sexta-feira, 26 de agosto de 2022

«Foi a única mulher entre os que conceberam a Academia Brasileira de Letras, mas nunca chegou a sentar-se na cadeira dos “imortais” por ser mulher. Liberal, revolucionária, abolicionista, defensora dos direitos femininos, Júlia Lopes de Almeida escreveu pelos menos um romance imperdível: A Falência»





Começa assim (retirado da edição impressa):




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Sinopse

«Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo — como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos!»

Francisco Teodoro é um homem ambicioso à frente de um florescente negócio de exportação de café. Na busca de protagonizar um quadro social ideal, casa com a bela Camila, jovem de origens humildes, para com ela constituir família. Com o passar dos anos, a paixão de Teodoro continuará a ser o dinheiro; a de Camila, o dr. Gervásio. Acomodada ao conforto que o marido lhe providencia, mas totalmente alheia aos negócios do mesmo, é apanhada de surpresa, quando, num revés do destino, a fortuna se eclipsa. 

Considerado um dos romances brasileiros mais emblemáticos do final do século XIX, A Falência expõe a decadência económica e moral de uma burguesia urbana hipócrita, dominada pelo machismo e incapaz de superar a sua dependência das estruturas esclavagistas que acabavam de ser abolidas. Uma obra lúcida e sagaz de Júlia Lopes de Almeida, ícone do modernismo brasileiro. 

Introdução de Alva Martinez Teixeiro - Saiba mais.


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