segunda-feira, 4 de julho de 2022

NA CINEMATECA|«Solveig Nordlund-Um Percurso Singular»

 


«Segunda parte da retrospetiva dedicada à obra de Solveig Nordlund. Em julho, destacamos os vários títulos da sua filmografia que estavam inéditos na Cinemateca como IN TRANSIT – JOSÉ PEDRO CROFT, O MEU OUTRO PAÍS, SOU AUTOR DO NOME MIA COUTO, os seus episódios de três séries para a RTP (NÓS POR ELES; NÓS POR ELAS e CONVERSAS DE CABELEIREIRO) e as duas curtas-metragens de produção sueca MENNAMINNE e RESAN TILL ORION. Na conclusão deste programa, merece obviamente uma especial chamada de atenção a apresentação de mais quatro das suas longas-metragens de ficção. COMÉDIA INFANTIL (1998) é, provavelmente, o filme de Solveig Nordlund mais visto e que mais êxito teve. Uma adaptação do livro de Henning Mankel, sobre a história de um rapaz que, depois de ver a sua aldeia destruída pela guerra, foge para Maputo, APARELHO VOADOR A BAIXA ALTITUDE (2001) é a adaptação extremamente eficaz e engenhosa de um conto de ficção científica de J. G. Ballard. A FILHA (2003) é um filme feito e pensado para os seus atores. Situações extremas e ambíguas, brincadeiras perigosas que exigem uma entrega total por parte de quem dá, não só a cara, mas também o corpo. E nesse aspeto quer Nuno Melo quer Joana Bárcia são inexcedíveis. A MORTE DE CARLOS GARDEL (2011), apesar de ser também uma adaptação de uma obra literária (o romance homónimo de António Lobo Antunes), será, porventura o mais autobiográfico dos seus filmes. O Ciclo encerra com uma conversa com Solveig Nordlund sobre o seu percurso e com a exibição do seu primeiro filme a solo, a curta-metragem NEM PÁSSARO NEM PEIXE, ficção que retrata a desilusão de uma certa esquerda, pós-Maio de 68, com o rumo dos acontecimentos em Portugal a seguir ao 25 de Novembro de 1975, o qual será apresentado numa nova versão digital.
Como dissemos na apresentação deste programa em junho, por tudo o que já realizou em cinema, seja ficção (de maior ou menor duração) ou documentário, em Portugal ou na Suécia, a obra de Solveig Nordlund tem uma amplitude e uma riqueza que vale bem a sua (re)descoberta. Será publicado um catálogo». Saiba mais.




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