«DESCRIÇÃO
A nova exposição do Centro Cultural de Cascais convida a conhecer obras de Francisco de Goya nunca vistas em Portugal.
Pela primeira vez, dez pinturas raramente vistas de Francisco de Goya (1746 – 1828) são exibidas em Portugal. Além destas obras inéditas no país, mostram-se ainda as incontornáveis séries de gravuras “Os Caprichos”, “A Tauromaquia”, “Os Desastres da Guerra” e “Os Disparates ou Provérbios”, do artista espanhol. Patente a partir de 23 de abril, em dois pisos do Centro Cultural de Cascais, a exposição "GOYA, Testemunho do seu Tempo" é uma excelente oportunidade para contemplar a essência artística de Francisco de Goya, o mais importante artista espanhol do século XVIII, considerado o primeiro pintor da Arte Moderna pelo caráter inovador da sua obra e cujo legado inspirou decisivamente as correntes artísticas que surgiriam nos séculos seguintes, do Romantismo ao Surrealismo.
Através das obras selecionadas para esta exposição, as curadoras Maria Toral e Maria Oropesa propõem um percurso pelos temas mais importantes da obra gráfica e pictórica de Francisco de Goya, para evidenciar como foi capaz de instaurar um novo conceito de arte: o artista como testemunha do seu tempo que, imbuído de um profundo sentido de liberdade, é capaz de expressar o seu liberalismo político, as suas opiniões sobre temas como a religião e as instituições, o seu fascínio pelas mulheres e a força emocional da família, do amor e da luxúria, o seu desagrado pela opressão intelectual e a sua aversão aos horrores da guerra, refletindo, enfim, o período de convulsões políticas e transformações sociais em que vive». Saiba mais.
E tirado do jornal Público:
(...)Seis das pinturas apresentadas pela primeira vez em Portugal formam a série Jogos Infantis, produzida entre 1775 e 1786 e em que Goya retrata cenas da vida quotidiana. As obras pertencem à colecção da Fundación de Santamarca y de San Ramón y San Antonio, sediada em Madrid, Espanha.
Nos detalhes destas obras, é possível observar como Goya testemunhou a sociedade do seu tempo, chamando a atenção para as desigualdades sociais da época: em Crianças no Baloiço, por exemplo, o pintor retrata algumas crianças vestidas com uniformes escolares impecáveis, que contrastam com as roupas esfarrapadas de outras crianças da mesma idade. (...)».
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