domingo, 29 de junho de 2025

CAMILA AOSA VILLADA |«Tese sobre uma Domesticação»

 


SINOPSE

A atriz travesti de grande notoriedade pela sua representação de A Voz Humana, de Jean Cocteau, tem um casamento aberto com um belo advogado homossexual. Juntos, adotaram uma criança seropositiva. Esta nova vida familiar aparentemente estável - com dinheiro e conforto - é uma cedência aos padrões burgueses e não podia estar mais nos antípodas da antiga existência dela: boémia, despreocupada e livre.
O erotismo, a violência e a imensa ternura habitam os vínculos que unem o casal. Mas ambos vivem acabrunhados pela culpa e por outros infernos secretos.
«Uma só travesti é suficiente para minar os alicerces de uma casa, desfazer os nós de um compromisso, romper uma promessa, renunciar a uma vida», pensa a atriz e protagonista deste romance.
Tese Sobre uma Domesticação é uma história de pactos invisíveis e paixões arrasadoras, em que uma família se agarra a breves momentos de felicidade, sem se aperceber de que foi derrotada no seu desígnio, desde o início.
Tal como o primeiro romance de Sosa Villada, As Malditas, já transformado numa série televisiva, também este Tese Sobre uma Domesticação foi recentemente adaptado ao cinema. Saiba mais.
 

sábado, 28 de junho de 2025

«Forma da Vizinhança–Festival de Arquitetura e Arte»


«Inserido na programação artística de Braga’ 25-Capital Portuguesa da Cultura, o festival de arte e arquitetura "Forma da Vizinhança", com curadoria de Space Transcribers – duo de investigação em arquitetura composto por Daniel Pereira e Fernando Ferreira -, propõe uma nova leitura crítica da cidade de Braga e do seu crescimento ao longo dos últimos 50 anos. (...)». Continue a ler. 
Na UMBIGO de Mafalda Teixeira
O PROGRAMA ARTÍSTICO neste endereço.




 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

SARA CORREIA |«Esta semana, a fadista dará um concerto gratuito no seu bairro»

 


Saiba mais

«(...) Esta semana, a fadista dará um concerto gratuito no seu bairro, em Chelas, sendo este o último concerto que fará na região de Lisboa antes da já anunciada MEO Arena, agendada para dia 7 de março de 2026. Sara Correia volta assim a presentear as pessoas que a viram crescer, depois de ali ter feito o concerto de apresentação do seu disco “Liberdade”. (...)».


«Violência e generosidade nas novas exposições do MAAT»

 



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Sobre as exposições no DN de Mariana de Melo Gonçalves: 


mais este excerto, tirado daqui:


quarta-feira, 25 de junho de 2025

«A Infantilização da Mente Moderna»



SINOPSE

«Em A Infantilização da Mente Moderna, Greg Lukianoff e Jonathan Haidt investigam a ascensão da nova cultura de segurança nas universidades e o seu pernicioso impacto nas novas gerações. Um estranho fenómeno tomou conta dos campus universitários: se, por um lado, os estudantes ditos progressistas proíbem o discurso de professores e políticos, outros há que têm relutância em expor a sua opinião e discuti-la abertamente. Ao mesmo tempo, as taxas de ansiedade, depressão e suicídio dispararam.
Greg Lukianoff e Jonathan Haidt demonstram que isso se deve a três conceitos perpetuados no sistema de educação e que os jovens acreditam ser a base para uma visão generosa e inclusiva da educação: 1. O que não nos mata torna-nos mais fracos; 2. Devemos confiar sempre nos nossos sentimentos; 3. A vida é uma batalha entre pessoas boas e pessoas más.
Os autores alertam para o impacto da adopção da cultura de segurança nas democracias liberais prejudicando não só o desenvolvimento social, emocional e intelectual do indivíduo, mas também comprometendo a perspectiva de construção de uma vida plena e satisfatória.
Um dos melhores livros do ano The New York TimesThe Financial Times e London Evening Standard».



