terça-feira, 5 de agosto de 2025

AS MULHERES DE D.AFONSO HENRIQUES

 



Começa assim:

«D. Afonso Henriques reinou durante cinquenta e sete anos, o mais longo reinado da História de Portugal. Foi mais do que um guerreiro ou um diplomata. Foi um construtor. Fundou o reino, afirmou a independência face a Leão e Castela, fortaleceu a ligação ao Papado, estabeleceu alianças com ordens religiosas e reconquistou território aos mouros com coragem, astúcia e persistência. Mas para lá da figura política e militar, existiu o homem: devoto, ambicioso e, como tantos senhores medievais do seu tempo, pai de muitos filhos — onze ao todo — de três mulheres distintas. Entre eles, um filho ilegítimo foi o mais velho, o mais corajoso e talvez o mais injustamente esquecido: D. Pedro Afonso.

Ao contrário da imagem simplificada que tantas vezes nos chega através dos manuais escolares, D. Afonso Henriques teve três mulheres conhecidas. Apenas uma foi sua esposa legítima: D. Mafalda de Sabóia, filha do Conde de Sabóia e descendente de famílias influentes do norte de Itália. O casamento realizou-se em 1146 e dela nasceram sete filhos legítimos: D. Henrique, que morreu em criança; D. Urraca, que foi rainha de Leão e mãe de Afonso IX; D. Teresa, que casou com Egas Moniz de Ribadouro; D. Mafalda, D. Sancho, D. Sancha e D. Branca — sendo estas últimas três figuras de vida religiosa, ligadas ao Mosteiro de Lorvão. Entre todos, foi D. Sancho I quem herdou o trono, tornando-se o segundo rei de Portugal, conhecido como “o Povoador”, por ter incentivado o repovoamento das terras conquistadas. (...)». 


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