Ao querermos recordar Teresa Magalhães neste momento em que nos deixa encaminhamos para a nota de pesar da Gulbenkian: Teresa Magalhães (1944-2023). De lá: «(...) Teresa Magalhães conjugava com extrema graça e ironia subtil o mundo em seu redor: “sou”, “gosto”, “vejo”, “pinto”, “posso”. Como escreve Emília Ferreira no catálogo de uma sua exposição individual em Chaves, em 2021, “sempre que me encontro com a obra de Teresa Magalhães penso em resistência. E, de acordo com as suas próprias palavras, essa resistência tem sido um modo de se reinventar, visualmente, através da sua obra”. A partir de um país cinzento, Teresa Magalhães encheu o mundo de cor, em grandes e pequenos formatos, em figuras e em traços, riscos e manchas, explosões de alegria e movimento, a sua força de vida contagiosa que partilhou com todos com quem se cruzou e que deixa agora um pouco mais sozinhos mas certamente mais ricos.
Nas palavras de José Saramago, que sobre ela escreveu em 2005, “O mundo como caleidoscópio, o sentido como movimento, eis o que julgo ver na pintura de Teresa Magalhães.”».
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