Ahistória de vida de D. Maria II, desde os dias em que viveu os seus primeiros anos no Brasil à chegada a Portugal, a regência, o atravessar das guerras liberais e um percurso posterior que a fixou definitivamente no trono entre 1834 e 1853, definem um tempo e uma narrativa para redescobrir numa grande exposição que, a partir de dia 26, estará patente na Galeria D. Luiz do Palácio Nacional da Ajuda (PNA). A exposição, criada em parceria entre o PNA e o Museu da Presidência da República, é comissariada por José Miguel Sardica, historiador e professor da Universidade Católica. E junta-se agora a outras que antes assinalaram os 200 anos do nascimento de D. Maria da Glória a 4 de maio de 1819, no Rio de Janeiro, nomeadamente as que tiveram já lugar no Palácio Ducal de Vila Viçosa e no Museu Imperial em Petrópolis (Brasil), neste último caso lembrando os anos vividos como princesa brasileira.
Os casamentos, a figura do segundo marido, D. Fernando II, a relação com os filhos, as artes do seu tempo, a criação da Academia, a emissão do primeiro selo dos correios portugueses são elementos de uma narrativa que conta com a ajuda de cerca de 400 peças que estarão em exposição. E entre os objetos encontraremos ali a coroa de Portugal ou a Carta Constitucional, o que vinca a memória de D. Maria II como monarca constitucional. As peças chegaram de várias proveniências, umas vindas dos Açores, outras do Porto, da Torre do Tombo, do Palácio Ducal de Vila Viçosa, do Palácio Nacional da Ajuda e de colecionadores privados. José Alberto Ribeiro, diretor do PNA, admite ao Expresso que “nas próximas décadas dificilmente se voltará a fazer uma exposição tão completa dedicada à rainha”. (...)».
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