Em Cada Rosto Igualdade: «Os homens estão mesmo a deixar de ler ficção? Elas estão a ler mais do que eles, principalmente romances, fantasia e thrillers. Homens escolhem a não-ficção em nome do autoaperfeiçoamento e evitam ler autoras mulheres. Mas há quem contrarie»

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

«Os homens estão mesmo a deixar de ler ficção? Elas estão a ler mais do que eles, principalmente romances, fantasia e thrillers. Homens escolhem a não-ficção em nome do autoaperfeiçoamento e evitam ler autoras mulheres. Mas há quem contrarie»

Para aguçar a curiosidade sobre o trabalho das imagens:

Começa assim: «Nuno, André e Flávio remam contra a maré. Fazem parte de um grupo que parece caminhar, ainda que lentamente, para a extinção: homens que lêem ficção. Não é apenas um estereótipo. Há dados, nacionais e internacionais, que o mostram. As mulheres estão a ler mais do que os homens, principalmente géneros como romance, fantasia ou thrillers. Mas por que é que a ficção atrai mais mulheres do que homens? E o que é que isto nos diz sobre os papéis sociais de género do Portugal de hoje?

(...)

Mais adiante: «Em 2022, mais de metade da população portuguesa não leu um único livro, mas o mercado livreiro tem estado em crescimento e há uma mudança no perfil do leitor, com os jovens e as mulheres a ganharem cada vez mais terreno. Os números mais abrangentes e recentes do Eurostat, relativos ao ano acima referido, revelam que 58% dos portugueses acima dos 16 anos não tinham pegado num livro nesses 12 meses, um valor que fica acima da média da União Europeia (47%); no mesmo período, cerca de 7,5% da população leu entre cinco e nove livros e apenas 5% leram mais do que dez livros. Neste último grupo de "superleitores", é a faixa etária dos 25 aos 29 anos que está a puxar as estatísticas para cima: 7,7% admitem ter lido dez ou mais livros num ano, um valor que sobe para 12,5% se for considerado apenas o sexo feminino. (...)».

Ainda mais este excerto: «(...)

«Só as mulheres lêem mulheres

Um outro estudo relacionado com hábitos de leitura produziu resultados desanimadores. Uma investigação da ONG britânica Women’s Prize Trust, com base nos dados da Nielsen BookData, que analisou 54 mil livros comprados no Reino Unido em 2023, descobriu que embora o público feminino leia livros de mulheres e homens de forma igualitária, os homens tendem a rejeitar livros escritos por mulheres em favor de autores masculinos. (...)»

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«EM CADA ROSTO IGUALDADE»

No Em Cada Rosto Igualdade queremos, desde logo, juntar do que de bom e menos bom vai acontecendo à volta em torno da(s) igualdade(s), associar o disperso que nos chegue sobre problemas na esfera de género, feminismos, migrações, direitos humanos, pobreza, envelhecimento ativo, assédio, remunerações iguais para homens e mulheres, conciliação entre vida pessoal, familiar e profissional, cidadania, objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), direitos das crianças, violência doméstica … E não porque se defenda que estas matérias devam ser tratadas à parte, mas precisamente porque se deseja que estejam em toda a parte, e sejam preocupação de todos e todas e ocupem o ADN das organizações. A intenção é participar na divulgação e reflexão do que vai sendo institucionalizado, praticado e teorizado. Daremos enfoque às boas práticas que nos inspirem e mobilizem. E, neste século XXI, elegemos organizadores claros: o paradigma Desenvolvimento Sustentável (a Sustentabilidade, o Verde); e a força da CULTURA e das ARTES nas transformações que se ambicionam. Isto não começa agora, tem passado verificável no primeiro ciclo do Em Cada Rosto Igualdade que será sempre um capital de que partimos e a que se regressará como memória a valorizar.

EXCERTO: «(...)De qualquer forma, o que pretendo sublinhar é que as duas primeiras décadas deste século XXI nos trouxeram já matéria de sobra para reflexão urgente – reflexão por parte da comunidade internacional (e quem diz comunidade internacional, diz Estados, organizações internacionais como o as Nações Unidas e as suas agências e as organizações regionais, de que quero destacar a União Europeia e a NATO por nos serem especialmente próximas e pelo seu peso decisivo nas dinâmicas internacionais), mas também a nível das sociedades e do exercício da cidadania, ou seja por parte dos cidadãos, das organizações da sociedade civil, fundações, empresas, comunidade académica, associações e actores vários, etc. Há urgência em dar resposta aos desafios de longo prazo que são comuns a toda a humanidade, quer seja no plano das alterações climáticas, da revolução digital, dos desequilíbrios mundiais, das desigualdades ou da instabilidade e conflitualidade crescentes em certas regiões que ameaçam a paz global. Há pois urgência em forjar novos consensos para promover um processo de desenvolvimento sustentável, mais equitativo e mais solidário. Há ainda urgência em relançar a confiança na cooperação multilateral, nos processos de diálogo, mediação, concertação e negociação, na diplomacia preventiva. Há depois urgência em mobilizar mais esforços para uma actuação concertada, sobretudo em contexto humanitário. (...)».

«The theme celebrates the tremendous efforts by women and girls around the world in shaping a more equal future and recovery from the COVID-19 pandemic.

It is also aligned with the priority theme of the 65th session of the Commission on the Status of Women, “Women's full and effective participation and decision-making in public life, as well as the elimination of violence, for achieving gender equality and the empowerment of all women and girls”, and the flagship Generation Equality campaign, which calls for women’s right to decision-making in all areas of life, equal pay, equal sharing of unpaid care and domestic work, an end all forms of violence against women and girls, and health-care services that respond to their needs. (...)». +.