sexta-feira, 8 de março de 2024

MARIA LAMAS NA GULBENKIAN | Conferência, Conversas/Filme, Exposição | BONS PROGRAMAS PARA HOJE «DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES» | ENTRADAS LIVRES | ACESSOS TAMBÉM ONLINE

 



Todos os dias são bons para recordarmos MARIA LAMAS. Fazê-lo no DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES tem um valor simbólico adicional. Assim, desde logo, destaquemos o que acontece na GULBENKIAN a que se refere a montagem acima. Do que se pode ler no site da FUNDAÇÃO:

«No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Fundação Calouste Gulbenkian realiza o colóquio Sempre mais alto: a criatividade de Maria Lamas, evento associado à exposição As mulheres de Maria Lamas, dedicada à sua obra fotográfica. Esta exposição tem a curadoria de Jorge Calado e mostra, pela primeira vez em Portugal, um conjunto de fotografias que Maria Lamas realizou para o seu livro As mulheres do meu país (1948-1950). 

Nas palavras de Jorge Calado, “Maria Lamas (1893–1983), jornalista e escritora, pedagoga e investigadora, tradutora e fotógrafa, lutadora pelos direitos humanos e cívicos em tempos de ditadura, foi porventura a mais notável mulher portuguesa no século XX. Enquanto perdura uma certa memória da sua afirmação e ação políticas durante o Estado Novo (anos 1930–1960, que a levou à prisão em 1949, 1950–1951 e 1953) e do seu exílio em Paris (1962–1969), a sua obra literária e jornalística está praticamente esquecida. Muito poucos dos seus livros – mais de uma vintena de obras entre poesia, ficção, literatura infantil, antropologia social, tradução – se encontram disponíveis no mercado.”

Com um título composto pelo mote do ex-libris de Maria Lamas – Sempre mais alto –, este colóquio conta com a contribuição de diversos investigadores/as em algumas das áreas em que Maria Lamas atuou ao longo da sua vida.

Na parte da manhã o destaque será dado à dimensão da obra fotográfica, com abordagens que incluem igualmente um testemunho contemporâneo da prática fotográfica e a evocação de uma artista que, como Maria Lamas, foi vítima da perseguição do Estado Novo. Da parte da tarde, as comunicações incidirão sobre as dimensões jornalísticas, literárias e das lutas em prol dos direitos cívicos e das mulheres, em que Maria Lamas se envolveu ao longo da sua vida.

Depois do colóquio será projectado o filme Mulheres do meu país (2020), realizado por Raquel Freire e uma conversa com a realizadora e a responsável pela montagem do filme».

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Quando falamos de Maria Lamas não há como esquecer a sua ligação ao MDM. Assim,  saiba mais no site do Movimento. De lá: «(...)Destaca-se na política integrando as organizações democráticas opositoras ao Estado Novo e à ditadura. Assina as listas de formação do MUD Juvenil, que considera ser o seu primeiro acto político. Integra, no mesmo ano de 1945, o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, no qual vem a assumir a Presidência da Direcção, em 1946. No MUD ocupa também cargos de direcção. Tem uma actividade internacional de grande prestígio. Participa no Congresso fundador da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), em 1946, e representa muitas vezes as mulheres portuguesas nos Congressos da FDIM realizados no estrangeiro, em Congressos Mundiais de Mulheres, e ainda nos Congressos Mundiais da Paz. No ano de 1975, faz a sua última viagem ao estrangeiro para participar como convidada de honra no VII Congresso da FDIM, em Berlim. 
Maria Lamas é uma das fundadoras do MDM, a 1ª signatária da escritura pública da criação deste Movimento. Foi Presidente Honorária do Movimento Democrático de Mulheres desde 1975. Esteve presente no III Encontro Nacional em 1977 e no I Congresso do MDM em 1980. Foi Directora da Revista Mulheres, criada em 1978. (...)».

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