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«Raquel Soeiro de Brito: “Pode ser ridículo, mas não me sinto velha” _ Aos 100 anos, Raquel Soeiro de Brito, a primeira mulher a doutorar-se em Geografia em Portugal, em 1955, fala da idade, da velhice, de como viu — e vê — o mundo, dos sonhos que tem. Um assombro.
«Casou duas vezes, tem um filho, dois netos e quatro bisnetos. A 12 de Dezembro, na sexta-feira, completou 100 anos. Raquel Soeiro de Brito, geógrafa nascida numa família de Elvas com tradição militar, vive hoje em Paço de Arcos. O marido morreu há quatro anos. O filho e um dos netos estão em Paris, a neta em Valência. Apenas se queixa de uma coisa no seu centenário. Que lhe doem os pés. Certamente por ter andado tanto, ela que se define como “uma geógrafa de terreno”, incansável a percorrer Portugal e as antigas colónias. (...)
A exposição A Professora, na Casa de Vidro daquela faculdade, reúne até 19 de Dezembro fotografias dos lugares por onde Raquel Soeiro de Brito andou e que lhe permitiram construir uma vasta obra no domínio da geografia física e humana, com mais de uma centena e meia de livros e artigos, como Goa e as Praças do Norte (1966), Goa e as Praças do Norte Revisitadas (1998), No Trilho dos Descobrimentos: Estudos Geográficos (1997), Portugal, Perfil Geográfico (1994) ou a coordenação científica de Atlas de Portugal (2005).
Distinções teve várias ao longo da vida, de que se destacam duas condecorações com a Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, o grau de grande-oficial (em 1998, por Jorge Sampaio) e o grau de grã-cruz (em Junho, por Marcelo Rebelo de Sousa). Dos Capelinhos, o seu vulcão de estimação, onde esteve a última vez em 2021, diz: “É um filhote, um filhote violento.” Aos 100 anos, levanta os olhos para outro mundo: “Gostava de ter ido à Lua.” (...)



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