segunda-feira, 23 de junho de 2025

MULHERES EM DESTAQUE | Lia Gama homenageada no Festival de Teatro de Almada






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NA CASA DOS ESPELHOS

Concepção Plástica JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA

INSTALAÇÃO DE HOMENAGEM: LIA GAMA

O que tem de ser tem muita força, convicção da actriz que nunca quis ser outra coisa. A menina das Beirasescondia um fruto proibido: sonhava com o teatro. E os actoresde papel que recortava dormiam ocultos no tecto dos armários, onde o velho Aladino, perspicaz, iluminava o caminho. Com a suavidade aparente de um sorriso constante, transforma um desejo antigo em futuro. Uma tal determinação que, por ser telúrica, se tornou indomável. Depois vieram os dias todos. A vida numa corrida, o tempo a derreter o brilho dos aplausos. Entre os lugares do princípio e os camarins dos sonhos floresce uma casa de espelhos. Um labirinto mental que a actriz aprende a atravessar. Um vai-e-vem constante entre dois mundos, seguindo uma gramática específica. A mulher vibrante, sentimental, actriz apaixonada, avança no árduo exercício da sobrevivência e clama sobre a injustiça. A injustiça do seu país que tanto ignora os artistas. Continuará a sorrir, agora mais comedidamente. Continuará a interessar-se pelo mistério do espelho. O sonho de uma mulher que vendeu margaridas à entrada do teatro.

Texto de JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA

Com uma carreira dividida entre o palco, o cinema e a televisão, LIA GAMA (Fundão, 1944) estreou-se no teatro em 1963, na peça Vamos contar mentiras, partilhando a cena com Raul Solnado e Florbela Queiroz. Dois anos depois estudou na Escola René Simon, em Paris, e em 1966 regressou a Portugal, iniciando um percurso durante o qual se cruzou com alguns dos mais destacados encenadores portugueses: Carlos Avilez, Luzia Maria Martins, Fernando Gusmão, Carlos Fernando, Luis Miguel Cintra, Jorge Silva Melo, Jorge Listopad, João Mota, Ricardo Pais, Filipe La Féria, Juvenal Garcês e Fernanda Lapa. Na profícua relação que manteve com os Artistas Unidos, ao longo de três décadas, representou autores como Joe Orton, Jorge Silva Melo, Bertolt Brecht, Luigi Pirandello, Sófocles, Harold Pinter, José Maria Vieira Mendes, entre outros. Ao longo de mais de seis décadas de actividade como actriz, foram-lhe atribuídas as seguintes distinções: Prémio Casa da Imprensa, pela sua interpretação no filme Kilas, o mau da fita; Medalha 25 de Abril, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; Medalha de  Mérito Cultural, atribuída pelo Ministério da Cultura; Prémio Sophia – Carreira (2019); e Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, pela Presidência da República.

Veja aqui


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Lia Gama surpreendida e "muito honrada" por homenagem do Festival de Almada - leia aqui


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sábado, 21 de junho de 2025

NA RTP 2 | «Uma viagem pela histórica coleção do Museu de Belas Artes de Leipzig, guiada por um grupo de raparigas com idades entre os 7 e os 19 anos»




Uma viagem pela histórica coleção  do
 Museu de Belas Artes de Leipzig, guiada por
 um grupo de raparigas com idades entre os 7 e os 19 anos.

«Passando de obra em obra, de século em século, partilham connosco a sua perspetiva do que veem. Ao nascermos, entramos num mundo previamente construído? não escolhemos a nossa própria história, contexto ou cultura. Cada um de nós encara, com um novo olhar, uma cultura que já foi moldada e estruturada com base nos desejos e decisões de outros. Esta cultura é, frequentemente, opaca e escondida sob a superfície do "como é" e do "como foi"
Os museus são instituições concebidas para preservar ? são um repositório de visões muitíssimo seletivas da história e da civilização. As obras de arte apresentadas sob a capa da educação e do conhecimento foram, ao logo da história, concebidas, colecionadas, escolhidas e contextualizadas por homens. Não faltam representações de mulheres, mães, esposas, prostitutas, modelos e musas ? sejam contemporâneas, clássicas ou religiosas, a larguíssima maioria dessas figuras foi feita sob a perspetiva de homens. Tendo em conta este desequilíbrio, como é que estas obras deverão ser observadas hoje em dia? estreia na RTP2» - Veja aqui


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quinta-feira, 19 de junho de 2025

NA ORGÂNICA DO GOVERNO ONDE ESTÁ A «IGUALDADE»?

