«Resgatar ao silêncio a voz de um grupo de
mulheres notáveis.
O primeiro gesto de
Caryl Churchill, em Top Girls, é
resgatar ao silêncio a voz de um grupo de mulheres notáveis que a História
raramente refere.
Sentadas à mesma mesa, para jantar, encontram-se: a Papisa Joana (séc. IX), que chefiou a igreja católica disfarçada de homem; Isabella Bird (séc. XIX), viajante, investigadora, fotógrafa e escritora; Gret, pintada por Brueghel O Velho, que, liderando um exército de mulheres, enfrenta os demónios no inferno; Nijo (séc. XIII), dama japonesa educada na corte para ser concubina do Imperador e a paciente Griselda, personagem do conto X do Decameron de Boccaccio.
Depois, uma colagem de cenas aparentemente díspares, traça o percurso da ascensão ao poder de uma "mulher de sucesso” contemporânea.
Sete atrizes dão corpo a dezasseis personagens, numa peça que olha para uma sociedade estruturalmente patriarcal, onde questões de raça, género e classe ganham nova pertinência no período de crise global que atravessamos».
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