sábado, 19 de abril de 2025

MADELEINE PEREIRA | «Borboleta»

 


SINOPSE

Constantemente trazida de volta às suas origens, o conhecimento de Madeleine sobre Portugal limita-se a Cristiano Ronaldo, piadas xenófobas sobre o Guesh e a língua, mesmo assim, algo que o seu pai lhe transmitiu. Mas este último, chegou a França aos doze anos, recusou-se a vida toda a falar do seu país natal e da sua infância sob a ditadura...
Como resultado, Madeleine mal sabe que Salazar era um ditador e não apenas um bruxo malvado em Harry Potter. Porém Madeleine sente uma necessidade profunda de se reconectar com suas raízes, e se seu pai não quiser ajudar, então ela terá de procurar respostas em outro lugar. Começando pelos muitos amigos, imigrantes portugueses, que têm.
Da região de Paris a Lisboa, Madeleine vai recolhendo as suas histórias de vida. Aos poucos, traça o fio da história de Portugal e, através dele, tenta conhecer mais sobre si mesma. Saiba mais.


quarta-feira, 16 de abril de 2025

BIJAL SHAH |«Biblioterapia _ O poder transformador da leitura»

 


SINOPSE

Baseando-se na sua vasta experiência pessoal, trabalho com clientes e pesquisa aprofundada, Bijal Shah oferece uma abordagem prática para organizar uma lista de leitura que se adapta a cada estado de espírito e ocasião.
Este livro traça a evolução da leitura terapêutica, destacando o papel crucial de escritores influentes, como os estoicos, na popularização desta prática. Através de histórias comoventes de clientes que enfrentaram variados desafios durante a vida, Bijal Shah demonstra como a leitura pode ser uma fonte de conforto e transformação.
Para além de explicar o funcionamento da biblioterapia, Shah fornece uma lista abrangente de livros, de A a Z, para todos os gostos e necessidades incluindo vários títulos de autores portugueses/nacionais, exclusivamente escolhidos e pensados para esta edição. É uma celebração vibrante da leitura, convidando o leitor a ver os livros como uma ferramenta essencial.
Prepare-se para uma viagem enriquecedora que mudará a sua forma de ver a leitura e, possivelmente, a sua vida. Saiba mais.




terça-feira, 15 de abril de 2025

ESTAMOS COM A WBCSD AO CRIAR DISTINÇÕES ESPECIAIS PARA MULHERES NA ESFERA DA LIDERANÇA | o que incluimos nas «discriminações positivas» _ para se mitigar a desigualdade de género que vem de longe de muito longe ...

 

Começa assim:

«Montreux, 2 April 2025: WBCSD is proud to announce the five distinguished recipients of the 2025 Leading Women Awards. This prestigious recognition honors outstanding female leaders who have made significant contributions to advancing corporate sustainability and driving transformation. The awards ceremony was held during WBCSD’s annual Liaison Delegate Meeting in Montreux, Switzerland.   (...)».


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Praticamente ao mesmo tempo que soubemos da noticia acima, tivemos conhecimento desta iniciativa da Ordem do Economistas do nosso País:  


«Decorreu no passado dia 4 de abril, na sede da Ordem dos Economistas, a primeira reunião do Conselho Emérito, que reuniu os economistas distinguidos com o título de Economista Emérito. Este encontro marcou o início de um ciclo de sessões de reflexão que pretendem envolver os membros eméritos na análise de temas estruturantes para a economia e para o papel da profissão na sociedade.
A reunião inaugural decorreu em ambiente reservado, contando com a presença de alguns membros dos órgãos sociais da Ordem com o objetivo de enriquecer o debate e fomentar a troca de ideias.
O tema central escolhido para esta sessão foi: "Transformações na Economia Global: o futuro a curto e médio prazo e o papel dos Economistas". Os participantes partilharam as suas perspetivas e experiências sobre os desafios e oportunidades que se colocam à economia mundial, contribuindo com reflexões valiosas que enriqueceram a discussão.
A sessão contou ainda com a presença do Editor-Chefe do jornal Expresso, João Silvestre, que ajudou a dinamizar o debate.
Pode ler o conteúdo exclusivo do Expresso aqui»
Olhando para as fotografias, tem cabimento usar a expressão «MULHER NÃO ENTRA, OU QUASE».  Doutro prisma, será que as organizações na generalidade têm a preocupação de introduzir a «IGUALDADE E A DIVERSIDADE» no  ADN da sua gestão? Pela nossa parte, pensamos que a ORDEM devia mais do que ninguém  não se desviar desse propósito. E ter ponto de vista sobre o assunto.  Até para se contrariar o que nos chega nos dias que correm da ADMINISTRAÇÃO DOS USA. De entre as muitas notícias sobre o problema: 

