quinta-feira, 7 de setembro de 2023

DA BIENAL DE SÃO PAULO | «Cardápio do dia: arroz com feijão e arte contemporânea»

 

De lá:

«“Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem”. Talvez você não conheça essa frase, nesses termos, que foi registrada lá em 1500, na “Carta de achamento do Brasil”, chamada também de “Carta de Caminha”, mas provavelmente já ouviu dizer que “no Brasil, em se plantando tudo dá”, uma ideia que é derivada dos dizeres do escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. De lá pra cá, essa máxima de ser o Brasil uma terra de abundância foi repetida muitas vezes, de muitas formas. Mas abundância do quê? E pra quem? Que itens dessa terra capaz de proporcionar tanta fartura chegam na mesa da população? Quantas culturas vão parar no nosso prato? Se a gente pensar na comida cotidiana, alguns dos ingredientes da despensa têm destaque, em especial dois grãos, que vão do famoso prato feito, o “PF”, até preparações requintadas, como os italianos risotos, ou regionais, como os baiões de dois. Isso mesmo, estamos falando deles, dois alimentos versáteis, cheios de sabor e história, e que também foram objetos de reflexão através da arte: o arroz e o feijão. De uma breve história sobre a aparição desses dois ingredientes na mesa do brasileiro, veremos o nascimento dos grãos, transformados, pelas mãos de Anna Maria Maiolino, e de seu diálogo com a abundância agroflorestal no trabalho de Jorge Menna Barreto, em obras que foram expostas em diferentes edições da Bienal – é esse o cardápio de hoje. (...)».



(...)».



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