quinta-feira, 19 de junho de 2025

NA ORGÂNICA DO GOVERNO ONDE ESTÁ A «IGUALDADE»?

 





Para não se pensar que estamos com interrogações descabidas começamos por iniciar este post com as imagens acima para ilustrarmos com soluções institucionais de outros na esfera da «igualdade» - França e Espanha. Ora, no novo Governo de Portugal pela designação dos Ministros/as não chegaremos lá. Procurámos. Não está explicito mas é na alçada da MINISTRA DA CULTURA, JUVENTUDE E DESPORTO, como o mostra a informação seguinte: 

  


Curiosidade: o que terá levado a que a «igualdade» não conste dos atributos da Senhora Ministra? Por outro lado, parece-nos obvio que a opção governamental para a IGUALDADE merece reflexão. Ainda: e faz sentido que o conjuguemos  com as Áreas  que aparecem no Portal do Governo:



Que se nos perdoe a expressão popular, mas parece que «não bate a bota com a perdigota».  Não se percebe o conceito inerente à «área» mais parecendo que não se distingue de «ministério» ou equivalente. Ora, a ideia seria precisamente anular o silo em que o ministério se transforma desligado do resto. Contrariar as «gavetas» a que os serviços acabam por se reduzir. Tecnicamente não se pode ignorar, por exemplo, a abordagem por SISTEMAS, e a ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS - sim, tem a ver com o Gender Budgeting -, e assim favorecer a transversalidade que povoa a linguagem comum. Nisto Maria de Lourdes Pintasilgo deixou-nos legado fabuloso, pela sua ação quando foi Primeira Ministra e pelo reflexão escrita. Já agora no blogue Elitário Para Todos - A PROPÓSITO DA TÃO PROPALADA E MISTERIOSA «REFORMA DO ESTADO» | em especial para a nova geração do Governo que não vem da gestão e sem experiência das Administrações voltemos ao ensaio «Tudo Está em Tudo» de Maria de Lourdes Pintasilgo.

Temos ideia que esta matéria não vai ficar por aqui, esperando nós que este contributo tenha alguma utilidade ...
Por fim, por agora, não pode deixar de se constatar a reação de repúdio quanto à CULTURA pelo facto de se ter acabado com o seu MINISTÉRIO - para além do mais dado o peso simbólico que isso tem - e sobre a IGUALDADE não demos por nada. Por outro lado, de há muito que defendemos que o Ministério da Cultura devia ele mesmo ter espaço próprio na esfera da igualdade. Bom, é disto que estamos a falar:



Tudo misturado, pelo que nos está a acontecer no nosso País, não nos parece que venhamos a beneficiar da força da cultura e das artes nas mudanças necessárias quanto às igualdades, nomeadamente entre homens e mulheres, por via da modernização das ADMINISTRAÇÕES. Mas não vamos desistir de pugnar por isso. Claro!

  

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