E quem sabe o Conselho Emérito  vai reunir para debater esta questão por muitos e muitas considerada CIVILIZACIONAL.


segunda-feira, 14 de abril de 2025

CARLOS VALE FERRAZ (Pseudónimo de Carlos Matos Gomes _ Capitão de Abril _ que acaba de nos deixar) | «A ÚLTIMA VIÚVA DE ÁFRICA»

 



SINOPSE

«Alice Oliveira, nascida e criada no Minho, num meio pobre e sem outros horizontes a não ser o casamento com algum camponês borrachão e a criação de uma enorme e desgraçada prole, ou o trabalho duro nas fábricas locais, cedo tomou as rédeas do seu destino.
Nos anos cinquenta do século passado terá emigrado para o continente africano, pertencendo ao reduzido número de portugueses que permaneceu na antiga colónia belga do Congo após a independência.
Conhecida nesses tempos por Madame X pelas autoridades portuguesas, para quem trabalhava como informadora, e por Kisimbi, a «mãe», pelos mercenários que combatiam em prol da secessão do Catanga, ela permanece uma figura misteriosa, que ganha contornos bem definidos neste romance, A Última Viúva de África, onde se recria o percurso de vida, os motivos, os encontros e desencontros e a rede de contactos que fizeram dela a amante frustrada do continente africano, a viúva branca de um paraíso perdido com a descolonização».

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Esta a nossa  homenagem a Carlos Matos Gomes que acaba de nos deixar: «A todos os amigos e seguidores do meu pai, Carlos Matos Gomes, é com profunda tristeza que informo que faleceu hoje, 13 de Abril, no Hospital Cuf Tejo. Partiu sereno e com musicas de Abril. Direi por aqui todos os pormenores sobre as cerimonias que se seguem.
Grata a todos pelo carinho e admiração que tinham por ele». tirado do facebook.





sábado, 12 de abril de 2025

NA GULBENKIAN | «Paula Rego e Adriana Varejão _ Entre os vossos dentes »

 


«Esta exposição junta duas artistas de diferentes gerações, revisitando o seu trabalho, cruzando os seus temas e revitalizando as suas leituras.
Entre os vossos dentes é o subtítulo da exposição que reúne cerca de 80 obras de duas artistas de grande reconhecimento internacional: Paula Rego (Lisboa, 1935 – Londres, 2022) e Adriana Varejão (Rio de Janeiro, 1964). Citação de um poema de Hilda Hilst, Poemas aos homens do nosso tempo, neste verso podemos desde logo pressentir a natureza crua deste encontro. (...)

O título da exposição foi retirado de «Poemas aos homens do nosso tempo», da poetisa e romancista brasileira Hilda Hilst, escrito em 1974, numa clara alusão ao estado de ditadura em que o Brasil se encontrava mergulhado há já dez anos.
Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra
além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.
— Hilda Hilst, excerto de «Poemas aos homens dos nossos tempos», in Júbilo, memória, noviciado da paixão, 1974

quinta-feira, 10 de abril de 2025

AGORA EM SERRALVES | Zanele Muholi

 




Este post como que continuação do recente «Beleza Valente». Somos sortudos/as, agora em SERRALVES oportunidade para ali olhar e ver trabalho de Zanele Muholi -  ontem abriu esta exposição: 


