sexta-feira, 18 de novembro de 2022

«Para homenagear Enheduanna e as mulheres da sua época, o The Morgan Library & Museum organizou a exposição "She Who Wrote: Enheduanna and Women of Mesopotamia, ca 3400-2000 BC", que estará em exibição até fevereiro do próximo ano»

 



Sobre a exposição na Newsletter da EXECUTIVA  - 18 NOV 2022: 

«O primeiro escritor da História foi uma mulher

 A maioria das pessoas desconhece que o primeiro escritor da História foi uma mulher, a poetisa, princesa e sacerdotisa da Mesopotâmia Enheduanna. Filha do Rei Sargão  (2334 a 2279 a.C) do Império Acádio, escreveu sobre mulheres, incluindo o seu nome e detalhes da sua vida em vários dos seus poemas — falando, por exemplo, de uma violação e também da sua gravidez. Como era hábito na época na Mesopotâmia, a sua obra foi copiada ao longo de centenas de anos nas escolas como forma de aprendizagem da leitura. Ainda assim, Enheduanna só se tornou conhecida em 1927, quando o arqueólogo Sir Leonard Woolley escavou objetos com o seu nome.

Em conjunto com seu status de figura religiosa e sacerdotisa, exercia o poder político como filha de Sargão, o Grande — uma figura considerada por alguns historiadores como o fundador do primeiro império do mundo. Ela ajudou a unir a região de Akkad, no norte da Mesopotâmia, onde Sargão subiu ao poder pela primeira vez, antes de capturar as cidades-estado sumérias no Sul. Enheduanna fez isso ajudando a fundir as crenças e rituais associados à deusa suméria Inanna com os da deusa acadiana Ishtar, e enfatizando essas ligações nos seus hinos e poemas literários e religiosos, criando, assim, um sistema comum de crenças em todo o império.
Para homenagear Enheduanna e as mulheres da sua época, o The Morgan Library & Museum organizou a exposição "She Who Wrote: Enheduanna and Women of Mesopotamia, ca 3400-2000 BC", que estará em exibição até fevereiro do próximo ano. Ela reúne uma seleção de textos e imagens da poetisa, mas também obras de arte que revelam o importante papel que as mulheres dessa época tinham em contextos religiosos como deusas, sacerdotisas e adoradoras, bem como nas esferas sociais, económicas e políticas como mães, trabalhadoras e governantes».  





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