 





Para não se pensar que estamos com interrogações descabidas começamos por iniciar este post com as imagens acima para ilustrarmos com soluções institucionais de outros na esfera da «igualdade» - França e Espanha. Ora, no novo Governo de Portugal pela designação dos Ministros/as não chegaremos lá. Procurámos. Não está explicito mas é na alçada da MINISTRA DA CULTURA, JUVENTUDE E DESPORTO, como o mostra a informação seguinte: 

  


Curiosidade: o que terá levado a que a «igualdade» não conste dos atributos da Senhora Ministra? Por outro lado, parece-nos obvio que a opção governamental para a IGUALDADE merece reflexão. Ainda: e faz sentido que o conjuguemos  com as Áreas  que aparecem no Portal do Governo:



Que se nos perdoe a expressão popular, mas parece que «não bate a bota com a perdigota».  Não se percebe o conceito inerente à «área» mais parecendo que não se distingue de «ministério» ou equivalente. Ora, a ideia seria precisamente anular o silo em que o ministério se transforma desligado do resto. Contrariar as «gavetas» a que os serviços acabam por se reduzir. Tecnicamente não se pode ignorar, por exemplo, a abordagem por SISTEMAS, e a ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS - sim, tem a ver com o Gender Budgeting -, e assim favorecer a transversalidade que povoa a linguagem comum. Nisto Maria de Lourdes Pintasilgo deixou-nos legado fabuloso, pela sua ação quando foi Primeira Ministra e pelo reflexão escrita. Já agora no blogue Elitário Para Todos - A PROPÓSITO DA TÃO PROPALADA E MISTERIOSA «REFORMA DO ESTADO» | em especial para a nova geração do Governo que não vem da gestão e sem experiência das Administrações voltemos ao ensaio «Tudo Está em Tudo» de Maria de Lourdes Pintasilgo.

Temos ideia que esta matéria não vai ficar por aqui, esperando nós que este contributo tenha alguma utilidade ...
Por fim, por agora, não pode deixar de se constatar a reação de repúdio quanto à CULTURA pelo facto de se ter acabado com o seu MINISTÉRIO - para além do mais dado o peso simbólico que isso tem - e sobre a IGUALDADE não demos por nada. Por outro lado, de há muito que defendemos que o Ministério da Cultura devia ele mesmo ter espaço próprio na esfera da igualdade. Bom, é disto que estamos a falar:



Tudo misturado, pelo que nos está a acontecer no nosso País, não nos parece que venhamos a beneficiar da força da cultura e das artes nas mudanças necessárias quanto às igualdades, nomeadamente entre homens e mulheres, por via da modernização das ADMINISTRAÇÕES. Mas não vamos desistir de pugnar por isso. Claro!

  

NA GULBENKIAN | CENTRO DE ARTE MODERNA | «Coro em Rememória de um Voo (2023-2025) é um retrato cinematográfico da experiência negra e parte do conceito cunhado a partir da obra Beloved, de Toni Morrison»

 

22 fev – 30 jun 2025
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  • sáb, 
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Local

