Jornal Avante | 29 ABR 2021
«Vivian Maier (1926-2009) trabalhou como ama durante mais de quatro décadas a partir do início dos anos 50 do século XX. Passou a vida inteira despercebida até à recente descoberta da sua obra fotográfica (em 2007): um trabalho colossal composto por mais de 120 000 negativos, filmes em Super 8 e 16 mm, várias gravações, fotografias diversas, e uma multitude de filmes por revelar. Embora ainda não tenha havido tempo suficiente para comparar as diferentes análises académicas e críticas desta obra, parece apropriado apresentar uma selecção não exaustiva, contudo representativa, das imagens da fotógrafa. Esta primeira apresentação oferece um vislumbre da visão requintada e da subtileza com que Vivian Maier se apropriou da linguagem visual da sua época». Saiba mais.
«(…)For over 25
years, governments and civil society organizations around the world have been
using gender[1]responsive budgeting (GRB)
as a tool to promote gender equality. Debbie Budlender describes GRB as the
“technical task of investigating to what extent the government budget provided
the resources to implement gender-responsive policies and programs.”3 GRB has
been used for awareness raising; management and accountability purposes,
including identifying and tracking gender-related spending; impact evaluation;
and ultimately, to improve planning and implementation. The purpose of this
study is to help accelerate progress toward more effective ways of integrating
(“double mainstreaming”) gender equality and climate change considerations as
equally important imperatives in public financial management. This study
presents findings from exploratory research in two countries that are attempting
gender-responsive climate change budgeting (GR-CCB) to various degrees and with
different approaches: Bangladesh and Mexico».
"Éramos jovens e queríamos um mundo melhor, num Portugal onde grassava a miséria, dominado por um pequeno grupo de grandes financeiros, monopolistas e latifundiários. Éramos jovens e queríamos a liberdade, pois abafávamos num Portugal dominado por todos os medos: a censura omnipresente cortava notícias dos jornais, impedia peças de teatro, proibia a publicação de livros pela grelha estreita de um índex tão feroz quanto o da velha Inquisição; a polícia política era uma sinistra aranha que, desde o covil das torturas na rua António Maria Cardoso em Lisboa e na rua do Heroísmo, no Porto, estendia a sua teia pelas cidades e aldeias, pelas fábricas e empresas, as escolas e os quarteis, alargando-se por uma rede de informadores e bufos que eram os seus olhos e ouvidos: a PIDE podia prender, torturar e matar impunemente e tinha ainda uma outra arma mais discreta e não menos eficaz, tirar o pão ao adversário.
A muitos pode parecer longínquo e estrangeiro esse país em que eles - resistentes clandestinos e não clandestinos, militantes e amigos - tiveram que viver, e no qual escolheram lutar em condições que hoje nenhum de nós tem de suportar. O passado é um país estrangeiro, escreveu L. P. Hartley, numa frase frequentemente citada a propósito da crescente incapacidade das sucessivas gerações em inscrever o passado nas suas vidas - e sobretudo os passados que, como os dos resistentes clandestinos comunistas, dificilmente encaixam nas narrativas hegemónicas sobre a origem da democracia, e sobretudo sobre como se a defende e pratica. Para que esse passado seja inscrito nas nossas vidas, não temos outro remédio senão o de nos empenharmos na luta pela memória da resistência. (…) Neste caso, Margarida Tengarrinha procura resgatar do esquecimento e homenagear as "pessoas que, com maior ou menor relevo, conduziram e estiveram no topo de momentos capitais da vida política, ou participaram neles de forma anónima, obscura, sem deixar os nomes gravados na história, mas cuja ação foi fundamental no derrubamento do fascismo".
[Do Prefácio de Manuel Loff]". +.
«From the 1960s, Don McCullin (b.1935) forged a career as one of the world's leading photographers of conflict. He has spent his life covering war, famine and displacement around the world. His unforgettable and sometimes harrowing images are accompanied by his brutally honest commentaries of the atrocities he witnessed.
When at home, McCullin often turned his attention to the lives of people in Britain that had been left impoverished by policies of deindustrialisation. The exhibition will feature images depicting life and industrial scenes in Liverpool and other northern towns and cities during the 1960s and 70s. McCullin saw similarities between the lives of the people he photographed and his own childhood.
As a respite from conflict and suffering, McCullin has an interest in landscape photography. Visitors will be able to see images of his home county, Somerset.
Every photograph in this exhibition has been printed by McCullin himself. He is an expert printer, working in his darkroom at home, returning time and time again to produce the best possible results. In doing so, he revisits painful memories of his assignments; of people and places that are impossible to forget.(...)»
SINOPSE
«Sempre
acreditei que escrevia sobre homens. Antes de me aperceber que só
escrevo sobre mulheres. Sobre o facto de ser uma. Escrever acerca de
prostitutas que são pagas para serem mulheres, que são, de facto,
mulheres, que são tão-só isso; escrever sobre a nudez absoluta desta
condição é como examinar o meu sexo ao microscópio. Sinto o mesmo
fascínio que um laboratorista a contemplar as células essenciais a
qualquer forma de vida.»
Em A Casa,
Emma Becker descreve a vida no bordel berlinense onde, durante dois
anos e meio, sob o pseudónimo de Justine, nome da famosa personagem de
Sade, decidiu vender o seu corpo para tentar compreender o mundo da
prostituição, as mulheres que nele trabalham e os homens que a ele
recorrem.
