Cá estamos, uma vez mais, a constatar a desigualdade salarial. Por todos os lados, neste dia, lembram-nos o problema. Nomeadamente com estudos - a dizerem-nos o que todos sabemos «a olho». Mas venham eles, sempre. De forma permanente, continuada e sistemática. Até porque é de reparar que há estudiosos/as que nos alertam para défices de dados e informação, assinalando falta de transparência. Quanto a soluções, bem vistas as coisas, continuamos com as mesmas. E contudo basta googlar para vermos como o problema está identificado e com diagnóstico. Já a prescrição, ... Vamos a factos, qualquer pessoa pode verificar que não faltam Orgãos e Organismos para a Igualdade, Observatórios, Comissões, Grupos, Unidades orgânicas aqui e acolá, Estudos, Projetos, Fontes de financiamento, Iniciativas de massas, Espetáculos, Exposições, Livros, Filmes ... Tudo atomizado. E nem nos podemos queixar de ausência de visibilidade da «temática» (palavra hoje tão usada) pela comunicação social. E como é profusamente assinalado em diferentes sedes e por intervenientes vários, não falta legislação. E até há consenso quanto ao facto de que «já estivemos pior». É verdade, temos avançado, a passo de caracol. Dá ideia que nos resta ficar chocados com a desigualdade entre homens e mulheres que persiste. No que hoje o dia nos convoca, com a disparidade salarial. Qual fatalismo. É claro que não nos podemos resignar.
Neste quadro a pergunta que a nosso ver se impõe: então, onde é que estamos a falhar? O que temos de mudar? Onde podemos e devemos inovar? Sumarizando, o que fazer que ainda não foi feito.
Pela nosso lado insistimos que a questão da IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES seja parte integrante dos PLANOS E RELATÓRIOS DAS ORGANIZÇÕES. Insistimos: as ORGANIZAÇÕES - quaisquer elas sejam - no centro. A Igualdade no âmago da GESTÃO. A Igualdade nas ESTRATÉGIAS. Como nos pede o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. E até podemos dispensar os documentos específicos - mas podem, naturalmente, complementar, densificar - se concluirmos que tal apenas favorece a IGUALDADE como coisa à parte, quando queremos que esteja em toda a parte. No ADN.
Dado o foco deste blogue - A CULTURA E AS ARTES - tudo o que acabamos de escrever pode ser amplamente exemplificado com o SETOR. Em especial, quanto a SALÁRIOS alguém nos pode dizer qual é a situação? E qual a ESTRATÉGIA para beneficiarmos da FORÇA DA CULTURA E DAS ARTES para a IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES. Talvez, melhor, para a IGUALDADE DE GÉNERO. Sem prejuízo, antes pelo contrário, de reconhecermos o esforço dos agentes culturais que nos proporcionam a OFERTA que vamos tendo quantas das vezes com salários miseráveis ou mesmo fazendo gratuitamente . Já agora, será que o MINISTÉRIO DA CULTURA nos poderia fornecer AGENDA CULTURAL PARA A IGUALDADE? Arrumada, atrativa, e gratuita. Profissional e de qualidade.
Desejando que não seja apenas «adorno», este pequeno mosaico:
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