Saiba mais
«Exposição individual de Julianknxx que resulta das colaborações criativas que o artista desenvolveu em nove cidades europeias, onde recolheu histórias não contadas da diáspora africana.
Julianknxx (Freetown, Serra Leoa, 1987) é um poeta e artista visual cuja prática explora temas como a herança, a perda e a pertença. A partir das suas experiências pessoais, o artista amplia as perspetivas sobre a história e a cultura africanas e da diáspora. O seu trabalho exprime a condição de viver entre espaços, desafiando ideias fixas de identidade e grandiosas narrativas históricas.
Coro em Rememória de um Voo (2023-2025) é um retrato cinematográfico da experiência negra e parte do conceito cunhado a partir da obra Beloved, de Toni Morrison. Percorrendo 6.500 quilómetros, ao longo de um ano, Julianknxx viajou por nove cidades europeias com histórias coloniais, colaborando em cada uma delas com artistas, músicos e coros das comunidades negras. Adotando uma «prática de escuta», que tem origem nas tradições orais africanas, os seus intercâmbios são tecidos como um coro de perspetivas individuais, locais e globais. O resultado é um encontro fascinante com o passado e o presente da Europa e as possibilidades que se abrem no futuro. (...)». Continue a ler.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Morreu Teresa Rita Lopes

 


Teresa Rita Lopes deixou-nos: «(...) uma das grandes “arqueólogas” de Fernando Pessoa. Foi uma das investigadoras mais relevantes da fase inicial dos estudos pessoanos. Durante o Estado Novo, impediu que o espólio do escritor saísse do país. Faleceu no sábado, aos 87 anos». Atrevemo-nos a adiantar que para muitos e muitas, não só da sua geração, iniciativa que contasse com a sua presença era motivo para se ir lá. Garantia de conhecimento e rigor. Neste momento em que partiu e deixando para outros o registo e avalição de natureza cultural do tanto que nos lega,  lembremos este trabalho :


DOS OUTROS |«Ideas que inspiran, mujeres que transforman: III Foro Mujeres que Cambian el Mundo»

 



Ideas que inspiran, mujeres que transforman: III Foro Mujeres que Cambian el Mundo

Málaga volverá a acoger el evento, impulsado por Mujeres a Seguir y la Fundación Unicaja


«(...)Las protagonistas del evento serán mujeres que, desde distintos territorios, están dejando una huella positiva en el mundo. Profesionales que lideran con propósito, marcan tendencia e inspiran a las nuevas generaciones. 
A través de mesas redondas, charlas y ponencias, el foro ofrecerá un espacio para el intercambio de ideas, la reflexión colectiva y la inspiración. Una oportunidad única para escuchar, aprender y conectar con referentes que están demostrando que la innovación liderada por mujeres tiene un impacto profundo y transformador. (...)». Na integra.

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segunda-feira, 16 de junho de 2025

«POMAR E BORDALO. ASSEMBLAGES» | no museu Bordalo Pinheiro | ATÉ 22 DE JUNHO | LISBOA

 



Do que diz José Luís Porfirio sobre a exposiçã0:

«Há 20 anos, respeitando a forma original das peças de Rafael Bordalo Pinheiro, Júlio Pomar baralhou os dados e gerou figurações impossíveis, criando outras quimeras. Uma nova exposição reapresenta-as, mas não fica por aí


Seja-me permitido, a propósito desta exposição, usar a palavra grega ‘quimera’, que aponta para um ser impossível, um compósito de leão, cabra e serpente, monstro irmão de outro monstro o mais célebre Cérbero, o cão de três cabeças que guarda a entrada da morada dos mortos, o Hades. Na linguagem comum e corrente quimera é sinónimo de ilusão e (ou) de fantasia, algo que não corresponde ao que sabemos, ou supomos, ser a realidade. (...)»

As quimeras são cinco (e mais uma), quatro delas moram num largo plinto em L que ocupa o centro da galeria e as outras estão na parede, todas têm nome de gente — uma brincadeira verbal que Pomar uniu ao jogo formal — e podemos descobri-las por ordem de complexidade.

