quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

«A COLÓNIA» | «Durante duas semanas, 18 crianças entre os 3 e os 14 anos, marcadas pela prisão dos pais e com um passado de clandestinidade e solidão, aprenderam pela primeira vez a brincar em conjunto e em liberdade»| ESTREIA HOJE | CULTURGEST |LISBOA

 



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O encenador e realizador falou à agência Lusa antes da estreia da peça na Culturgest, em Lisboa, que conta com presença e testemunhos de filhos de opositores da ditadura. Leia aqui

Excerto: «(...)A reportagem centra-se em duas semanas, entre julho e agosto de 1972, numa colónia de férias criada nas Caldas da Rainha, onde 18 crianças, “brutalmente marcadas pela prisão dos pais e com um passado de clandestinidade, sofrimento e solidão, aprenderam, pela primeira vez, a brincar e a ser livres”, escreveu a jornalista na reportagem.

Na base da criação da colónia esteve a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, criada em 31 de dezembro de 1969, por um grupo de cidadãos que pretendia responsabilizar o governo e alertar a opinião pública portuguesa e internacional para a reiterada violação de direitos e liberdades fundamentais, pela PIDE/DGS, que prendia e torturava pessoas pelo simples crime de delito de pensamento.

O engenheiro e antigo presidente do Centro Católico Português, Francisco Lino Neto, o padre José da Felicidade Alves, o professor universitário Luís Lindley Cintra, a ilustradora Maria Keil, o jornalista Raul Rego, as escritoras Ilse Losa e Sophia de Mello Breyner Andresen, o ator Rogério Paulo e o engenheiro agrónomo Henrique de Barros, futuro presidente da Assembleia Constituinte, entre outros, faziam parte da Comissão que, com a Amnistia Internacional recém-criada, reuniu 18 crianças na colónia de férias naquela cidade da Região Oeste.

Na colónia trabalharam alguns católicos progressistas, como Catalina Pestana, que viria a ser provedora da Casa Pia, Felicidade Alves e Conceição Lopes, ex-monitora que entra na peça de Marco Martins. (...)».



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