«Por que razão, de tantos novos títulos de poesia (ela existe com força,
mesmo que se não fale dela) publicados este ano, eu destaco Mulher ao mar e corsárias de Margarida
Vale de Gato, Adriano de
Tatiana Faia e Não Desfazendo de
Rita Taborda Duarte? Não posso dizer que sejam em absoluto os melhores livros
de poesia que li este ano, apenas sinto (crítica impressionista, no seu
pior...) que neles se veicula uma nova linguagem para a nossa poesia e um novo
posicionamento para a figura do poeta.
O mais interessante é verificarmos que estas poetas não vieram romper barulhentamente com linguagens e gestos passados, elas vêm simplesmente afirmar o novo e olhar para o passado a partir desse novo, mas com um olhar tranquilo, que não precisa de matar pai e mãe e chamar-se a si próprio de maldito para afirmar o seu brilho e a sua originalidade».
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