Este post como que continuação do recente «Beleza Valente». Somos sortudos/as, agora em SERRALVES oportunidade para ali olhar e ver trabalho de Zanele Muholi - ontem abriu esta exposição:
«INAUGURAÇÃO: 9 ABR | 22h00 | ENTRADA GRATUITA
com DJ SET e Bar aberto
Zanele Muholi, ativista visual e artista da África do Sul, retrata nas suas obras as vidas e experiências de pessoas negras LGBTQIA+ (Lésbica, Gay, Bissexual, Transgénero, Queer, Intersexo, Agénero, Assexual), tanto no seu país natal como em várias partes do mundo. Através da fotografia, e ao longo de vários anos, Muholi tem-se dedicado a dar visibilidade a comunidades frequentemente sub-representadas ou mal compreendidas, revelando as injustiças sociais e políticas a que estão sujeitas. Com uma obra que não deixa ninguém indiferente, é, sem dúvida, uma das figuras mais admiradas da atualidade, tendo participado em inúmeras exposições individuais e coletivas, incluindo bienais de prestígio como as de Veneza e Sidney. Ao colocar as vivências e as lutas das comunidades negras e LGBTQIA+ no centro da sua prática artística, Muholi transcende o simples registo visual ou documental — na realidade, a sua obra questiona, inspira e reivindica o espaço que estas comunidades merecem no panorama global da arte e da sociedade. Além de retratar histórias de luta e resiliência, Muholi serve-se da câmara para criar autorretratos que exploram questões de raça e a força do olhar negro, entre os quais se destaca a célebre série Somnyama Ngonyama (Viva a Leoa Negra), que catapultou a sua obra para o reconhecimento internacional.
A exposição, organizada cronologicamente e estruturada em núcleos temáticos, acompanha o percurso de Muholi desde que começou a sua atuação como ativista, no início de 2000, até à atualidade. Com mais de 200 fotografias, representa a maior retrospetiva da sua trajetória até ao momento e assinala a primeira grande apresentação da sua obra em Portugal. Além de oferecer uma visão abrangente da prática de Muholi, a exposição revisita momentos marcantes da história da África do Sul, desde os anos sombrios do apartheid até à luta contínua pela igualdade e pelos direitos humanos. Em Portugal, onde o legado colonial continua profundamente enraizado na sociedade, esta mostra oferece uma oportunidade única para uma reflexão crítica sobre as implicações históricas e culturais da discriminação e opressão, enquanto nos lembra da urgência de debater questões como a identidade de género e cultural, a memória e a justiça social. (...)». Continue no site de SERRALVES.
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