 50 melhores romances do século XX
A longa carreira de Lygia Fagundes Telles foi marcada pela extensão da sua produção literária e pela atribuição de inúmeros prémios mas foi o prémio Camões, edição 2005, que lhe trouxe o reconhecimento e projecção no seio da literatura universal. O seu primeiro romance, intitulado As Horas Nuas, que a Editorial Presença já publicou, tem realizado uma boa carreira em Portugal, abrindo caminho para que As Meninas alcancem a aceitação dos leitores. Alguns críticos apontam As Meninas como representando a experiência mais alta de Lygia Fagundes Telles como ficcionista, situando-se na primeira linha dos autores modernos. Publicado em 1973, a romancista "surpreendeu o Brasil" com As Meninas. Três jovens universitárias partilham um pensionato de freiras na cidade de São Paulo, nos finais da década de 1960, quando a ditadura militar se impunha na sociedade brasileira. Lorena estuda Direito para seguir carreira; Lia desistiu do curso de Ciências Sociais para fazer a revolução; Ana Clara droga-se, frequenta um psicanalista e pretende juntar-se com um velho rico. Um universo ficcional onde Lygia Fagundes Telles cria realidades complexas, onde instaura um novo realismo e tece um painel satírico da época de 60. Privilegiado é o leitor: assiste à riqueza presente na diversidade de recursos narrativos que Lygia utiliza e deixa-se envolver pelo poder imagético que o enredo cria. Um livro complexo, inquietante, que traduz o domínio perfeito da técnica e expõe de uma forma profunda a essência da condição humana num exercício de escrita brilhante.
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"As Meninas representa a definitiva consagração de Lygia Fagundes Telles como romancista universal, precisamente pela autenticidade da sua radicação brasileira de hoje."
Urbano Tavares Rodrigues
"Que beleza, que força, que matéria viva e lancinante."
Carlos Drummond de Andrade
domingo, 3 de abril de 2022
ESTÁ DECORRER A «TEMPORADA FRANÇA-PORTUGAL 2022» | visite o eixo «Parité inclusion» ...
sábado, 2 de abril de 2022
sexta-feira, 1 de abril de 2022
SIMONE | «(...) terça-feira, o Coliseu em peso aplaudiu esta mulher enorme. Novas e velhas gerações juntas, a cantar, a chorar, a perceber que ali, no palco, está uma mulher livre, única, um pedaço da nossa História»