«INAUGURAÇÃO: 9 ABR | 22h00 | ENTRADA GRATUITA
com DJ SET e Bar aberto


Zanele Muholi, ativista visual e artista da África do Sul, retrata nas suas obras as vidas e experiências de pessoas negras LGBTQIA+ (Lésbica, Gay, Bissexual, Transgénero, Queer, Intersexo, Agénero, Assexual), tanto no seu país natal como em várias partes do mundo. Através da fotografia, e ao longo de vários anos, Muholi tem-se dedicado a dar visibilidade a comunidades frequentemente sub-representadas ou mal compreendidas, revelando as injustiças sociais e políticas a que estão sujeitas. Com uma obra que não deixa ninguém indiferente, é, sem dúvida, uma das figuras mais admiradas da atualidade, tendo participado em inúmeras exposições individuais e coletivas, incluindo bienais de prestígio como as de Veneza e Sidney. Ao colocar as vivências e as lutas das comunidades negras e LGBTQIA+ no centro da sua prática artística, Muholi transcende o simples registo visual ou documental — na realidade, a sua obra questiona, inspira e reivindica o espaço que estas comunidades merecem no panorama global da arte e da sociedade. Além de retratar histórias de luta e resiliência, Muholi serve-se da câmara para criar autorretratos que exploram questões de raça e a força do olhar negro, entre os quais se destaca a célebre série Somnyama Ngonyama (Viva a Leoa Negra), que catapultou a sua obra para o reconhecimento internacional.

A exposição, organizada cronologicamente e estruturada em núcleos temáticos, acompanha o percurso de Muholi desde que começou a sua atuação como ativista, no início de 2000, até à atualidade. Com mais de 200 fotografias, representa a maior retrospetiva da sua trajetória até ao momento e assinala a primeira grande apresentação da sua obra em Portugal. Além de oferecer uma visão abrangente da prática de Muholi, a exposição revisita momentos marcantes da história da África do Sul, desde os anos sombrios do apartheid até à luta contínua pela igualdade e pelos direitos humanos. Em Portugal, onde o legado colonial continua profundamente enraizado na sociedade, esta mostra oferece uma oportunidade única para uma reflexão crítica sobre as implicações históricas e culturais da discriminação e opressão, enquanto nos lembra da urgência de debater questões como a identidade de género e cultural, a memória e a justiça social. (...)». Continue no site de SERRALVES.



quarta-feira, 9 de abril de 2025

«PORTO FEMME»

 





«Beleza Valente»

 


«Zanele Muholi: beleza valente

Artista: Zanele Muholi
Organizadores: Daniele QueirozThyago NogueiraAna Paula Vitorio
Projeto gráfico/Design: Estúdio DaóGiovani CastelucciGuilherme Vieira
Textos: Busi SigasaAll IceDaniele QueirozThyago NogueiraAna Paula VitorioBárbara CopqueCastiel Vitorino BrasileiroFlorestaM. Neelia Jayawardane
Com curadoria de Daniele Queiroz, Thyago Nogueira e Ana Paula Vitorio, Beleza Valente é a primeira exposição antológica de Zanele Muholi no Brasil, oferecendo uma visão única do ativismo visual da fotógrafa e artista sul-africana. Reconhecida internacionalmente, Muholi utiliza suas obras para destacar a beleza e humanidade de pessoas não binárias e da comunidade LGBTQIAPN+, amplificando suas vozes em um contexto de intensa discriminação e violência.
Desde os anos 2000, Muholi tem documentado a luta de sua comunidade, abordando desde as dificuldades enfrentadas por mulheres negras lésbicas e pessoas queer até os momentos de afeto, resistência e empoderamento. Em séries como Faces e Fases (2006-) e Somnyama Ngonyama (2012-), Muholi se afirma visualmente, desafiando estigmas e confrontando a marginalização com imagens poderosas que celebram a vida e a resistência.
O catálogo traz 227 fotografias de Muholi, além de textos de All IceAna Paula VitorioBárbara CopqueBusi SigasaCastiel Vitorino BrasileiroDaniele QueirozflorestaM. Neelia Jayawardane e Thyago Nogueira». Saiba mias.


domingo, 6 de abril de 2025

MULHERES EM DESTAQUE | «Maria Abranches acabou de ganhar um prémio no World Press Photo, na categoria "Europe Stories"»

 


De lá, uma foto da autoria de Maria Abranches:




 E a propósito veja também no jornal Público:«Maria Abranches: “Para todas as Marias”» - Pedimos a vários fotojornalistas, portugueses e estrangeiros, que nos enviassem uma das suas fotografias preferidas. Maria Abranches é a primeira desta série. (...)».


sexta-feira, 4 de abril de 2025

«World Happiness Report 2025»

 


World Happiness Report 2025

In this year’s issue, we focus on the impact of caring and sharing on people’s happiness. Like ‘mercy’ in Shakespeare’s Merchant of Venice, caring is “twice-blessed” – it blesses those who give and those who receive. In this report, we investigate both of these effects: the benefits to the recipients of caring behaviour and the benefits to those who care for others.