Sobre o plinto: Suzy, a porca, ou a sua cabeça assente numa descomunal orelha humana; José, a cabeça de boi cujas orelhas são folhas de couve e os cornos tenazes de lagosta; Ezequiel, o gato de corpo inteiro que até parece um caracol, com orelhas que são caudas e cauda que é um corno; Judite, a galinha assente sobre os seus ovos, mas que é uma espécie de terrina de onde emergem quase saltando e como que explodindo um peixe, um gafanhoto e um corno. Na parede está, mais ameaçadora, Joana, uma coruja realizada a partir de uma mísula, tendo duas orelhas de touro como asas com uns orifícios iluminados por trás que resultam nuns olhos inquietantes. Discreta, também na parede, uma besta, ou balesta, cujo arco é uma cobra e a haste uma lagosta. (...).

De Rafael temos o comentário crítico, jocoso e político sobre o seu tempo de parlamentarismo monárquico, no trabalho de jornalismo gráfico que mais terá contribuído para a queda da monarquia cinco anos depois da morte deste artista. O bestiário de Rafael também tem nomes de gente poderosa do seu tempo: na exposição vemos páginas de jornais humorísticos que criou: “O António Maria” (Fontes Pereira de Melo), de 1879 a 1885 e 1891 a 1898, “Pontos nos ii”, de 1885 a 1891 e, finalmente, “A Paródia”, de 1900 a 1907, que lhe sobreviveu. (...)».


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Veja mais no site do Museu



sábado, 14 de junho de 2025

E TEMOS A EXPOSIÇÃO «VENHAM MAIS CINCO»

 

recorte de trabalho do Expresso desta semana


excerto:

«(...) Se as imagens iniciais da exposição são essencialmente de júbilo e convívio entre população e militares, a seguir os temas alargam-se. Desde fotos de pides ou alegados pides a ser detidos — numa das fotos surge um infeliz com várias espingardas espetadas no corpo — até reuniões sindicais, pessoas a votar pela primeira vez na vida (em Baleizão, terra da Catarina Eufémia, a seriedade dos rostos impressiona), sedes do PCP vandalizadas, um comício em Almada (Vasco Gonçalves tem direito a um grande retrato que capta na perfeição o eco visual do que ele era), um soldado ferido que se arrasta ajudado no santuário de Lamego em pagamento da promessa feita por ter sobrevivido, peregrinos em Fátima… A política partidária é reduzida ao mínimo, embora haja imagens de protagonistas como Cunhal e Soares. Numa das mais famosas, um popular entende a mão através da janela de um carro onde se encontrava Soares e aperta-lhe a bochecha. (...)»


VENHAM MAIS CINCO: O OLHAR ESTRANGEIRO SOBRE A REVOLUÇÃO PORTUGUESA 1974-1975

Parque Empresarial da Mutela, Almada, até 24 de agosto (de quinta a domingo)



sexta-feira, 13 de junho de 2025

«Disparidade de gênero diminui em ritmo mais rápido desde a pandemia, mas a paridade total ainda está a mais de um século de distância»

 



Sobre o Relatório na News Release do World Economic Forum:

«Disparidade de gênero diminui em ritmo mais rápido desde a pandemia, mas a paridade total ainda está a mais de um século de distância
 • A desigualdade global de gênero diminuiu para 68,8%, impulsionada por avanços econômicos e políticos, mas o progresso ainda está aquém do ritmo pré-pandemia, com a paridade total estimada em 123 anos.
 • As mulheres superam os homens no ensino superior, mas apenas 28,8% alcançam a liderança sênior, uma oportunidade perdida de maior resiliência econômica e crescimento em meio à incerteza global
 • O empoderamento político apresenta os maiores ganhos, mas, com apenas 22,9% da desigualdade global fechada até o momento, ele continua sendo a maior barreira ao progresso da paridade em todo o mundo.
 • Leia o relatório completo aqui; compartilhe nas mídias sociais usando #gendergap25. 

