sexta-feira, 22 de julho de 2022

GLOBAL GENDER GAP REPORT 2022 |«Com o ritmo atual, as disparidades globais de género precisam de 132 anos para acabar»

 


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A leitura feita pela agência EFE: «No seu relatório sobre as lacunas de género, que a instituição organizadora do Fórum de Davos prepara anualmente há 16 anos, indica-se que nos últimos 12 meses houve um ligeiro avanço face aos 136 anos calculados em 2021, o que, no entanto, não compensa os percalços ocorridos nos dois primeiros anos da pandemia.

O índice global de disparidade de género, no qual uma percentagem de 100% significaria paridade total entre géneros e 0% seria disparidade completa, ficou em 68,1% em 2022.

O âmbito da participação política (deputados, ministros e chefes de Estado segundo o género) é onde a diferença é maior (22%), o que significa que a presença dos homens é quase quatro vezes superior à das mulheres ao nível mundial, um problema que no ritmo atual levará 155 anos para ser resolvido.

Na participação económica (igualdade salarial, presença na população ativa, trabalhadores especializados...) o índice também é relativamente baixo, de 60,3%, e o Fórum Económico Mundial calcula que faltam 151 anos para a paridade ser alcançada.

Já o campo educacional (índices de alfabetização e escolaridade, entre outros) está mais próximo da paridade, com um subíndice de 94,4%, embora o relatório calcule que ainda faltam 22 anos para que esta seja uma realidade.

Por último, no que diz respeito à saúde e sobrevivência (expectativa de vida e percentagens de homens e mulheres ao nascer) a taxa é a mais elevada (95,8%) e, portanto, a diferença é menor, embora o relatório alerte que neste domínio tem havido um retrocesso geral que poderá levar a uma reversão.

"Corremos o risco de desandar o caminho das últimas décadas de forma permanente e perder os retornos económicos futuros da diversidade", disse a diretora-geral do Fórum Económico Mundial, Saadia Zahidi, ao apresentar o relatório.

O estudo elabora, como todos os anos, uma classificação dos países mais e menos iguais, na qual a Islândia é a primeira classificada pelo décimo terceiro ano consecutivo, seguida desta vez por Finlândia, Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Ruanda e Nicarágua.

Por outro lado, o ranking de 146 Estados tem a República Democrática do Congo, Paquistão e Afeganistão como destaques negativos na parte de baixo».



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