Disponível aqui.




quinta-feira, 3 de abril de 2025

TEATRO PARA A INFÂNCIA |«AVENTURAS» _ Este é um espectáculo “proibido a quem não andar constantemente espantado por existir»| NO TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE

 





Este é um espectáculo “proibido a quem não andar constantemente espantado por existir”. A partir de duas obras de ficção com o mesmo título — uma do autor português José Gomes Ferreira e outra do autor flamengo Constant de Kinder —, a companhia Laika, theater van den zinnen e a Prado – Associação Cultural uniram-se para criar uma instalação móvel onde se pode percorrer a história de um João Sem Medo e de um João Medroso. O primeiro, amado pelos leitores portugueses, é um habitante da aldeia Chora-que-logo bebes, um lugar inóspito, “onde as pessoas de tanto chorarem trazem musgo nos olhos e verdete na boca”. Um rapaz que um dia salta o muro que separa a sua aldeia do resto do mundo para encontrar homens sem cabeça, pedras do caminho que abocanham pés saltitantes, ou canibais mágicos que nos transformam em árvores.
O segundo poderia ser o sobejamente conhecido do público de Antuérpia, Um temido João, Duque de Borgonha e Conde da Flandres, caracterizado pela sua bravura (e brutalidade) no campo de batalha, quem sabe ganha à custa de muito medo, ou poderemos ser nós em tantos momentos em que sentimos não ter forças para enfrentar os nossos maiores desafios. Ambos se chamam João Sem Medo. E ambos têm algo de muito sério em comum: desafiam o medo que têm e ganham coragem, seja através da confiança que têm nos seus sentidos e intuições, seja exercitando em pleno o músculo mais forte que temos no corpo: o da imaginação». Saiba mais.



quarta-feira, 2 de abril de 2025

«Anónimos de Abril»


 

Anónimos de Abril

José Fialho Gouveia, Rogério Charraz, Joana Alegre

Um livro / disco

com histórias e canções de amor à Liberdade

Neste livro conta-se e canta-se a história de mulheres e homens que lutaram pela Liberdade, mas cujo nome pouco dirá à maior parte dos portugueses. A ideia nasceu em homenagem a Celeste Caeiro, a mulher “anónima”, que trabalhava num restaurante, e que num gesto ímpar deu cravos à Revolução – oferecendo-lhe assim a designação de Revolução dos Cravos. Como Celeste Caeiro muitas outras figuras abriram caminho à Liberdade na luta contra a ditadura – muitas vezes pagando essa coragem com a própria vida. Os Anónimos de Abril aqui reunidos são os protagonistas das canções a que serviram de inspiração e que podem ser ouvidas por intermédio de um QR Code. Por isso, este livro é também um disco.  Saiba mais.

segunda-feira, 31 de março de 2025

LEMBRAR ISABEL DA NÓBREGA

 


Como se vê pela imagem 
Isabel da Nóbrega  é capa da revista
 «E» do Expresso  desta semana. 
É bom lembrar a escritora.


Se tiver acesso o trabalho na versão online está aqui

Excertos: «(...) João Gaspar Simões foi o segundo J da vida de Isabel da Nóbrega. E foi o primeiro escândalo. O doutor Bastos Gonçalves nunca o aceitou. Quando o casamento acabou e Isabel foi viver com Gaspar Simões, cortou relações com a filha, mantendo com ela uma zanga que duraria cerca de 10 anos. Sob o estigma do abandono do lar, a Justiça também não perdoou Isabel, que apenas podia ver os filhos duas vezes por mês, na casa da avó paterna, Laura, sem nunca poderem ir à rua juntos. Nem a sociedade de Lisboa a desculparia: “Várias vezes viraram-lhe a cara enquanto descia o Chiado”, conta Ana Maria Magalhães. Quem nunca deixou de a perdoar foram os filhos, encantados com aquela mãe “mágica”, como ainda a recordam, apesar das dificuldades por que passaram. José, o mais velho, acabaria por ser mandado estudar em Santo Tirso, Pedro ainda hoje se emociona a falar das restrições judiciais, enquanto Ana Isabel prefere lembrar-se dos percursos que com 9 anos fazia de mãos dadas com a mãe, que, em segredo, a ia esperar à saída do Colégio St. Julian’s, em Carcavelos, e a acompanhava até à estação de comboio. Ou dos encontros à tarde quando saía do Ramalhão, em Sintra, onde era aluna externa, e tomava chá na casa de uma amiga de Isabel da Nóbrega. E se a mãe tudo aos filhos explicou sobre o amor que a invadira, o pai nunca mais falou na primeira e única mulher. Nem com ela voltou a falar, mesmo nas ocasiões especiais, como casamentos e batizados, a que ela nunca faltou, mas sempre em espaços separados do ex-marido. “Ela explicou-nos que gostava de uma pessoa maravilhosa, não nos escondeu nada e nunca julgámos a mãe”, dizem numa só voz. (...)

