segunda-feira, 23 de outubro de 2023

TERESA MAGALHÃES (1944-2023) |«Foi uma lutadora, uma mulher preocupada em conservar a liberdade da sua produção artística e também atenta aos outros, em especial, à obra de outras artistas mulheres para quem comissariou uma exposição pioneira, no Leal Senado de Macau, em 1990»

 



Ao querermos recordar Teresa Magalhães neste momento em que nos deixa encaminhamos para a nota de pesar da Gulbenkian: Teresa Magalhães (1944-2023)De lá: «(...) Teresa Magalhães conjugava com extrema graça e ironia subtil o mundo em seu redor: “sou”, “gosto”, “vejo”, “pinto”, “posso”. Como escreve Emília Ferreira no catálogo de uma sua exposição individual em Chaves, em 2021, “sempre que me encontro com a obra de Teresa Magalhães penso em resistência. E, de acordo com as suas próprias palavras, essa resistência tem sido um modo de se reinventar, visualmente, através da sua obra”. A partir de um país cinzento, Teresa Magalhães encheu o mundo de cor, em grandes e pequenos formatos, em figuras e em traços, riscos e manchas, explosões de alegria e movimento, a sua força de vida contagiosa que partilhou com todos com quem se cruzou e que deixa agora um pouco mais sozinhos mas certamente mais ricos.

Nas palavras de José Saramago, que sobre ela escreveu em 2005, “O mundo como caleidoscópio, o sentido como movimento, eis o que julgo ver na pintura de Teresa Magalhães.”».

 


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