Sobre o Festival de um trabalho de Jorge Leitão Ramos no semanário Expresso desta semana: «(...)Idêntica expectativa rodeia o regresso de Jane Campion ao Lido onde não tem filme seu desde o século passado. Leva consigo um drama sentimental num rancho australiano protagonizado por Benedict Cumberbatch e é a mais notória cineasta feminina na secção competitiva Venezia 78. Outras há: a estreante nova-iorquina Maggie Gyllenhaal que inflete o seu bem-sucedido caminho como atriz para mergulhar na realização, com “The Lost Daughter”, baseado na novela homónima de Elena Ferrante; a franco-libanesa Audrey Diwan, com “L’Événement”, um filme centrado num caso de aborto clandestino, no tempo em que era ilegal em França; a russa Natasha Merkulova que, com Aleksey Chupov (seu habitual parceiro no cinema e na vida), assina “Kapitan Volkonogov bezhal” regresso a um dos momentos mais negros da URSS e do comunismo internacional, os processos de Moscovo de 1938; e a britânica Ana Lily Amirpour que, com “Mona Lisa and the Blood Moon”, retorna a um festival onde deixou impressionante memória, em 2016, com “The Bad Batch — Terra Sem Lei” (e, neste caso, ‘impressionante’ não é um qualificativo com ressonância favorável). Veremos se a história de uma rapariga com estranhos poderes que foge de um manicómio e vagueia pelos lugares de prazer de Nova Orleães está na mesma linha. Verifica-se, assim, que quase 25% de Venezia 78 são ocupados por filmes de mulheres, o que não preenche a almejada paridade que sempre está no cômputo mental destes dias. Mas a realidade é o que é e o próprio diretor artístico do festival, Alberto Barbera, considera que a pandemia foi particularmente severa a limitar cineastas femininas de filmar (...)». Saiba mais no site oficial.
Ainda, mais este «detalhe»:
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