Retrato da sua vida sexual e amorosa durante esta experiência, das suas companheiras e dos bastidores deste mundo proibido, A Casa é
um romance que transborda as paredes do bordel. Mais do que uma
história sobre as mulheres desta casa, é sobre o modo como estas veem o
mundo, sobre os homens que pagam os seus serviços, sobre os seus
desejos, os seus limites, as suas armadilhas, e, acima de tudo, sobre
todos os desejos que nos fazem tremer. Saiba mais.
«Qual é hoje o retrato da condição feminina no país? Através das histórias de vida de oito mulheres, este novo documentário revela o caminho percorrido pelas mulheres em Portugal nos últimos 40 anos.
Em dois episódios, um olhar sobre avanços e conquistas, mas também sobre as desigualdades que se mantém: profissionais e salariais, o trabalho não pago ou a violência doméstica.
Um retrato das mulheres em Portugal em 2021 e do futuro que queremos construir. Uma co-produção da Fundação com a RTP, com narração de Carlos Daniel».
Habitação a preços incomportáveis, salários no limiar da sobrevivência, saúde privatizada, educação pública negligenciada, horários laborais exigentes, alterações climáticas com consequências catastróficas. A crise que vivemos hoje é transversal a toda a sociedade e os seus efeitos - políticos, sociais e ambientais - têm um impacto brutal e imediato na vida de 99% da população, com particular gravidade para as mulheres.
No entanto, a actual agenda feminista, em vez de difundir medidas verdadeiramente emancipadoras para todas as mulheres, tem preferido concentrar-se na obtenção de maior representatividade das mulheres nos quadros das grandes empresas, reclamando ainda mais poder e vantagem para uma minoria elitista e acomodada. Para resolver uma crise global, não podemos deter-nos nos problemas de apenas 1% da população.
É, por isso, urgente um novo feminismo. Este manifesto tem por objectivo resgatar o verdadeiro propósito das lutas feministas e orientá-las para uma reorganização total da sociedade que beneficie, de facto, a maioria da população.
Porque as mulheres estão na linha da frente dos efeitos devastadores das alterações climáticas, da austeridade, da gentrificação, da exploração laboral, da exaustão de recursos, da financeirização e da privatização das infraestruturas sociais, este é um manifesto em defesa das vidas dos 99%: um manifesto feminista.
Por uma sociedade que coloque as pessoas no topo da sua lista de prioridades, Feminismo para os 99% - um manifesto é uma leitura obrigatória na luta por um mundo melhor e mais justo. +.
«(...)
The Vision & Justice Project is rooted in education and is dedicated to examining art’s central role in understanding the relationship between race and citizenship in the United States. The intention of the Tribute is to explore this examination and expand the reach of the Vision & Justice Project, in order to give potential new audiences access to a visual literacy that could change the way they see the world.
Over 50 galleries, participating in Frieze New York and Frieze Viewing Room, and institutions have pledged their support and will respond to the tribute. The response will take the format of digital conversations, artworks, institutional contributions and special events. As a starting point, participants were asked the question: ‘How are the arts responsible for disrupting, complicating, or shifting narratives of visual representation in the public realm?’ (...)».
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Ainda a propósito, ao mesmo tempo clarificando e densificando:
«O mundo laboral ainda guarda muitos preconceitos de género. As mulheres têm menores probabilidades de serem reconhecidas pelo seu trabalho, tendem a receber salários mais baixos e é menos provável serem promovidas, sobretudo, para cargos relevantes ou de liderança, em comparação com os seus colegas homens. Os preconceitos inconscientes e as assunções negativas estão contra si. Como mulher, como pode quebrar barreiras e retirar maior proveito da sua carreira? O Guia HBR - As Mulheres e o Trabalho vai ajudá-la a identificar e ultrapassar os fatores que a estão a retrair». Saiba mais.
«O Museu do Holocausto, tutelado por membros da Comunidade Judaica do Porto, cujos pais, avós e familiares foram vítimas dos nazis na Segunda Guerra Mundial, abre esta segunda-feira ao público e tem entradas gratuitas até Junho». Continue a ler no jornal Público.
«El mes de abril estrena directo de #HacerLaCompraCon Carrefour y nuestra experta Boticaria García. Este mes vamos a poner a examen el NutriScore, el conocido semáforo nutricional que clasifica los alimentos según letras y colores.
¿De qué hablaremos?
Podrás seguirnos el jueves 8 de abril a las 21.00 horas en nuestro canal de Youtube» Saiba Mais: das «NO SOY SUPERWOMAN NI QUIERO SERLO».
«Imagine um mundo onde os telemóveis são demasiado grandes para as suas mãos. Onde os médicos prescrevem medicamentos errados para o seu corpo. Onde, num acidente de automóvel, tem mais 47% de probabilidade de sofrer ferimentos graves. Onde, em cada semana, as suas incontáveis horas de trabalho não são reconhecidas nem valorizadas. Se isto lhe parece familiar, há grandes hipóteses de ser uma mulher.
Mulheres Invisíveis mostra-nos como um mundo largamente construído por e para homens ignora sistematicamente metade da população. Estas páginas expõem o preconceito de género que está na raiz da discriminação que afeta diariamente a vida das mulheres». +.
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