José era ainda um escritor em potência. Isabel percebe-lhe o talento e não perde tempo, sugerindo que Saramago assuma o suplemento literário de “A Capital”. Estava dado o tiro de partida naquele que seria o seu mais ambicioso projeto: “nobelizar” o José. Em 2009, à pergunta da jornalista da “Tabu”, a escritora não hesita: “Viu que havia Saramago antes de haver Saramago? Ah, vi, isso vi… Quer ele queira, quer não, estou na vida dele assim.” Mas ainda é cedo para balanços, muita paixão havia para se cumprir, antes do desgosto. (...)».

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domingo, 30 de março de 2025

DEVAGAR, DEVAGARINHO, ... | ainda a passo de caracol | MAS BOAS NOTÍCIAS: PELA PRIMEIRA VEZ UMA MULHER PRESIDENTE DO COMITÉ OLIMPICO INTERNACIONAL _ KIRSTY COVENTRY | PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGAL UMA MULHER ÁRBITRA PRINCIPAL NUM JOGO DA I LIGA _ CATARINA CAMPOS

 


NA EXECUTIVA: «Kirsty Coventry, ex-nadadora olímpica do Zimbábue, fez história ao ser nomeada presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), tornando-se a primeira mulher e a primeira africana a ocupar o cargo mais importante do desporto mundial, nos 131 anos de existência da entidade, avança o Euronews. Aos 41 anos, a mais jovem entre os sete candidatos, venceu na primeira ronda das votações, com a maioria absoluta dos votos, tomando posse a 23 de junho, para um mandato de oito anos. Só em 1981, o COI começou a ter representação feminina na assembleia olímpica e, desde então, apenas quatro mulheres lideraram as 43 federações olímpicas. "A menina de nove anos que começou a nadar no Zimbabué, e sonhava com os Jogos Olímpicos, jamais poderia ter imaginado este momento", confessa a nova líder no seu discurso de vitória, citada pelo Globo. "Espero que esta votação seja uma inspiração para muitas pessoas. O teto de vidro foi hoje quebrado e estou plenamente consciente das minhas responsabilidades como modelo a ser seguido." 

Desde muito nova que se destacou na natação, tendo treinado e estudado nos Estados Unidos. O seu currículo impressiona. Conquistou sete medalhas, duas de ouro, nas cinco edições dos Jogos Olímpicos em que participou, e o título de bicampeã olímpica. Despediu-se, em 2016, das competições, com o maior número de medalhas individuais da história olímpica da natação feminina. Soma ainda 14 vitórias nos Jogos Pan-Africanos. A sua dedicação e talento fizeram dela um ícone desportivo em todo o mundo, inspirando gerações de atletas. 

O desporto continuou a fazer parte da sua vida profissional, tendo ocupado posições de liderança desde que se juntou ao COI, em 2013. Chegou à presidência da Comissão de Atletas da entidade, em 2018, o mesmo ano em integrou o governo do seu país, como ministra do Desporto, Juventude, Artes e Recreação, função que terá de abandonar para assumir o novo cargo. A sua eleição promete ser um ponto de viragem e mudança do Comité, com um foco renovado em diversidade, transparência e inovação. O seu empenho na promoção do desporto como instrumento de mudança social e de capacitação é uma das chaves do seu sucesso, tanto como atleta como como líder e governante».


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«“É uma vitória para as mulheres que querem chegar a um patamar mais alto e fazer a diferença. É muito importante que as mulheres também tenham o seu espaço”, sublinhou Mariana Sousa em à agência Lusa, momentos antes do apito inicial para o jogo Casa Pia-Rio Ave, relativo à 27.ª jornada do principal escalão.

