«MUSIC-HALL
Texto de Jean-Luc Lagarce | Encenação de Rogério de Carvalho
COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA
Em cena, deparamo-nos com uma cantora de music-hall em decadência. Ladeada pelos seus dois acólitos e validos, os seus dois Boys, eis-nos perante uma Rapariga que nos revela as suas desventuras cénicas. Conta-nos a sua história, a um tempo divertida e patética, que não é mais que o percurso de uma por assim-dizer vedeta que, na verdade, toda a vida só actuou em salas de segunda ordem. Torna-se, por isso, praticamente inevitável identificarmo-nos com esta artista claudicante que, apesar das dificuldades técnicas e da falta de público, nunca abdica dos seus ensejos de criação e da sua vontade de representar. (...)».
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E temos as CONVERSAS COM O PÚBLICO. Na do próximo sábado destaquemos a participação de IO APPOLONI, uma mulher que, a nosso ver, continua a merecer visibilidade.
«Io Apolloni
Nasceu em Itália, em 1945. Adquiriu a nacionalidade portuguesa em 1975. Concluiu o curso de interpretação da Escola Experimental de Cinematografia de Roma. A EECR atribuiu como prémio aos finalistas uma ida ao Festival de Cinema de Veneza e aí Io conhece o espanhol Cesário Gonçalves, que lhe propõe participar num filme, a rodar em Espanha, pelo realizador Manuel Mur Oti. É a longa-metragem Louca Juventude (1965) onde contracena com Joselito. No mesmo ano participa no filme, Jenny, a Mulher Proibida, de Juan Bardem e em Comizi d’amore, de Pier Paolo Pasolini, e estreia-se como cantora no Casino de Gibraltar. E ainda é convidada a vir a Portugal para participar na revista Sopa no Mel. A partir daí desenvolveu uma forte actividade artística em Portugal tendo participado em diversas Revistas no Teatro Maria Vitória, Teatro Monumental, Teatro Capitólio, Teatro Villaret e Teatro ABC. Participou em mais de uma dezena de filmes em Portugal. Participou ainda em dezenas de séries de televisão. Para além da carreira de actriz, é empresária e especialista em doces tendo editado o livro Os doces da Io, em 1997, e em 2018 a sua autobiografia Uma Vida Agridoce».
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