Soubemos da Petição pelo artigo de Luís Aguiar-Conraria no semanário Expresso desta semana. Se conhece pouco sobre a Diabetes tipo 1, e relativamente à bomba de insulina aqui em causa, talvez lhe interesse a sua leitura. De lá: o excerto no titulo deste post e, por exemplo, mais esta passagem:
«Em junho de 2016, a minha filha foi diagnosticada com diabetes. Depois da surpresa inicial — como era possível uma criança de sete anos, desportista e com alimentação saudável ter diabetes, doença associada ao sedentarismo e a opções alimentares questionáveis? —, explicaram-me: tinha diabetes de tipo 1, que é bem mais rara do que a comum. É uma doença autoimune, não relacionada com hábitos de vida. Os anticorpos destroem células do pâncreas, que deixam de produzir insulina.
(...)
Até que, no ano passado, foi comercializada uma bomba de insulina híbrida, que recebe por Bluetooth informação do monitor contínuo de glucose e decide o que fazer. Se o açúcar está baixo ou se o algoritmo lhe diz que vai baixar, diminui ou suspende a injeção de insulina e, se está alto ou a subir, dá doses extra. É verdadeiramente a primeira inovação que, simultaneamente, reduz o custo mental e melhora brutalmente o controlo da doença. É a minha experiência e está confirmada por vários estudos.
O problema é que custa mais de €300 por mês (e só não é mais porque o SNS comparticipa alguns dos seus consumíveis, que são comuns a outras bombas menos avançadas). Já há alguns centros de colocação de bombas que as conseguem dar aos seus pacientes, mas a vastíssima maioria continua sem acesso. É uma desigualdade intolerável entre quem pode pagar (e quem tem sorte de ser atendido no centro de saúde certo) e os outros. (...)».
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