A jovem, de 16 anos, disse esperar uma “boa arbitragem, independentemente de ser homem ou mulher”, referindo ainda que é necessário “recordar a diferença que existia entre homens e mulheres” para perceber que hoje em dia vai diminuindo: “E ainda bem”.

A ‘juíza’ da associação de Lisboa, de 39 anos, liderará uma equipa de arbitragem composta ainda por Andreia Sousa e Vanessa Gomes, e vai viver mais um momento para recordar. (...)». Leia na integra.



«MARIA JOANA» | Nuno Ribeiro, Calema, Mariza





sábado, 29 de março de 2025

NA NEWSLETTER ARTE CAPITAL | «A idade e o tempo são categorias de privilégio? Pode ficar surpreendido: Oh sim, são. Pessoalmente, nunca interroguei a idade e o tempo nesta perspetiva. E digo-lhe mais: ambas são categorias de normas sociais que reiteram padrões de opressão e exclusão».

 



Este evento ocorre no âmbito do O XIII Congresso de Pós-Graduação em Estudos de Cultura, que terá lugar na Universidade Católica Portuguesa, de 3 a 4 de abril de 2025, sob o tema "Ecos da Idade: Dinâmicas relacionais num mundo intergeracional". O objetivo será abordar aquilo a que Simone de Beauvoir chamou a “conspiração do silêncio em torno do envelhecimento”, examinando preconceitos e estratégias para ultrapassar as disparidades intergeracionais. Como podemos promover o respeito e a compreensão entre as gerações? Como podemos ultrapassar as diferenças geracionais para promover a inovação social e a resiliência? De que forma é que as diferenças geracionais representam desafios e oportunidades para a coesão social? Daqui



sexta-feira, 28 de março de 2025

«ON FALLING« | um filme de Laura Carreira



Após a sua exibição em prestigiados festivais internacionais, como Toronto e San Sebastián – onde recebeu a Concha de Prata para Melhor Realizadora – e o BFI London Film Festival, onde foi distinguido com o Prémio de Realizadora Revelação, ON FALLING, a primeira longa-metragem de Laura Carreira, estreia nos cinemas do Reino Unido e da Irlanda a 7 de março, em cerca de 50 salas. Seguem-se a Holanda e Portugal, a 27 de março, com exibição em aproximadamente 20 salas de cinema, e depois a Bélgica, em abril, assim como a Grécia, Espanha, França e Japão, entre outros países.
ON FALLING acompanha a jornada de Aurora (Joana Santos), uma jovem portuguesa emigrada na Escócia, a trabalhar num armazém de comércio eletrónico em Glasgow. Entre longos turnos e um quotidiano marcado pela instabilidade, a protagonista vê-se confrontada com desafios que colocam à prova a sua resiliência. Trata-se de um retrato subtil e intimista sobre a precariedade, o isolamento e a procura de um propósito num mundo em constante movimento.
Com uma abordagem cinematográfica realista e uma interpretação marcante de Joana Santos, ON FALLING apresenta uma representação íntima e detalhada da alienação e dos desafios financeiros enfrentados por muitos trabalhadores no mundo contemporâneo, cuja realidade precária é explorada com sensibilidade e profundidade. O filme tem sido amplamente elogiado pela crítica internacional. Saiba mais.




segunda-feira, 24 de março de 2025

LUISA CARNÉS |«Tea Rooms _ Mulheres Trabalhadoras»

 


«dez horas 

cansaço

três pesetas

Madrid, anos 30. Prenúncios de guerra civil ecoam na cidade e, num distinto salão de chá, cruzam-se senhoras chiques, boémios, velhos habitués. Entre o brilho dos lustres e vistosas bandejas de bolos, nada escapa ao olhar da jovem empregada Matilde: o trabalho árduo e sempre em risco, o autoritarismo dos da mó de cima, conversas frívolas, sonhos e dramas. Quando a agitação cresce nas ruas, Matilde dá voz às interrogações das colegas: devem juntar-se aos descontentes? Que preço teriam de pagar? E o que significa ser mulher neste mundo em convulsão? Romance coral, ardentemente político, TEA ROOMS (1934) é o despertar de uma consciência social e um retrato das mulheres trabalhadoras no início do século XX que se revela espantosa e tristemente actual».
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