quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

MARIA DA GRAÇA CARMONA E COSTA

 

recorte de artigo do Expresso de Alexandra Carita
 online de 23 jan 2024


Haverá quem não conheça Maria da Graça Carmona e Costa que acaba de nos deixar, mas foi uma mulher a quem se deve continuar a dar visibilidade porque ela foi isto:  «A paixão pela arte levou-a desde cedo a entrar nesse mundo. Abriu uma galeria, mas não lhe chegou. Resolveu então criar uma fundação para ajudar a arte e os artistas contemporâneos portugueses. Não havia artista que não a conhecesse. E ela também os conhecia a todos. No momento do desaparecimento de Maria da Graça Carmona e Costa, esta segunda-feira, aos 90 anos, recordamos a sua história, contada na primeira pessoa e pela primeira vez ao Expresso em 2018» - destaque do trabalho do semanário.

Do que mais escreve Alexandra Carita: «Não há artista que não a conheça. E ela também os conhece a todos. Maria da Graça Carmona e Costa é a última mecenas a tratar a arte como deve ser. Em dezembro de 2016 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Lisboa e viu o Salão Nobre dos Paços do Concelho a abarrotar de gente para a aplaudir. Comoveu-se. “Eram os artistas, os críticos, os representantes dos museus, toda a gente. Isto prova que há amor, há troca entre nós. É que na vida, também, se não se troca amor, não vale a pena.” Espontânea, genuína, sincera e generosa, Maria da Graça fala com o coração na boca, a sabedoria dos seus 85 anos a correr-lhe nas veias e a alegria de fazer o que gosta a estampar-se-lhe no sorriso. Há quase 50 anos que está ligada ao mundo da arte. Tudo aconteceu naturalmente. Mas foi em 1997 que criou com o marido — Vítor Carmona e Costa, neto do marechal Carmona — a Fundação Carmona e Costa, uma instituição privada, com o objetivo de “ajudar a arte contemporânea portuguesa”. “Levo os artistas até onde os posso levar e divulgo o trabalho deles.” Tem feito tudo o que pode. E mais faria se pudesse! E é aí, no Lote 1 da Rua Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa, que desde 2005 tem vindo a expor a obra de grande parte dos artistas nacionais. Pedro Cabrita Reis, José Pedro Croft, Rui Chafes, João Queiroz, Jorge Queiroz, Maria Capelo, Jorge Martins, Rui Sanches, Francisco Tropa, Pedro H. Paixão, Rui Moreira, José de Guimarães... a lista é imensa. (...)». Se puder não perca o trabalho do Expresso.

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