sinopse
Duas pessoas solitárias encontram-se por acaso na noite de Helsínquia e tentam encontrar o primeiro, único e último amor das suas vidas. Mas o caminho para atingir esse objectivo é cheio de obstáculos: o alcoolismo, números de telefone perdidos, não saberem o nome um do outro. E a tendência geral da vida em criar obstáculos no caminho daqueles que buscam a felicidade.Esta gentil tragicomédia é a quarta parte da trilogia da classe operária de Aki Kaurismäki (Shadows in Paradise, Ariel e The Match Factory Girl). Saiba mais.
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E o trabalho de um critico no semanário Expresso:
Francisco Ferreira termina a sua critica assim: «(...)Escrever sobre a felicidade de um filme como “Folhas Caídas” (o título vem de uma versão finlandesa de ‘Les Feuilles mortes’, canção escrita por Jacques Prévert, composta por Joseph Kosma, e imortalizada pela voz de Yves Montand) implica, uma vez mais, escrever-se sobre a honradez do olhar de um cineasta, uma pureza intacta que desconfia de tudo o que é naturalista e que prefere recriar, encenar verdadeiros heróis que nos vingam como já ninguém nos vinga das injustiças do mundo — seja pelo humor, seja pelo romantismo. Holappa e Ansa conquistaram qualquer coisa com a passagem destes anos em que Aki amadureceu. Talvez tenham aprendido que nesta batalha que é a vida, mais vale insistir do que resistir. Eles já não se suprimem por pancas obscuras. Já não dizem adeus à juventude por délicatesses rimbaudianas. Preferem adotar um cão. Percebem, apesar de tudo, que há quem esteja bem pior (os horrores da Ucrânia que saem do rádio de Ansa e que se tornam insuportáveis para ela). E é de certeza uma conquista que o cineasta finlandês que se ama tanto tenha chegado a um período da vida em que já pode terminar um filme como terminava o “Tempos Modernos” de Chaplin.
Não há mil maneiras de o dizer: “Folhas Caídas” é o grande cinema, a grande arte, o grande filme indignado que nos enche os corações de ânimo e de esperança nestes anos 20 cinzentões que estamos a atravessar».
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