Genebra, Suíça, 12 de junho de 2025 – A desigualdade global de gênero caiu para 68,8%, marcando o maior avanço anual desde a pandemia da COVID-19. No entanto, a paridade total ainda está a 123 anos de distância, às taxas atuais, de acordo com o Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2025 do Fórum Econômico Mundial, divulgado hoje. A Islândia lidera o ranking pelo 16º ano consecutivo, seguida pela Finlândia, Noruega, Reino Unido e Nova Zelândia.
 A 19ª edição do relatório, que abrange 148 economias, revela tanto um momento encorajador quanto barreiras estruturais persistentes enfrentadas pelas mulheres em todo o mundo. O progresso alcançado nesta edição foi impulsionado principalmente por avanços significativos em empoderamento político e participação econômica, enquanto o nível de escolaridade, saúde e sobrevivência mantiveram níveis próximos à paridade, acima de 95%. No entanto, apesar de as mulheres representarem 41,2% da força de trabalho global, persiste uma desigualdade gritante na liderança, com as mulheres ocupando apenas 28,8% dos cargos de liderança. 
"Em um momento de elevada incerteza econômica global e baixa perspectiva de crescimento (...)». Continue a ler.



quinta-feira, 12 de junho de 2025

FOI APRESENTADO ONTEM |«Manual de Boas Práticas para o Cinema e Audiovisual em Portugal» _ «Prático, gratuito, pioneiro, inclusivo, anti-assédio moral e sexual»



Começa assim:


«Portugal conta a partir desta quarta-feira com o seu primeiro Manual de Boas Práticas para o Cinema e Audiovisual em Portugal focado no assédio moral e sexual, e não só nas potenciais vítimas mas também nas empresas do sector e no que podem fazer para prevenir, denunciar, disciplinar — no fundo, não normalizar. Iniciativa da associação Mutim - Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, é apresentado às 18h no Batalha Centro de Cinema, no Porto. O manual, a que o PÚBLICO teve acesso, trata o combate ao assédio por tu e as pessoas que possam ser suas leitoras também. “O assédio não é normal. A culpa não é tua. A mudança começa agora. E começa contigo. Connosco.” (...)».


terça-feira, 10 de junho de 2025

O DISCURSO DE LÍDIA JORGE NESTE «10 DE JUNHO»

 



Uma passagem: "O que significa que por aqui ninguém tem sangue puro e a falácia da ascendência única não tem correspondência com a realidade, cada um de nós é uma soma do nativo e do migrante, do europeu e do africano, do branco, do negro e de todas as outras cores humanas. Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou". 



segunda-feira, 9 de junho de 2025

ANDRÉ CANHOTO COSTA |«A Corte das Mulheres»

 


SINOPSE

Esta é a história da ascensão e queda de uma Corte iluminada pela presença de mulheres leitoras, amantes de livros, apaixonadas pela improvisação poética, cantoras afeiçoadas aos bailes, exímias dançarinas, mulheres cuja vida se compreende entre os reinados de Manuel I e Sebastião (1495-1578). Mulheres escritoras, rodopiando em salas, tocando alaúde, improvisando versos, dando conselhos a ministros e embaixadores, argumentando diante dos doutores, organizando a biblioteca das rainhas e princesas.
Influenciadas pela Itália renascentista, combateram a favor de uma religião do espírito, colocando no centro do debate a ascensão da mulher e a crítica do poder, o raciocínio sobre o amor e o desejo. Durante vinte anos, os salões animaram-se com os apaixonados, desesperados perante o comando feminino da literatura. Os poetas rastejaram, perderam olhos e braços, entraram para conventos, fugiram para a Ásia, soçobraram perante os desafios do amor, enquanto as mulheres envelheciam, condenadas a uma solidão imposta, fechando a mente e o corpo em salas cobertas de luto.
Mas enquanto a Corte das Mulheres existiu, brilharam a erudição de Joana Vaz, Públia Hortênsia de Castro e Luísa Sigeia, a música de Paula Vicente, o comportamento irónico e provocador de Francisca de Aragão e Guiomar de Blaesvelt, assim como os versos de Camões, Jorge de Montemor e Francisco de Morais, lidos por Cervantes, Lope de Vega e Shakespeare. Naquele tempo, os livros de amor gravitaram em torno da infanta Maria e da princesa Joana de Áustria, num exuberante mundo feminino prestes a nascer. O que aconteceu a esse século de ouro? - Saiba mais.