domingo, 12 de junho de 2022

ORDEM DOS ECONOMISTAS | a caminho da conferência «Mulheres e Homens no mercado de trabalho» | 23 JUNHO 2022 | ISEG | LISBOA

 

«Dando seguimento ao Plano de Atividades para 2022, no próximo dias 23 de junho terá lugar a Conferência da Ordem dos Economistas sobre “Mulheres e Homens no mercado de trabalho”, a realizar no ISEG – Lisbon School of Economics and Management (Auditório Caixa Geral de Depósitos)». Saiba mais.



O simples facto de esta conferência se realizar é só por si significativo: atribuimos-lhe importância conjuntural e a prazo. E até peso simbólico. Para já,  antes de se prosseguir como que uma declaração de interesses: sou economista; pertenço à Ordem dos Economistas; apoiei a Lista ganhadora nas recentes eleições e a questão da igualdade entre homens e mulheres economistas estava lá (como aliás divulgámos neste blogue);  por acaso sou formada pelo ISEG, local onde a iniciativa vai ter lugar. O EM CADA ROSTO IGUALDADE versa as matérias previstas e por isso aqui estamos com a conferência a que se referem as imagens. Do processo eleitoral antes mencionado recordemos:


De forma natural, lembremos também que a lista B (a vencedora) fixou para os primeiros 12 meses (a decorrerem) «instituir um grupo de trabalho para a igualdade de género na profissão envolvendo os conselhos da especialidade». A nosso ver isto é aconselhável, parece processo adequado: a questão tem de ser espalhada, entrar no ADN da Ordem, estar em todo o lado e não considerada ao lado, ou seja, há que semear o  «gender mainstreaming». Para a Ordem, entendida nas suas globalidades,  o que em dado momento foi registado para a Administração Pública (com as devidas adaptações como se costuma dizer):Pretende-se que se verifique «em todas as áreas de ação governativa e em todas as fases do processo de decisão política. Por isso, a integração da dimensão da igualdade de género deve tornar-se um reflexo automático e permanente de todas as pessoas que trabalham na Administração Pública e influenciar todas as suas decisões e práticas». Mas para isso não chega «decretar», é preciso uma intervenção permanente, continuada e sistemática,  e admitimos que haja  um aparato organizacional a ser implementado com a mudança decorrente das eleições  que exige o seu tempo, e é avisado que não se espere pela perfeição para se começar. Indo ao concreto, saudam-se as iniciativas - como a CONFERÊNCIA aqui em causa - mesmo que nem tudo esteja perfeito. Ainda: prefigura-se que uma conferência destas terá cabimento qualquer que venha a ser o sistema futuro  para esta frente de trabalho. E favorecerá o élan necessário para as transformações nestes dominios a agitar pela Ordem dos Economistas numa perspectiva estruturante - com identidade -  que terá obrigação de fazer melhor do que ninguém.

Olhando para o que está previsto para a conferência assinalemos desde logo: parece ser iniciativa com finalidades e objetivos em aberto, e ainda  bem, porque «homens e mulheres no mercado do trabalho» é um mundo ..., embora se possa depreender que está insinuada a «desigualdade» que afecta as mulheres de que se parte; e será interessante ver como os homens abordam o assunto. É claro que seria fundamental ter-se dados e informação de qualidade pública que sustentassem discurso articulado global da Ordem, (e de outros), quiçá instituccional, mas não temos. Eventualmente teremos que nos contentar com opiniões,  realidades particulares, e conhecimento parcelar - mas venha tudo isso!

Outra dimensão que à partida nos seduz na conferência - ou será que estamos a ver o que desejamos?  -  é deduzirmos, dada a generalidade dos participantes nos painéis,  que «as organizações» vão estar no centro. Vendo bem, é lá que tudo acontece. E temos de lembrar que as organizações são todas iguais e todas diferentes e que a prática já nos mostrou que medidas iguais para todas provocam reações contrárias ao desejado. Veja-se a questão da linguagem na comunicação... Facilmente se aceita que, por exemplo, possa haver recomendações conforme os setores. E vem a propósito o post recente  DOS OUTROS | IRLANDA | «The Arts Council’s Equality, Diversity and Inclusion Toolkit provides tools, templates and other relevant resources to support the sector to reflect on how they might approach Equality, Diversity and Inclusion (EDI)». A força da cultura e da arte, quando menos se espera ...

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Bom, este post já está comprido demais, por agora fiquemos por aqui, mas a propósito da CONFERÊNCIA  a ela voltaremos certamente, talvez ainda antes do dia 23, e com certeza depois...

  


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