sexta-feira, 5 de novembro de 2021

«Pauliana Valente Pimentel, artista visual e referência da fotografia portuguesa contemporânea, mostra as condições de vida das comunidades ciganas de Faro, Loulé e Boliqueime na exposição "Faro – Oeste"»

 


«Pauliana Valente Pimentel: Esta exposição tem a ver com o facto de eu, desde há muitos anos, passar férias no Algarve. Comecei a aperceber-me que há uma grande concentração de comunidades ciganas que vivem em acampamentos, alguns fora da vista, muito isolados, e de uma maneira ainda bastante rudimentar. Alguns ainda utilizam carroças. Isso chamou-me a atenção. Em 2019, antes de ter sido convidada para este Festival, comecei a fazer um pequeno retrato na zona de Castro Marim e Vila Real de Santo António (VRSA). Aos poucos, comecei a entrar nas comunidades e tive aceitação. Quando surgiu o convite por parte do Festival Verão Azul, acompanhado por uma bolsa, foi uma oportunidade perfeita. Decidi alargar o território. Com tempo e calma fotografei quatro acampamentos na zona de Faro, Loulé e Boliqueime, nas zonas onde o Festival acontece.

Pode precisar onde fotografou?
O Cerro do Bruxo, em Faro, parece um campo de refugiados. A Horta da Areia, junto à Ria Formosa, é menos interessante, porque as pessoas são as mais fechadas. Tenho poucas imagens porque não tiveram interesse. Em Loulé, fotografei o Alto do Relógio, que é absolutamente fascinante, um acampamento no meio das alfarrobeiras, parece que estamos num filme do Tony Gatlif. Em Boliqueime, fotografei o acampamento do Monte João Preto que tem um aspeto mais agressivo. (...). Continue a ler na plataforma SAPO.




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