sexta-feira, 7 de abril de 2023

Maria Antónia Fiadeiro

 


Maria Antónia Fiadeiro morreu. Do que nos informou a comunicação social:
«Morreu Maria Antónia Fiadeiro, escritora, jornalista e ativista
01 abr, 2023 - 15:27 • Ricardo Vieira
“Maria Antónia Fiadeiro, exemplo de inteligência, bravura e sensibilidade, faleceu na noite passada", avançou a editora Oficina Caixa Alta. (...)». Continue a ler.

Estamos tristes. Conhecemos a Maria Antónia antes de ela nos conhecer. A seguir ao 25 de Abril cruzámo-nos com pessoas, digamos, do que tinha sido o seu núcleo familiar mais próximo e por aí fomos sabendo do seu percurso de vida. Depois veio o encontro na Secretaria de Estado da Cultura/Ministério Cultura onde  fez uma carreira de funcionária pública - curiosamente não se fala disso, é a crónica falta de memória nesta área do Aparelho Estatal. Quando a Secretaria de Estado da Cultura estava «ao lado do Galeto» durante uma época quase tinhamos um ritual: encontrávamo-nos pela hora do almoço. E tantas foram as conversas - «feministas» e outras. Sobre a vida, ao sabor dos dias que passavam. Lembro que riamos muito. Depois ficamos em sitios diferentes, nomeadamente porque os seus serviços terão ido para a «Ajuda», mas sempre que nos encontrávamos lá vinha a troca de ideias e era como se tivessemos falado no dia anterior ...
Como homenagem reproduzamos  post que anteriormente lhe tinhamos dedicado: 

«segunda-feira, 11 de outubro de 2021

MARIA ANTÓNIA FIADEIRO | «Artistas, Artesãs, Pioneiras: Conversas singulares entre mulheres extraordinárias»



Sinopse

«Este é um livro singular, fruto do olhar sensível e atento, quase íntimo, de Maria Antónia Fiadeiro — pioneira do jornalismo do pós-25 de Abril e dos estudos femininos em Portugal — sobre o trabalho e a vida de portuguesas cujo percurso pessoal nos permite compreender melhor o papel da mulher na história recente do país.

Artistas, Artesãs, Pioneiras é composto por quase cem conversas com personalidades da cultura nacional — como Ana Salazar, Maria Gabriela Llansol, Maria Mendes, Maria Antónia Palla, Hélia Correia, Paula Rego ou Lídia Jorge —, artesãs — como Etelvina dos Santos, bordadeira, ou Irene Mourão, carpinteira — e mulheres dedicadas a áreas há pouco tempo abertas à participação feminina — como Cândida Alves, a primeira carteira em Portugal, ou Maria Arsénia, jardineira pública.

Trata-se de uma recolha de vozes, experiências, saberes, sonhos e lamentos com um valor histórico inestimável, que nos permite ver um reflexo das ambições, dos obstáculos e dos desafios da mulher portuguesa.

A obra inclui, como abertura, uma entrevista inédita à autora, realizada por Francisca Gorjão Henriques em Janeiro de 2020, e encerra com um texto autobiográfico, publicado em 1987 no Sábado Popular (futuro Diário Popular), sobre a experiência de Maria Antónia Fiadeiro durante o seu exílio no Brasil». Saiba mais». 

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