segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Adeus, Brigitte Bardot


Bastava olhar para o espaço  que a comunicação social lhe dedica agora que nos deixa para se perceber o lugar que Brigite Bardot teve na vida. E continuará. A primeira página do Público ilustra. (Coincidência ou não a notícia que se lhe sucede na imagem não deixa de nos convocar, quiçá levar a comparar, e concluir que independentemente de casos de sucesso e de chegarem a ícones, como  Brigite Bardot «encarnou uma vida de liberdade" e chora-se "uma lenda do século", afirmou o Presidente francês, Emmanuel Macron, na rede social X» - a longa caminhada para a igualdade entre homens e mulheres continua). No jornal Público este trabalho:


Dá-nos um retrato amplo da vida da «estrela». Se tiver acesso na internet aqui. Do tanto que se podia eleger este excerto: «(...) E ao feminismo, disse nada? Disse-se livre para assumir os seus paradoxos. “As mulheres, hoje, são demasiado infelizes porque são demasiado livres. Antes, quando as mulheres se sentiam encurraladas, eu estava relaxada. Se hoje elas se libertaram, eu escolhi encurralar-me”, assim se assumiu no documentário Brigitte Bardot, l’Insoumise, de Mireille Dumas (2023): uma mulher retirada, em casa, La Madrague, que adquiriu em 1958 e onde vivia com o seu homem, "dependente da ternura e da protecção de outra pessoa”. Já era assim, acrescentou, nos tempos em que fazia cinema: havia sempre um realizador, um noivo ou um maquilhador por perto. Foi assim que ela se viu. (...)».

Talvez concluir com o que se pode ler no trabalho da SAPO: «Amada, criticada, admirada e contestada, Brigitte Bardot deixou uma marca profunda na cultura francesa e internacional. Para além da atriz e do ícone de estilo, ficará a memória de uma mulher que, como escreveu o poeta Jean Cocteau, “viveu como toda a gente, não sendo como ninguém”.


Rematando mesmo, voltemos  ao Público, com o que termina o artigo:  «Pela sua liberdade, pelo desejo de esquecimento, que era exótico nos anos 70 e mais bizarro é hoje na era de narcisismo desesperado, por tudo isso, pela liberdade, e pelas contradições resultantes desse desejo de normalidade e de esquecimento, vamos saudá-la: "Viva B.B.!"».
 

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